sábado, março 05, 2005

Estrutural

Em 2003 o então ministro Carlos Tavares (ministro da economia do governo da tanga) prometeu em visita ao complexo Auto-europa que não havia de ser por meia dúzia de milimetros que o monovolume "português" deixaria de ser classe 1 nas portagens.

Ora o governo despedido e demitido resolve, antes que lhes tirem os motoristas, pôr em prática esta fantástica e importantissima medida para o País...

Então é agora possível que os felizes proprietários possam pagar classe 1 na portagem desde que tenham via verde e que tenham um certificado tirado na DGV em como apenas têm mais uns milimetros que os vulgares ligeiros.

Até aqui tudo bem porque os carros não se medem aos palmos e o tamanho é de facto uma coisa muito importante.

Mas o interessante é que 98% do monovolume "português" da auto-europa é para vender no estrangeiro e se a empresa tem dificuldades não vai certamente ultrapassá-las com os 2% de carros que vende em portugal.

Mas mesmo assim a medida até encerra em si alguma justiça...

Mas o pequeno problema é os incalculáveis prejuizos que essa medida provocaria nas concessionárias das auto-estradas e em particular na Brisa. Dessa forma o governo resolveu o problema permitindo a estas indexarem o aumento das portagens a 100% do valor da inflação e pô-lo já em prática.

Até aqui concluímos que as portagens aumentaram para todos em virtude do beneficio inigualável da presença em Portugal de uma empresa fundamental como a Auto-europa.

Só não conseguimos perceber é porque razão ainda não é possivel que os proprietários dos monovolumes "português" possam ter desconto nas portagens porque alguém se esqueceu de colocar na lei onde e como se tirava o certificado....

Conclusão: Estamos como sempre todos a pagar mais, mesmo os donos dos monovolumes e os unicos beneficiados são a brisa e outros concessecionárias de auto-estrada.

Devemos todos ficar contentes com mais esta medida estruturante para o país pois facilmente alguém nos explicará a importância de "salvar" a Brisa com grandes sacrificios nacionais.

Nota: A Brisa é uma empresa privada.... já não é nossa.

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