terça-feira, novembro 29, 2005

Inquérito Cívico

Tal como em Fevereiro surgem aqui no Suburbano algumas das perguntas que gostaria de fazer aos candidatos, num registo diferente porque as eleições são bastante diferentes das de Fevereiro, e mais cedo para aproveitar o repto lançado à dias por um dos moderadores d'O Eleito.

Ao contrário das anteriores, estas não serão enviadas para os sites do candidatos. Ficam aqui publicadas assim como n'O Eleito para quem as entender ler, seja ou não candidato, sem prejuizo de algumas delas serem enviadas aos candidatos a partir d'O Eleito.

De qualquer forma aqui ficam as minhas 9 perguntas, que gostaria de ver esclarecidas pelos candidatos até às eleições. São apenas 9, poderiam ser muitas mais, mas a bem da orientação do debate estas já seriam suficientes para umas 4 horas de televisão.

1 - O estado deverá continuar a assegurar protecção social aos seus cidadãos? Tendo em conta uma lógica de adequação de meios escassos, existirá alguma área habitual da acção do estado que deva ou possa ser abandonada? Qual?

2 - Que solução para a estagnação do regime político e das suas cíclicas crises, tornando os portugueses cépticos em relação à política e aos políticos?

3 - Em pleno século XXI e com o fenómeno crescente da globalização que papel está reservado para a intervenção do estado na economia. Se ainda há possibilidade de intervenção em que áreas ela deve acontecer? É ainda razoável manter uma situação em que a crise das finanças públicas arrasta o país para a crise e ao mesmo tempo a maioria dos privados se recusa a avançar sem a adequada almofada do estado?

4 - A crescente importância da insegurança nas democracias modernas tem que origem? Que medidas para a combater?

5 - Tendo em conta a tendência para o envelhecimento da população portuguesa, de que forma esta poderá ser compensada pelos fluxos migratórios? Quais as soluções para um real enquadramento legal e social destas populações?

6 - O fenómeno da globalização é um factor de desenvolvimento que poderá a médio prazo dar condições de vida mínimas a populações delas carenciadas, ou antes pelo contrário é um movimento de exploração do homem pelo homem numa perspectiva de maximizacão de lucros?

7 - Qual a origem da actual ameaça terrorista às democracias ocidentais e de que forma se combatem as suas causas? E de que forma se punem os culpados?

8 - De que forma a Lusofonia pode tornar-se um bloco cultural forte e um espaço de intercâmbio de projectos e até de negócios com benefícios para todos?

9 - Qual o papel de Portugal no mundo no apoio às democracias emergentes e eventuais situações de catástrofe? de que forma se deve expressar esse apoio?

Politicamente correcto ou como meter o pé na argola

A eurocracia está cada vez mais a tornar-se um "case study"...

A propósito dos voos da CIA e da possibilidade de haver prisões ilegais em território da União Europeia, um qualquer eurocrata disse mais um disparate daqueles que a comissão Barroso nos começa a habituar.

"Se algum país da União albergar uma dessas prisões, perderá direitos na União". Ora de boas intenções está o inferno cheio... Mas onde raio vai a comissão buscar o fundamento legal para justificar esta perda de direitos?

Pois, não vai... Os senhores juristas já esqueceram que "não há crime sem lei". Provavelmente tudo não passará de um vulgar puxão de orelhas que salve a face de todos.

O esquecimento

Já se está mesmo a ver onde vai parar esta história de Timor...

Na parte que me toca e à minha geração, desde tenra idade foi um problema no qual me envolvi sempre que pude, e considero mesmo que em 1999 o povo português se redimiu de um eventual esquecimento da situação dos timorenses.

O (verdadeiro) candidato Esfinge


Ele quase não fala, mas os portugueses sabem que é por ser tímido;
Ele não tem nome nem precisa porque tem um desígnio para o País;
Ele não tem propostas e não necessita pois os portugueses têm confiança no futuro;
Ele não conhece os Lusíadas nem quem é Camões, mas os portugueses sabem que é um homem simples.

Vota no (verdadeiro) candidato Esfinge. Proponha este candidato à Presidência.

A essência

Na sequência da coluna de Luís Delgado no DN de ontem, (Luís, obrigado por existires porque assim serves para balizar todas as nossas afirmações dentro do razoável) em que diz não haver pachorra para a polémica dos aviões da CIA, importa fazer uma distinção essencial.

Talvez seja totalmente hipócrita a maioria dos países europeus se preocupar com os aviões da CIA que transportam prisioneiros, quando aprovaram expressa ou tacitamente as intervenções dos americanos.

Outra questão totalmente diferente (menos para o Luís Delgado) é ter em território da União Europeia prisões ilegais, a funcionar à margem de qualquer convenção onde se praticará tortura e tudo o mais que estiver no manual da CIA.

É esta diferença fundamental que obriga todos a preocuparem-se com os aviões e os seus destinos e encomendas. A Europa não quer e não pode voltar a ficar mal na fotografia, aparecendo de forma fragmentada e frágil, daí que seja essencial saber tudo sobre este assunto.

segunda-feira, novembro 28, 2005

O governo da democracia

"A democracia não é garantia de bom governo." - Felipe González

Semelhanças

"A realidade da Irlanda não têm nada a ver com a nossa. Eles são menos, falam inglês e emigraram quase sempre para os Estados Unidos..." - Clara Ferreira Alves

domingo, novembro 27, 2005

Filosofia da Organização


Lógica quase irrefutável utilizada nas modernas organizações. Um pouco da realidade inversamente proporcional de que falámos um pouco no jantar de Sábado (nem todos vão perceber).

Lições de marketing político

Se um candidato tiver de se sujeitar a um banho de multidão para mais tarde pedir que o ajudem a conseguir tarefas/objectivos não definidos, convêm que no seio da população ocasional, que a título particular pretende apoiar o candidato, não haja uma única bandeira do PSD...


E que de forma perfeitamente ocasional todas as bandeiras de Portugal tenham sido feitas na mesma fábrica...

Oficial

Já é oficial... Depois de 12 anos de condução, consegui a minha primeira taxa de Alcoolemia (TAS) atestada pela "autoridade".... 0,06 g/l.

Ou sou um lindo menino, ou a comida indiana é fantástica...

A malvada...

"Tendinite (ite = inflamação; tendi = tendão => inflamação de tendão). A tendinite é isto mesmo; uma inflamação do tendão, normalmente devido a movimentos repetitivos que o levaram a inflamar. Trabalhadores com movimentos repetitivos podem sofrer ou vir a sofrer de tendinite. O mesmo se passa com quem usa o rato do computador e muitas outras actividades repetitivas."

A malvada dá pelo nome de Tendinite... Eufemismos é o que é... conspirações contra a minha escrita que se manifesta de tortuosas e dolorosas formas, só para me calar... :)

sexta-feira, novembro 25, 2005

Repensar a segurança

António Costa é bem capaz de ser dos melhores ministros deste governo. Não foi um brilhante ministro da Justiça no tempo do Guterres, mas mais uns anos da politica na oposição, deram-lhe alguma sabedoria e fundamentalmente alguma prudência.

Muito pouco justifica os disparates que têm vindo a ser ditos e feitos pelos sindicatos das Policias e da GNR, quanto à alteração da idade da reforma e fundamentalmente quando ao regimes especiais de assistência na doença. Vivi parte substancial da minha vida sob esse mesmo regime e sei bem do que se trata...

