quinta-feira, agosto 31, 2006

Um canal perdido

A RTP continua à deriva. Haja ou não instrumentalização ou reestruturações continua sem um rumo definido que lhe permita "combater" os canais da concorrência. Claro, resta saber se é esse o objectivo...

Eu sou um fã incondicional da série Lost, mas o que é demais enjoa. Enquanto aguardamos o início da 3ª série a RTP está a passar toda a série no primeiro canal a partir das 23h.

De lembrar que já anteriormente o tinha feito com a 1ª série e que toda a 2ª série passou em dois horários diferentes.

Luto depois da violência (2)

"Quando alguém reduz outro a uma única identidade, quando alguém não é mais que Hutu, Tutsi, Sérvio, Croata, Muçulmano, Cristão, Judeu, Americano, Comunista, Anti-comunista... Nessa altura criam-se incríveis diferenças entre os homens e tudo pode acontecer."

quarta-feira, agosto 30, 2006

Continuamos do lado certo do conflito Israel - Hezbollah

Continuamos do lado certo. O envio de uma companhia de engenharia de construção é a mais acertada decisão para um conflito com estas características e onde é difícil perceber quem são os responsáveis senão forem todos.
Uma companhia de engenharia de construção vai ajudar na reconstrução da vida daqueles que foram vítimas deste conflito e por isso mesmo é que a decisão é das mais acertadas dos últimos anos.
Também foi interessante ver Cavaco a afirmar-se como Grande Chefe da chafarica militar, tal como Sampaio com o governo Barroso.

Luto depois da violência

De uma forma geral pensamos sempre nos conflitos em número de mortos. Mortos de um lado e mortos do outro e é essa a forma de fazermos as contas.
A estatística faz o seu papel, contabiliza os mortos de ambos os lados e estatisticamente diz-nos o frio número da percentagem de pessoas mortas em relação à população total, e é desta forma que sabemos quem ganhou. Ou seja, ganha quem mata mais.
Mas não há justiça nas guerras nem na violência em geral. Nem para aqueles que tendo assistido ou participado num conflito conseguiram sobreviver. Desses raramente alguém se lembra.
É como nos acidentes na estrada. Há os mortos e os feridos, e destes últimos os feridos graves que passado duas horas já ninguém se lembra que alguns deles também vão morrer.
O carácter frio e impessoal dos números esquece sempre imensa gente. Os números falam sempre de mortos, às vezes de feridos, e muito raramente de refugiados.
Os números, nunca, mas nunca falam das centenas de milhar que “apenas” se perderam da família, que ficaram com a casa destruída, que ficaram órfãos, que foram violados, ou simplesmente não conseguem dormir sem acordar de sobressalto com o som das bombas a ecoar nos ouvidos. É toda esta gente que tem de recuperar para as suas vidas uma normalidade perdida.
Hoje à noite na :2 às 23:30, vai para o ar “Luto depois da violência” precisamente sobre os pequenos passos dessas pessoas que alguém esqueceu pelo caminho. A não perder.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Isto não é normal


Os disparates que se recebem por mail.
Já tinha isto no meu mail, mas ainda não tinha tido a oportunidade de ler.
Vejam bem a história que os sujeitos propôem a ver se algum papalvo vai na conversa...

Ela está de volta

Quem não se recorda das lições de Edite Estrela na RTP nos idos anos oitenta, quando a RTP estava ainda longe dos objectivos concorrenciais. Edite fazia um programa sobre como os portugueses falavam e escreviam mal e porcamente. O impacto foi enorme e serviu para que gente de todos os quadrantes criticasse a instrumentalização da RTP pelos socialistas.
Hoje os portugueses continuam a falar e a escrever mal e porcamente e a instrumentalização da RTP continua na ordem do dia.
Edite, foi fazendo carreira saltitando entre cargos políticos e mais recentemente foi saneada para Bruxelas.
Agora está de volta com uma rubrica na Rádio Renascença no âmbito do Jogo de Língua Portuguesa. Edite volta ao seu anterior registo e pretende ajudar os portugueses a falar e escrever bem.
Ouvir o programa é como um regresso ao passado.

sábado, agosto 26, 2006

Honestamente não entendo.

Honestamente não entendo porque razão tanta discussão à volta do suposto "caso mateus". Nos Estados Unidos houve um ano em que estiveram quase dois meses para decidir quem era o Presidente e no final escolheram o gajo errado...

quinta-feira, agosto 24, 2006

Devagar, devagarinho...

São sempre boas as iniciativas (tão na moda) de levar a Internet e as novas tecnologias de informação ao interior do país Assim um posto móvel com oito postos de acesso, da EDD, vai percorrer 100 aldeias do Alentejo (distrito de Évora) para combater a info-exclusão nas zonas rurais.
A ideia é desmistificar os computadores para os mais velhos e dar oportunidade a jovens e funcionários públicos de juntas e câmaras municipais de contactarem directamente com as oportunidades que a Internet disponibiliza.
Esta interessante iniciativa da associação de municípios do distrito de Évora, tem pernas para andar e visa criar pontes para que alguns acabem por ganhar algum interesse na tecnologia e acabem por deixar que ela entre nas suas vidas.
Mas é sempre importante perceber que a prossecução destes objectivos só irá ser conseguida com a atracção de investimento que crie emprego real, que fixe os jovens, pelo menos nos concelhos ou distritos, já que às aldeias deve ser difícil.
Ainda assim não há Simplex que resolva o problema. Apesar de começarem a aparecer blogs e várias iniciativas ligadas à internet e mesmo que os jovens alentejanos estejam cada vez mais ligado à rede, as tecnologias de informação vão chegando ao ritmo próprio com que a região é caracterizada... devagar, devagarinho...

Choco Frito


Ingredientes:

- 1 kg. de tiras de choco
- 1 folha de louro
- sumo de 1 limão
- sal q.b.
- pimenta q.b.
- Azeite ou óleo para fritar q.b.
- 1 molhinho de salsa
- 12 dentes de alho
- piripiri q.b. (fac.)

Confecção:
Tempere as tiras de choco com 4 dentes de alho pisados, sal, pimenta ou piripiri e a folha de louro partida aos bocados e o sumo de limão. Deixe tomar gosto cerca de 2 horas. Escorra-os