Alberto Costa numa intervenção que as televisões e os jornais quase ignoraram esta semana, voltou a lançar temas de discussão sobre a administração interna, falando da oportunidade de repensar se o conceito estratégico e as missões atribuidas à GNR e à PSP se devem constituir com base no tipo de aglomerados populacionais em que se implantam ou em qualquer outro conceito estratégico mais determinado pois as ameaças à segurança publica são cada vez mais semelhantes em ambiente urbano ou rural.

Boa sorte para Antonio Costa nesta tarefa essencial que se espera devolva dignidade, capacidade e motivação às forças de segurança, mas também certezas quanto aquilo que delas se espera, o que nem sempre o cidadão comum vê reflectido no comportamento dos militares destas forças.

Principalmente coragem, porque novamente veremos policias e guardas na rua a exigirem a manutenção da actual situação numa escandalosa aversão a qualquer tipo de mudança.

1ª edição de posts perdidos - (Re)educação

Post perdido nos drafts 19-10-2005, entretanto já muita água passou por debaixo das pontes da educação...

Eu sou um daqueles filhos da madrugada, mas também filho de todas as reformas da educação desde o Roberto Carneiro. Eu sou daqueles para quem o ano lectivo seguinte era quase sempre uma incógnita no que toca às cadeiras, ou ao nome que tinham, às horas que tínhamos de passar na escola, quais os exames a fazer, e qual a designação da área a seguir.

Mas um gajo aguenta isso tudo... O problema é que na altura em que a minha geração começa a dar filhos para esse mesmo sistema de educação, as incógnitas continuam.

Todos os anos e todos os ministros de todos os governos insistem em fazer alterações mais ou menos felizes na educação contribuindo para uma forte instabilidade no sistema para alunos, professores e pais.

Tudo parece ser feito em cima do joelho e de forma avulsa e sem sentido.

No meio de todo este marasmo surge uma medida que me parece essencial e bastante adequada à inadequação do país para as contas. Os professores universitários das áreas de matemática estão a ajudar os professores de outros níveis de ensino a reciclarem a sua forma de dar aulas, sem que isso signifique uma humilhação para os professores de matemática mas sim uma oportunidade de desenvolvimento que todos querem agarrar.

É tão raro haver algum tipo de medida neste país, que mereça um amplo apoio de todos os que nela participem que eu tinha mesmo de a mencionar.

Agora só falta o envolver todos na reorganização de todo o restante sistema de educação...

Isto não é um post

Ia fazer aqui um paralelismo entre os alemães e os portugueses quanto à eleição de governos que iriam ter de tomar medidas dificeis mas compreendi que me estava a enganar. Quando me voltar a entender com as minhas ideias, volto a falar do assunto.

Espirito de missão

"Making Every Mission Possible"... Só pode ser ironia, mas quem melhor para a ponte aérea Kabul - Guantanamo, que uma empresa para quem todas as missões são possiveis?

Porque é preciso recordar o 25 de Novembro

Porque é preciso recordar o 25 de Novembro, numa altura em que alguns parecem querer esquecer, e porque não é possível entender o 25 de Novembro fora do contexto da revolução de Abril, aconselho uma boa consulta do Centro de documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra.

Na gaveta...

A UNESCO arrumou na gaveta a proposta conjunta de Portugal e Espanha para considerar como património imaterial da Humanidade a tradição Oral Galaico-Portuguesa.

No entanto isso não invalida a importância desse património e muito menos a importância de todos os que nos últimos 4 anos promoveram esta iniciativa e deram visibilidade a este património.

Estão todos de parabéns

A UNESCO arrumou na gaveta a proposta conxunta de Portugal e España para considerar como património imaterial da Humanidade a tradición Oral Galaico-Portuguesa.

No entanto iso non invalida a importancia dese património e moito menos a importancia de todos os que nos últimos 4 anos promoveron esta iniciativa e deron visibilidade a este património.

Estan todos de parabéns

Nasce o Sol no Alentejo


O Sol é que alegra o dia,
Pela manhã quando nasce.
Ai de nós o que seria,
Se o Sol um dia faltasse!

Nasce o Sol no Alentejo,
Nasce água clara na fonte,
Nasce em mim a saudade,
Na ladeira do teu monte.

Na ladeira do teu monte,
Meu amor quando te vejo,
Nasce água clara na fonte,
Nasce o Sol no Alentejo!

Ò luar da meia noite,
Tu tens lá segredos meus.
Ò luar não me descubras,
Que os meus segredos são teus!

in Cancioneiro Alentejano

Preso

Pinochet está preso...

E ainda que possa por lá ficar pouco tempo, a humilhação infligida ao ditador é contentamento suficiente, mas agridoce, para os milhares de chilenos torturados, exilados e mortos pelo tirano.

Salvador Allende vive...

Pelo menos na memória de todos os chilenos que resitiram contra a opressão do regime militar.

quinta-feira, novembro 24, 2005

Cimeira luso espanhola ou a cartilha de como permitir o acesso mais fácil ao nosso mercado

Já estava convencido que a Cimeira luso espanhola era completamente inútil. Agora estou convencido da sua utilidade... para os Espanhóis... Não vale a pena continuarmos a participar nesta tão grave demonstração da nossa incapacidade em relação a Espanha. Façamos o que fizermos os Espanhóis terão sempre feito melhor o trabalho de casa e nós acabaremos sempre por ter de nos adaptar às decisões que eles já tomaram porque nem a nossa própria palavra sabemos manter, e acabamos por ter de recuar nos projectos que tínhamos proposto.

A situação é tão mais ridícula quanto maior for a incapacidade dos nossos governos em planear o futuro do país independentemente da cor política do seu governo.

Com esta cimeira só aprofundámos o nosso imenso fosso em relação aos espanhóis. Neste momento eles não são particularmente mais ricos do que nós, mas vão ser se os governos do lado de lá da fronteira insistirem numa assustadora coerência em política económica.

Podem situar.-se em portugal todas as agências de emprego e todas as agências de desenvolvimento tecnológico da Península Ibérica, que isso só significará uma maior necessidade de mão de obra especializada que nós não temos mas que Espanha vai fornecer.

A situação é tão má que Zapatero se dá ao luxo de manter as quatro linhas de TGV que tínhamos proposto para a ligação a Espanha, dando uma palmadinha nas costas de Sócrates como quem diz - deixa lá, nós fazemos as linhas até à fronteira e depois quando puderes logo fazes as linhas que vocês prometeram...

Quotidiano (surreal) do país

Lisboa 08:10 Estação Roma-Areeiro no café...

Cliente1
- Olhe lá esse café era para mim... Estou farta de estar a espera, esperar 3m por um café não é normal...
Funcionario - Desculpe, temos pouca gente...
Cliente1 - Pois mas eu não tenho culpa e numa estação o café costuma ser uma coisa rápida... Vou-me embora mas levo o talão para mais tarde ou para amanhã..
20 segundos depois...
Cliente2, 3 e 4 - Olha esta... Deve estar com pressa... Quem tem pressa não toma café... Deve pensar que trabalha mais que os outros... Vejam só que até contou o tempo... Que lata as pessoas a trabalhar e ela não pode esperar... Deve ir ter com o amante...

Já voa...

Finalmente já estamos a avançar para o novo aeroporto de Lisboa com o qual todos já alguma vez concordaram dependendo dos ciclos politicos.

anteriormente enumerei algumas das vantagens que vejo na construção de um novo aeroporto, mas desta vez prefiro recordar um amigo que costuma dizer que quando estudava no ISCTE era possivel olhar para cima e contar os rebites da fuselagem dos aviões que faziam estremecer as janelas.

Palavras para quê? é indiscutível a necessidade de um novo aeroporto e é indiscutivel que o crescimento urbanistico desordenado das últimas décadas condiciona a sua localização mais perto de Lisboa.

Ainda assim não posso esquecer que os cosmopolitas politicos da nossa praça preferem esquecer as suas viagens a Londres sempre que isso lhes é conveniente. Heathrow é o maior aeroporto internacional de Londres e um dos maiores da Europa, a principal forma de sair de lá para o centro da cidade é de comboio pelo Heathrow express e a viagem dura entre 15m a 20m de acordo com o terminal de chegada. No caso dos restantes aeroportos 30m para Gatwick e 45m para Stansted.

Para o novo aeroporto internacional de Lisboa, com um único terminal, está prevista a ligação de comboio rápido com uma duração de 17m... sem duvida motivador do descalabro económico da região e do país.

Inadmissivel é ter-se iniciado o primeiro estudo sobre este assunto em Setembro de 1969 quando a ponte ainda era Salazar e apenas estará pronto em 2017.

Somos um país de tal forma avançado que fazemos planeamento estratégico a 50 anos.

A frase do ano II

"Cavaco é como um Eucalipto: provoca aridez à sua volta"
Miguel Cadilhe - in Visão

Os meios

Não tenciono atacar a legitimidade dos fins da CIA, para não ser imediatamente atacado pelos lacaios do costume, com a acusação de anti-americanismo primário. Mas estabelecida a diferenciação quanto aos fins, o que separa a CIA e a Al Qaeda quanto a ilegalidade dos meios?

quarta-feira, novembro 23, 2005

Para Memória Futura

Apesar de tudo a RTP Memória continua a ter o condão de me surpreender. Entre o Zé Gato, O Passeio dos Alegres com o Júlio Isidro e a Desfolhada (versão Live), aparecem uns documentos históricos de indiscutível interesse.

Na passada quinta, em horário claramente proibitivo, transmitiram o debate das Presidenciais 86 entre Maria de Lurdes Pintassilgo e Francisco Salgado Zenha, moderado por Margarida Marante, naquela altura em que não mordia nos convidados.

E independentemente do valor que possam ter as afirmações politicas que por lá foram feitas, as semelhanças com o Portugal actual são impressionantes.

Ora vejamos:
Um candidato fundador do PS;
Um candidato dissidente do PS;
Um candidato independente e livre do "pecado original da politica"* e que curiosamente estava à frente das sondagens naquela altura;
Um candidato para toda a direita (que desta vez é igualmente o Independente)

Mas as semelhanças continuam, além dos debates que também foram a dois, com os temas abordados:
Poderes presidenciais;
Reforma Fiscal;
A Europa;
Sistema Eleitoral;
A discussão sobre o sistema eleitoral e que gostaria de ver aqui reflectida consistia em saber se a proposta defendida na altura por Freitas de Amaral, os círculos eleitorais uninominais, faz ou não sentido continuar a discutir-se hoje em dia ou se devemos arrumá-la de uma vez por todas.
Parece-me que esta é uma questão fundamental ao funcionamento da República pelo que procuro aqui esclarecimentos.
No meu caso concreto enumero uma vantagem e uma desvantagem.
A favor, uma maior proximidade do poder politico através do conhecimento directo do eleito que nos representa, assim como uma atenção menos genérica aos problemas das populações locais.
Contra, a previsível bipolarização entre PS e PSD e a luta entre caciques locais como acontece nas autárquicas.
* "pecado original da politica" - Francisco Salgado Zenha

terça-feira, novembro 22, 2005

Alegrias e tristezas

Eu sei que você sabe, que eu sei que você sabe, que nada disse...


Afinal tudo se resume a uma questão (bastante desinteressante) da motivação na altura certa... Aparentemente Alegre não sentia a Alegria pelo combate que sente hoje, quando pensaram no seu nome para candidato às presidenciais.


Manuel, nós recordamo-nos... nós lemos jornais... e recordamo-nos bem que o Manuel não aceitava ser um candidato de recurso, mas que duas semanas depois garantia ter sido esfaqueado pelas costas.

Israelices

Eu achava estranho como uma democracia podia decorrer dentro de um estado de emergência permanente, mas começo a perceber...

Melhor que dissolver um parlamento e marcar eleições legislativas porque se resolve fundar um novo partido Supostamente mais para o centro, só o outro que foi eleito Presidente (Sri Lanka) enquanto ainda é Primeiro ministro.

Isto sim, é ter uma classe política à frente do seu tempo.


"Fácil é ganhar contendas. Só sábios plantam a difícil oliveira da paz (...)
Perdeste um pai, ganhaste um exemplo, uma honra, um herói"

D. Januário Torgal Ferreira

domingo, novembro 20, 2005

A frase do ano

"Cavaco na presidência não deixará Sócrates governar à esquerda..." - Jeronimo de Sousa

sexta-feira, novembro 18, 2005

Porque amanhã é Sábado...

... porque eu tenho de ir para casa, porque já não consigo olhar para o ecrã do computador sem pestanejar mas de duas vezes.... porque hoje foi um dia duro... porque já começou a habitual chacina de cada palavra dita por Soares lanço aqui uma simples observação...

A situação presidencial de Soares tornou-se para os apoiantes de Cavaco uma espécie de pescada de rabo na boca. (Não vale a pena dizeres nada que levas sempre na marmita, põe os olhos no nosso orgulho de candidato...)

A propósito da morte de um militar português no Afeganistão, Soares disse que nunca gostou da ideia de eles (os militares) irem para lá e que inclusivamente já tinha escrito que isso era um precedente perigoso.

Logo vêm os tubarões dizer que Soares é muito provavelmente culpado por alguma vez ter havido Afeganistão, porque sem Soares o Médio Oriente era a própria representação da Paz, que lhe falta sentido de estado e outros mimos.

Se porventura Soares não se tivesse recordado de dizer qual a sua opinião sobre o assunto (opinião que é a principal força dos homens e mulheres livres) teria sido criticado por ter andado aí fora a dizer que era contra a guerra mas agora estava muito bem caladinho.

Pelo meio do que se aponta a Soares passa-se a mão pelo pêlo de Alegre para ajudar a consubstanciar que a esquerda está dividida e que um Alegre mais forte dá muito mais jeito e acaba por se diluir a questão essencial que é saber qual a opinião de Cavaco.

Susto

O susto proveniente do Afeganistão desta manhã, já passou... Muito embora a minha família continue um bocado em choque a missão do contingente militar português em Kabul vai ter de continuar pelo menos até Fevereiro, caso não seja prolongada.

É verdade que pertencemos à NATO e a mais uma centena de organizações internacionais completamente inúteis mas também é verdade que apesar disso, não advém para Portugal qualquer tipo particular de beneficio no plano internacional por estarmos envolvidos em guerras que não criámos e em que muito dificilmente me conseguirão explicar termos algum interesse.

Sim, estamos a falar de uma guerra criada pelos americanos e empurrada para a NATO quando decidiram entrar em mais uma guerra e não numa legítima missão humanitária.

Não há responsabilidade a sacar de ninguém quando acontecem estes "acidentes", até porque os homens que lá estão são voluntários. Mas não faria mais sentido olhar de uma vez por todas para a real dimensão do país e compreendermos que somos realmente pequenos?

Será que não faz sentido ajustar a nossa participação em missões internacionais à verdadeira dimensão e capacidade do país?

Não sei o que acham os que me visitam, mas comida, roupa, livros e o apoio a projectos concretos de desenvolvimento que ajudem a democracia e a liberdade a instalar-se em longínquas paragens, serão muito mais úteis e certamente bem melhor aproveitados pelos povos que as recebem.

quinta-feira, novembro 17, 2005

Desafio

Este jornal da TVI com a Manuela Moura Guedes é escândaloso... E o pior é que cada vez mais isto se torna a referência em termos de noticiários (ou o que lhe quiserem chamar)

Até me arrepio quando vejo ali o António Perez Metelo com aquela mulher...

Portugueses de todas as idades, credos e opiniões, uni-vos em torno do grande objectivo nacional de ligar todas as casas ao cabo para podermos ver o Mário Crespo as 21h na SIC Noticias.

quarta-feira, novembro 16, 2005

Tudo bons rapazes

Não!!! A CIA não utiliza meios legais e pratica tortura com a conivência dos países aliados...???

Nem acredito... Estou perplexo... Nunca imaginei que uma instituição tão transparente tivesse este comportamento...

A piada do ano

Autarcas acusam Administração Central de despesismo...

OE 2006

Enquanto tentava ter tempo para este post, o orçamento lá se aprovou na generalidade. Mas para este orçamento 2006 eu só tenho a lembrar duas palavras. Economia paralela...

Este é o fenómeno que em grande medida eu contínuo a responsabilizar pelo desequilíbrio das contas públicas assim como do clima de total impunidade na fuga aos impostos por todos aqueles bem capazes de ter a lata de ir para a televisão queixar-se que se o governo aumentar impostos eles não vão conseguir manter os funcionários. Ora este argumento é válido na medida em que para as empresas assim como o estado é receita que nunca existiu...

Em nome de todos aqueles que trabalham por conta de outrem e não têm oportunidade de utilizar esquemas de fuga aos impostos, o governo deve encontrar soluções que visem fugir dos 28% (valor estimativo) do PIB que anualmente nos custa a economia paralela.

Claro que a economia paralela irá sempre existir e o governo até já aprovou com este orçamento a obrigatoriedade de factura (medida elementar e não é possível entender a razão de uma implementação tão espaçada no tempo), mas na Europa com quem tão desesperadamente necessitamos convergir, a economia paralela não ultrapassa os 16%. Mas apesar disso o governo parece estar a espera que tal como no tempo de Ferreira Leite, sejamos nós os fiscais das finanças.

O governo falha na realização de um plano plurianual (esta expressão está muito na moda) que permitisse recuperar entre 2% e 3% ao ano deste imenso bolo e falha na disponibilização dos meios humanos suficientes para esta tarefa, perdendo a oportunidade de requalificar funcionário públicos para a estimulante tarefa de recuperar o dinheiro que a todos pertence. Desta forma o aumento do salário mínimo para valores compreensíveis num país desenvolvido que permitam mesmo viver (o que não acontece agora) será tão mais fantasiosa quanto a negligência ou incapacidade dos governos em fazer o que lhes compete.

O Povo é quem mais ordena

Suburbano n'O Eleito

Já onde vai a pobre da República no meio desta discussão...

Será assim tão dificil perceber que ao mesmo tempo que os portugueses estavam a dar duas maiorias absolutas a Cavaco, estavam também a dar dois mandatos presidenciais a Soares?

Será possivel que até tenham sido os mesmos portugueses a votar Cavaco e Soares durante dez anos?

Será possivel que os presentes imaginem que para a generalidade dos portugueses votar Soares não significa odiar visceralmente Cavaco e vice-versa?

Andamos todos enganados

Infelizes os portugueses que já cometeram o erro de alguma vez votar no Dr. Soares.

Nem sequer se percebe como é que o pelintra conseguiu dois mandatos presidenciais (um dos quais com 70% dos votos) perante tão consensual "abarbatanço" que tem vindo a fazer do país e parece querer continuar a fazer. Certamente a relva de Nafarros deve estar a secar...

Pobres os portugueses que se deixaram enganar pela perfídia do Dr. Soares no verão quente de 75 e assim não tiveram oportunidade de dar ao Dr. Cunhal o seu verdadeiro papel na história do país.

Incapazes aqueles que em 96 negaram (na primeira volta) a vitória nas presidenciais ao Professor Cavaco e que não compreenderam que estavam a cuspir no prato do ùnico capaz de lhes levar o pão à boca.

terça-feira, novembro 15, 2005

A Verdade

Post rápido para fazer jus a minha já habitual falta de tempo.

A verdade lamentavelmente não é unívoca e como todos aqui reconhecemos cada um vê o seu quinhão de verdade da forma como lhe dá mais jeito.

O Mário viu que a jornalista não sabia que o Professor tinha falado sobre o Iraque, eu vi o professor a negar que tinha atacado directamente Sampaio nas ultimas eleições, e a dizer que não se recordava de ter criticado qualquer governo nos últimos dez anos.

segunda-feira, novembro 14, 2005

Porquê?


Tenho-me fartado de rir com as pesquisas que as pessoas fazem na net e que acabam por resultar numa visita ao meu blog.

Já vieram aqui parar pessoas das mais variadas origens e pelas mais variadas razões, mas desta forma tão específica e de uma origem tão distante nunca tinha acontecido.

Pode ser que não seja eu.

Que sorte a nossa

Que sorte a nossa. Foi à tropa, é um cidadão comum, um académico e só se candidata para salvaguardar o futuro do país. OBRIGADO por tão humilde e incomum abnegação.

Fora isso é possível negar inequivocamente tudo o que anteriormente se escreveu com um liminar "não me recordo" ou "não foi assim" ou justificar com a mudança do mundo nestes dez anos aquilo que anteriormente se fez em campanha ou se disse sobre outros politicos profissionais, apesar de "foram sempre afirmações cordiais".

Rábulas históricas

Se me é possivel recordar que alguma vez houve passado, recordar-me-ia de uma rábula que o Herman José fez quando da eleição de Soares para o seu segundo mandato presidencial, por ocasião do debate com Basílio Horta.

Era mais ou menos assim que o suposto Basílio dizia:
Basílio - O Sr. (Soares) é só passado, eu como não tenho passado nenhum vai ver o futuro que eu não tenho...

Transpondo para 2005:
Candidato Suprapartidário - O Sr. (Soares) é só passado, eu como já limpei o meu passado vai ver o futuro que eu não tenho...

Programa

Ocorreu hoje a noite na TVI a apresentação do programa do XVIII governo constitucional.

Viva o cliché...

sexta-feira, novembro 11, 2005

Parabéns

Angola está de parabéns.

Faz hoje trinta anos que os angolanos conseguiram a independência após 13 anos de guerra com Portugal.

Muito se tem dito sobre esta guerra ou sobre o direito dests povos à independência, mas no que no final de contas interessa é que os angolanos como qualquer outro povo do planeta tem o direito a governar-se da forma como melhor entender e a guerra civil em que se envolveram após a independência não pode servir para criticar esse propósito.

Angola partilha comigo os trinta anos, mas infelizmente os angolanos não partilham ainda a minha liberdade.

Esperemos que os angolanos não tenham de esperar mais trinta ou tenham de sofrer mais confrontos absurdos para conseguirem atingir a democracia.

Com essa democracia, estou certo que virá também a normalização das relações com Portugal e uma forte relação de proimidade que permitirá tirar dividendos para ambas as partes.

“Os Amigos de Alex” ou nem tudo está perdido?

"Ao meu velho e bom amigo Raposo (talvez o meu único leitor...)

“Todo futuro es fabuloso” – Alejo Carpintier

Numa escola de Gaia duas raparigas estão apaixonadas. A conjugação da juventude com a paixão resulta numa força extraordinária e maravilhosa, que dificilmente pode ser travada. Entrevemo-las a passearem pela escola, de mão dada e a trocarem beijos e carícias, como é natural da paixão.
Mas logo o preconceito e a pequenez mesquinha e retrógrada irromperão como forças das trevas, dessas que infelizmente ainda perduram no nosso âmago. Do Conselho Executivo da escola sairá uma ordem censória e despropositada, ainda que disfarçada pela retórica inteligente expectável num corpo docente.
Uma das jovens falará aos media, com a imagem desfigurada e a voz distorcida, como é natural quando se instala uma cultura do medo. O seu discurso é a voz da inocência e da liberdade, dessa liberdade cujo valor os adultos muitas vezes reclamam não ser reconhecido pelos jovens. Afinal, aqui são os jovens que pugnam pela liberdade, dispensando supostas lições de moral e cidadania.
Entretanto ouvir-se-ão falar também dois jovens da Associação de Estudantes da escola, num discurso de coerência, civismo, abertura de espírito e algum idealismo não descabido.
Por entre tudo isto lembro-me de outros rapazes, noutros tempos (também não há tanto assim...), cujas lutas se incrustavam no mesmo idealismo e genuinidade juvenis. E a essa lembrança sou invadido por um sorriso benévolo.
Mas não é da tendência “Amigos de Alex” que se quer falar nestas linhas. O que podemos talvez aprender com a situação de que falo é que nem tudo está perdido... e que não faz mal acreditar, por pouco tempo que seja, que é possível mudar o mundo... (Zé Paulo)"

Por me teres conseguido roubar um sorriso e quase uma lágrima mereces o devido destaque. Nem parece meu mas hoje estou muito fraco :)

quinta-feira, novembro 10, 2005

Aleluía

Porra... O homem não insulta ninguém, não fala com ninguém, não fala de ninguém, mas FINALMENTE defende alguma coisa... A globalização...

quarta-feira, novembro 09, 2005

Vichyssoise II

Faço por aqui o que durante quase duas semanas ocorreu nos meios de comunicação social franceses... à semelhança dos atentados ou dos incêndios e que tantas vezes merece as mais variadas críticas tenho mantido o meu silêncio sobre este assunto.

Nesta altura parece fazer-se algum balanço dos confrontos nas ruas das vilas e cidades francesas apesar de estranhamente continuarem a arder 600 carros por noite.

Quando abri as portas a este blog nunca pensei que me viesse a sentir forçado a falar tantas vezes da França, mas aparentemente alguém por lá me tem dado tantas e tantas razões de comentário. E são tantos os responsáveis...

A França é, e muito provavelmente continuará a ser uma referência em termos de estado social independentemente do governo ser de esquerda ou de direita. É essa principal particularidade da França e a principal causa do desmoronamento actual desse mesmo estado social.

Nesta matéria como em tantas outras, nós os portugueses somos muito parecidos com os franceses na forma como empurramos com as nossas vetustas barrigas os problemas, esperando que mais cedo ou mais tarde eles acabem por se resolver. No entanto, nós somos mais comedidos na abordagem das nossas próprias capacidades, e já no caso francês os seus dirigentes sempre se arrogaram ao direito de considerar o seu modelo de estado social como "o" modelo a ser adoptado por esse mundo fora de gente selvagem e menos culta ou sofisticada que os franceses.

Ora como não podia deixar de ser, existe uma explicação politica para estes acontecimentos. O barril de polvora que à muitos anos ameaçava rebentar só encontrou condições perante a total confusão politica do estado francês criado por um sistema constitucional inventado para se adaptar ao general De Gaulle mas totalmente inadaptado aos nossos dias apesar de ter conseguido resistir ao maio de 68.

Chirac é neste momento o principal fundamentalista da Europa, nas mais variadas questões. Assim foi na questão do iraque, assim foi na questão da PAC, assim foi na reacção absurda ao referendo europeu, assim tem sido na questão do orçamento europeu para os proximos anos e assim continua a ser na relação com o José Manuel Barroso.

Chirac não tem pensado em governar o país mas sim em deixar claro que externamente o país até pode ser governado por um partido de direita mas isso não pode querer dizer que se concorda com o liberalismo economico. Antes pelo contrário, parece mesmo que Chirac, depois do referendo europeu que perdeu, passou a defender a colectivização dos meios de produção e quer mesmo que a terra seja entregue a quem a trabalha e não interessa para nada essa historia da organização do comercio internacional e outras questões que colocam a França e a Europa no centro das atenções.

O resultado essencial foi permitir a substitução de Raffarin por um primeiro ministro em que Chirac tivesse mão forte esquecendo-se que este primeiro ministro iria ver o seu mandato minado a partir do interior com um Sarkozy cada vez mais forte e ambicioso, em quem Chirac já não tem mão.

Sarkozy foi até à relativamente pouco tempo das poucas pessoas em França que parecia ter ideias mais organizadas sobre o problema economico do país assim como do problema da imigração que em França ganha uma expressão quase absurda quando existem 5 milhões de imigrantes magrebinos, 1 milhão de portugueses e mais não sei quantos milhões de outras nacionalidades.
No entanto a falta de força de Villepin e a doença subita de Chirac, aliado a um certo apagamento de Len Pen fizeram Sarkozy ter mais olhos que barriga. Julgando ter todos os trunfos que lhe permitiriam chegar facilmente ao Eliseu resolveu consolidar a sua votação apelando a um eleitorado vasto e orfão de protagonismo politico activo que anteriormente já votou frente nacional.

Hoje em dia podemos dizer muita coisa sobre o fenómeno da imigração e o que tem vindo a ser feito em matéria de integração das comunidades. Mas em França alguns fenomenos sociais impusionaram que desde a década de 60 se viesse a "acumular" pessoas em depósitos incaracteristicos julgando-se salvaguardar a essência da dignidade humana.

Ora perdoar-me-ão os meus amigos mas esses mesmos movimentos sociais são tão responsáveis como os politicos nestes confrontos.

Realmente não existe igualdade de oportunidades, não existem empregos, não existem condições de vida nas comunidades estrangeiras em França (não europeias), e o problema acaba por rebentar porque o acumular destas situações teve um impacto maior nas segundas e terceiras gerações que efectivamente não conseguiram obter ainda qualquer vantagem do estado francês, ao contrário das primeiras gerações que ainda se lembra da condições em que viviam no seus paises de origem. Estas novas gerações não têm qualquer referência de uma "pátria mãe" e naturalmente consideram-se franceses de segunda aliados a uma maior consciêncialização religiosa que serve na falta de outro tipo de referências.

Mas não se iludam os meus amigos sobre a legitimidade destes confrontos. Apesar das condições abjectas em que os portugueses viveram na decada de 60, conseguiram melhor ou pior integrar-se na sociedade francesa revelando em muito aspectos uma total capacidade de ceder à humilhação com o simples intuito de dar uma vida melhor aos seus filhos.

Os movimentos sociais de esquerda que neste momento dão cobertura à destruição nas ruas francesas sobre a capa de um determinado conceito de desigualdade social e ainda imbuidos de algum saudosismo do Maio 68, estão a prestar um mau serviço à França e à Europa.

Num estado de direito como o Francês é legitimo o direito à manifestação e à demonstração pelo voto do descontentamento. O que simplesmente não é possivel é dar cobertura politica a um movimento espontaneo que não tem "per si" um fundamento politico e a ter é contrário à existência do sistema social das democracias ocidentais. Todos os que esperam minar o liberalismo economico e a globalização com este tipo de acção directa contra o estado não pode esquecer que estas tropas vêm calçadas com sapatilhas da Nike.

Citando Pacheco Pereira, "o pior que na Europa se faz aos imigrantes é tratá-los como coitadinhos e inundá-los com subsidios provenientes do estado social que cada vez mais está financeiramente falido."

Ao longo do tempo a consciência social da Europa tem vindo a tratar os imigrantes como os seus proprios cidadãos, tentanto integrá-los com recurso a programas mais ou menos inuteis (claro a que a realidade portuguesa não conta).
Em 1994 tive direito ao meu primeiro banho de civilização em Paris e mais concretamente em Amiens. A cidade capital da Picardie é aquilo que em Portugal chamariamos uma cidade média, mais ou menos do tamanho de Coimbra.
E para um estrangeiro pouco habituado a estas andanças, a organização norte-europeia teve em mim um forte impacto e ao mesmo um gosto agridoce sobre o cosmopolitismo da zona.
Em casa de familiares imigrantes e para meu espanto rapidamente fui avisado do carácter multi-cultural da região (em 94 não se dizia estas coisas...), aparentemente nad especial se verificava na cidade onde despachei rolos de fotografias uns atrás dos outros até ao fim da avenida que liga o centro e a Tour Perret (que já aqui mostrei) aos limites da idade.
Nesta zona existe um entroncamento com outra larga avenida e atravessando-a deixamos a Amiens turistica dos "Hortillonages", a Amiens das flores pagas pela "mairie" em cada janela, a Amiens que comemora os seus mortos na primeira Guerra com bandeiras dos aliados em cada poste ou janela dos edificios publicos. Nesta Amiens que eu começava a descobrir, os prédios eram tão inexpressivos como qualquer bairro do Cacém, em que gente encaixotada olhava de lado ao estrangeiro nunca visto naquelas paragens... segundo os meus familiares aquela era a zona dos "algerians"...
Pela primeira vez eu tinha contacto com uma realidade não muito comum em Portugal antes da Expo'98 ou do Euro2004... em 1994 os imigrantes em Portugal estavam longe do nosso olhar enquanto construíam auto-estradas para sitios onde antes levávamos 8h a chegar.
Era nesta França que eu acabava de conhecer, que tinha pela primeira vez a noção clara da descriminação num país que muito admirava.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Desilusão

Suburbano n'O Eleito

Registo com enorme desilusão e desapontamento a existência de artigos que falam mal de outros candidatos no
Mega Cavaco e no Portugal Maior.

Registo com perplexidade que apesar de o Professor ser extraterrestre o seu Staff de campanha afinal é mesmo humano.

Registo com igual estranheza que para o pessoal político (certamente amador) de Cavaco existem mesmo outras candidaturas.

É mais ou menos como nos dez anos da maioria absoluta, quando havia que tirar dividendos eles iam para o Professor, quando havia dissabores era culpa dos ministros porque o professor estava muito mal acompanhado...

"Prevenir a violência"

Este moço em final de mandato tem andado distraido com esta questão da integração dos imigrantes.... Ele acha mesmo que continua a fazer parte da nossa cultura todo este sentimento de tolerância?.

É preciso coragem...

Por trás de um grande homem só uma grande mulher... A verdadeira história de Maria Cavaco Silva nesse grande orgão da mais prestigiada informação que é a "Flash".

Não perca na próxima semana um rigoroso exclusivo do Professor em calção de banho a jogar à bola com os netos na praia.

Como ser um idiota sem saber

Está um gajo à espera de uns amigos para uma sessão de cinema e naturalmente cede ao apelo do café e acaba por se sentar no "café di Roma" para apreciar um café e aproveitar por gastar algum tempo.

Nestes raros momentos de acalmia, nada melhor do que pegar num jornal ou revista que normalmente têm pendurados e dar uma vista de olhos pelas gordas.

Desta vez a escolha recaiu sobre uma daquelas revistas leves de Domingo porque o único jornal de jeito no café (Diário de Noticias) tinha sido apropriado por alguém que chegou antes de mim.

Mas de repente percebi que existe uma conspiração contra os meus momentos de descontracção... quando passava os olhos pelo correio dos eleitores sobre uma anterior edição vejo a seguinte afirmação de um tal de Carlos "Voto em Cavaco porque Cavaco vai pôr as finanças na ordem."Carlos.

Das duas uma, ou é mesmo uma grande conspiração para me arrasar com a paciência ou então trata-se simplesmente de um idiota.

A pedra

Portanto para o Dr. Medina Carreira, que tão frequentemente pretende ser uma espécie de "pedrada no charco", o professor Cavaco Silva é a própria pedra...

Nem o Vasco Graça Moura iria tão longe... Realmente a coerência em relação ao que se diz no passado não está definitivamente na moda.

Muitos por aqui vão insultar-me e chamar-me de herege, mas quando eu ouvia Medina Carreira e me via a concordar com algumas das coisas que ele dizia porque acho que neste país faltam pessoas com coragem para dizer o que lhes vai na cabeça, não conseguia rever isso em Cavaco Silva...

Se calhar o erro é meu.

domingo, novembro 06, 2005

vichyssoise

> vichyssois,e
(adjectif et nom commun)
De la ville de Vichy, dans l'Allier.
Du gouvernement de Vichy (1940-1944).
pétainiste
vichyste


Ingredientes:
3 alhos franceses (só a parte branca)
1 cebola
2 colheres de sopa de manteiga
1 litro de caldo de galinha
4 batatas
200 grs. de natas
sal
pimenta
noz-moscada
cebolinho ou agriões

Confecção:
Pique a parte branca dos alhos franceses com a cebola e leve a cozer em lume brando juntamente com a manteiga. Regue com o caldo de galinha e junte as batatas cortadas em quartos. Quando as batatas estiverem cozidas, passe tudo por um passador muito fino ou bata no copo misturador. Adicione as natas e tempere com sal, pimenta e noz-moscada. Pique um molho de cebolinho ou as folhas de um molho (pequeno) de agriões e junte à sopa.

Sirva Fria.

Desabafo

Suburbano n'OEleito

Serve este post para deixar o meu desabafo sobre a república.

A III República poderá ter muitos defeitos, mas por favor, não imaginem uma república como a Francesa...

Era mau demais.

Encerrado

Suburbano n'O Eleito

Para mim está encerrada a questão dos poderes presidenciais.

Não se vislumbra num futuro próximo uma vontade política (sim tem mesmo de ser vontades dos políticos) que vise qualquer alteração substancial aos poderes do presidente.

Nenhum governo pretenderá hipotecar a sua capacidade governativa no futuro e como Belém apenas pode sugerir a alteração e a concretizar-se não terá qualquer influência no mandato que estiver a decorrer, então não vale a pena eu estar a estragar o meu latim.

Horas menos madrugadoras


Caro Salvador, em primeiro lugar seja bem-vindo.

Eu portuguesinho normal mas não conformado, me confesso nestas linhas.

Muito aprecio a sua ironia mas se não se importar a pergunta é mesmo minha, a citação é que não é, e por isso o link que a identifica.

Compreendo a curiosidade que lhe suscita a existência de blogs ou sites oficiais ou não, onde aparentemente apenas existem críticos da candidatura do Professor. Felizmente eu não escrevo por essas bandas porque também confesso a minha estranheza em criticar alguém que tão pouco tem partilhado connosco nos últimos dez anos. Será por causa dos dez anos de governo?

Bem-haja Cavaco que percebeu quase telepaticamente qual o interesse público dos portugueses, que pretendem que esta eleição resulte num castigo a esses que por oposição à imaculada personalidade do Professor estão manchados pelo tal pecado da politica. Sejam eles da esquerda ou da sua anterior direita.

Não sei como o faz, mas agradeço ao Professor a interpretação que faz dos meus interesses. E fundamentalmente agradeço ao Professor o seu poder de síntese pois conseguiu em apenas dois momentos de apresentação pública, atingir tal nível de sapiência.

Não será Salazar mas também não me interessa se pretende ser Keynes porque isso sim é que não interessa à eleição presidencial.

Caro Salvador, não pedi que se justificasse aqui o apoio a Cavaco ou a Soares porque também não me sinto compelido a fazê-lo, mas enquanto isto for uma democracia, estar calado é pior dos erros, como aliás se justifica por esta nossa troca de palavras.

sábado, novembro 05, 2005

Pergunta da Madrugada

Suburbano n'O Eleito

Como alguns dos convivas aqui têm vindo a promover ou apoiar o Professor, gostaria de vos deixar uma pergunta...

Agora que o professor regressa "
virgem do pecado da política" até que ponto é bom para a democracia haver um candidato presidencial que se permite à vassalagem dos partidos de direita, que lhe entregam, (quase fisicamente) o seu apoio, sem demonstrar qualquer tipo de agradecimento ou respeito pelo apoio concedido?

Até que ponto será sustentável manter o silêncio em relação à vida politica do país?

Aguardo os esclarecimentos possíveis...

www.manuelalegre.com

Embora muito pouca coisa nos una não posso deixar de concordar com o Jorge Ferreira.

À esquerda nada de novo. De facto está tudo no discurso de Alegre. Se alguém não se revia nas candidaturas existentes podem a partir de agora fazer campanha por Alegre.

Uma sala cheia, como convêm, à determinação de defender a pátria (a palavra não encerra em si qualquer problema, mas assusta-me) é essencial à organização de um pacto económico e social que nos una a todos em torno de objectivos comuns. Quem diria que a ideia de uma convicção comum a todos poderia alguma vez provir de Alegre.

Provedor da democracia (que mania esta de quererem ser provedores, esqueceram que já há um?) augura uma nova cidadania, e provavelmente torna-se o ideal para os que aqui defendem a refundação da República.

Crítica à partidarização do aparelho de estado e ao governo, quanto baste, para ir buscar alguns insatisfeitos com dificuldade em recordar que até há dois meses Alegre reivindicava apoios partidários do PS.

Um site onde outros optaram pelo nome da pátria (porque isto da campanha custa caro e a presença na internet é dinamizador) e um mandatário para a juventude a cair para o irreverente, embora já com algum cheiro a establishment e está completo o quadro.

Vamos esperar para perceber até que ponto Alegre tem capacidade de percorrer todo o caminho até uma segunda volta em que parece apostar.

quinta-feira, novembro 03, 2005

EMA 2005

E pronto...

Aí está o deslumbre e o brilho pelas estrelas que muitas vezes são a razão do nosso encantamento... Até os estrangeiros já devem conhecer esta nossa estranha capacidade de alternar entre a mais profunda depressão e a euforia descontrolada...

Amanhã poderemos voltar ao nosso habitual tom cinzento pardo, mas vamos ficar com o registo agridoce dos jingles da cerimónia. Uma velhinha de preto num colorido terreiro do paço amarelo, as janelas à distância de um braço em que roupa colorida se troca e confunde e a imagem do prato de sardinhas com batatas cozidas e salada de tomate darão ao resto do mundo uma imagem diferente de Portugal...

Quem sabe não será bom...

Filmes

Depois do estrondoso sucesso da sugestão da semana passada, uma proposta mais leve...
Ideal para dar umas gargalhadas Wallace & Gromit já estreou e podem ver directamente a "Trailer" se clicarem no cartaz do filme lá em baixo.
Have fun...

Saí um bife mal passado

Fui descobrir este post perdido nos drafts deste blog desde 21-Out. Por alguma razão que agora não me recordo nunca chegou a ser publicado. Mas como apenas ouvimos o Sr. Professor mais uma vez além do discurso no dia da apresentação da candidatura, o post é capaz de manter actualidade... Não é propriamente um post mas mais uma espécie de notas soltas que fui escrevendo sobre o assunto e provavelmente nunca lhe encontrei uma estrutura e daí a não publicação. Mas aqui fica...


O discurso de Cavaco não traz nada de inovador em relação à sua candidatura anterior e nada o diferencia objectivamente de Soares. Não é um homem político e apenas se candidata como imperativo de consciência, mas fica por esclarecer se esse imperativo é o mesmo de à 10 anos... e se durante as duas maiorias tb não se considerava um homem politico.

Já sabíamos que o professor não era propriamente um brilhante orador, o que não será alheio a existência de um discurso de apenas 8m.

Estranhamente o país está a precisar de auto-estima, confiança e esperança no futuro como de pão para a boca e talvez por isso estas expressões um bocado fora de moda andem de boca em boca, de candidato em candidato. Para cavaco o passado já lá foi e a era cavaquista, os pastéis de bacalhau e o Bolo-rei não são para aqui chamados a não ser que daí se possam tirar bons exemplos que sirvam ao candidato para reivindicar experiência económica e presença na cena internacional.

Ontem à noite Nuno Rogeiro dizia que o Cavaco de hoje pretendia fugir da imagem de "Caudillo, algo entre Sidónio Pais e De Gaulle", mas será que consegue?

Se porventura algum candidato da esquerda se lembrar que se batia em estudantes, agricultores e operários no final da segunda maioria absoluta, Cavaco lembrará que isso não interessa para nada em 2006... até porque nos governos de Soares e Guterres isso tb aconteceu e acabará a falar do perigo dos comunistas e será pragmático ao ponto de rebater a lógica de todos os ovos no mesmo saco...

Faltam respostas no discurso de Cavaco sobre a forma como nos pretende ajudar a ter esperança.

Como dizia Louça o candidato apenas respondeu à questão sobre o que não pretendia em oposição ao que pretendiam os seus colaboradores.

No final toda esta campanha será uma campanha de passado, com candidatos (mal) passados e tudo se decidirá com a opinião que os portugueses tiverem do papel dos principais candidatos no passado... é inevitável.

Para os candidatos o passado já lá vai e o futuro é que interessa, mas os seus discursos são quase sempre passadistas e desajustados da realidade e necessidades do país.

Infelizmente este é um país com memória bastante curta...

Globalização

Estabelecimento comercial em Gijón, Astúrias.

Directamente da Grande Loja do Queijo Limiano uma proposta Espanhola para um novo modelo de desenvolvimento.

Hoje anúncios em Gijón a anunciar preços mais baixos que em Portugal, amanhã em Barcelona e porque não em Varsóvia para a semana.

Talvez pudéssemos seguir essa mesma lógica e passarmos a anunciar no nosso comércio tradicional que os nossos preços são mais baratos que em Londres, Estocolmo, Nova Iorque ou Reiquiavique...

quarta-feira, novembro 02, 2005

Profissional

Suburbano n'O Eleito

profissional
..................................................................................
adj. 2 gén.,
relativo a profissão;
que prepara alguém para uma profissão;
que é regularmente remunerado pelo trabalho que executa ou actividade que exerce (em oposição a amador);

s. m.,
pessoa que tem conhecimentos da sua profissão, especialista.
Fonte:
http://www.priberam.pt/dlpo Priberam - Dicionário de Língua Portuguesa On-line

Esta é a questão menos interessante destas eleições, mas restam dúvidas que são profissionais todos os que obtêm uma remuneração da actividade que realizam, como aconteceu com Cavaco e com Soares quando tinham cargos públicos e agora que têm as respectivas pensões?

Cavaco fiel a todos os seus tabus não comenta, não critica, não falta ao respeito, não vulgariza nem condena, continua como sempre a ser a própria definição da ausência de polémica carregada de significado e que mais tarde ou mais cedo acabará por rebentar num comício qualquer como aconteceu com o "deixem-nos trabalhar".

O meu Guru

Esta posta destina-se exclusivamente aos meus companheiros de viagens.

E tenho a dizer-vos que acabo de descobrir o nosso Guru das viagens... eu quando crescer e passar a ganhar bem, quero ser como ele.

O Site deste homem tem impressionantes fotografias das suas viagens por todo o mundo num estilo muito próximo do nosso sem grandes pretensões foto-jornalísticas.

Além das galerias de fotos (entre as quais o nosso rectângulo, visitado em 2002) é fundamental a visita aos "travelogues".

Cortesias estrangeiras


Não consigo resistir a uma valente gargalhada depois de saber que o Louçã esteve hoje num almoço de cortesia com a imprensa estrangeira em Lisboa...

O BE merece actualmente uma cobertura escandalosa dos meios de comunicação social, o que faz com que uma acção de campanha com dois ou três militantes seja vista por milhões de portugueses.

O impacto eleitoral do BE em relação ao número dos seus militantes é de tal forma desfasado que o Bloco nem consegue assegurar representantes suficientes às asembleias de voto.

Apesar disso, Louçã pisca o olho à imprensa estrangeira, será que temos candidato a um alto comissariado na ONU?

O Apagamento

Suburbano n'O Eleito

O CDS-PP depois de um “supostamente” polémico Conselho Nacional decidiu apoiar incondicionalmente o Professor Cavaco Silva na sua candidatura à Presidência.

Não morro de amores pelo CDS-PP e as opiniões do Ribeiro e Castro neste CDS pós Paulo Portas são-me quase indiferentes, mas tenho a impressão que falta a Ribeiro e Castro uma total visão estratégica sobre o rumo a dar ao partido.

Nas últimas autárquicas em que o CDS-PP estoicamente manteve uma câmara e em que os meios de comunicação social conseguiram ouvir as declarações do líder mesmo antes do final da emissão, o CDS quase se eclipsou perante as coligações que fez com o PSD. Nem a eleição da Maria José ajudou Ribeiro e Castro.

Agora o líder-que-não-estava-destinado-a-ser-mas-teve-de-se-chegar-à-frente, cede ao espaço que o Professor sempre ocupou no centro direita e esquece-se que nos próximos anos o ciclo político vai ser adverso por ausência de eleições.

Será que em 2009 voltaremos ao partido do táxi?

A Estética do regime


Um homem de vez em quando precisa (nem que seja por razões profissionais) de fazer uma pausa da fervorosa ideologia política, até porque existem outras coisas importantes na vida e a vista também se queixa de tantas horas à frente do PC.

Ainda assim já deu para ver que bastou eu desviar o olhar por alguns dias e este blogue de discussão sobre a re(s)pública tornou-se (inadvertidamente, por certo) num blogue de discussão de república vs monarquia.

Confesso que sempre achei interessante o ideal monárquico na medida em que isso representaria um efectivo distanciamento dos partidos porque não é suposto um Rei precisar deles… Afinal deve haver um espaço no orçamento para as despesas da representação de toda a família real.

Mas também acho que na maioria das situações os portugueses que acreditam na monarquia o fazem pelas razões erradas. No discurso que ouço a república é má porque está cheia de corruptos à procura de poleiro e a monarquia é (ou era) boa apesar de ter caído de podre.

Respeito os colegas bloggers que por aqui têm vindo a colocar as fotos da família real… e a envidar esforços para a união dos reinos da península através do casamento, mas fico com a impressão que defendem uma espécie de estética monárquica e que em termos políticos se aproximam de uma monarquia que geralmente reconhecemos a D. Afonso Henriques (o Rei…) ao mestre de Avis, ou a D. João IV e mais recentemente ao paradigma da monarquia constitucional, D. Juan Carlos, porque são grandes estadistas tal como os que a república ocasionalmente produz.

O meu problema reside em todos os outros que rapidamente nos recordaremos não terem sido propriamente “felizes” no seu reinado... sejam eles loucos ou simplesmente desinteressantes ou desinteressados pela vida pública.

Lamento mas continuo a não ver vantagens.

Aluga-se

Aluga-se posto de trabalho, usado mas em bom estado, localizado no Parque das Nações para 03-11-2005.

Elevada probabilidade de encontros com grandes estrelas internacionais durante o almoço no Vasco da gama, algures entre as sandes de leitão, o bóbó de camarão a peso e os hamburgueres.


Vistas para a entrada VIP do Pavilhão Atlântico, com estacionamento.

Oferece-se curso intensivo de como escorregar nos buracos, cada vez maiores da calçada portuguesa, e cair aos pés das grandes vedetas com direito a autógrafo.

Tenho URGÊNCIA

A minha casinha

Mas porque raio é sempre no Altis... aquela gente não tem uma sede no Rato???

Será que o Hotel Altis continua a ser um hotel ou já nem tem hóspedes??

Será que vivem lá todos os deputados e dirigentes do PS???

Busca Bobby, busca...

Jorge Coelho, hoje à tarde no Altis sobre as buscas da PJ à casa da Beloura...


"Eu sou um cidadão impoluto..."


Santinho...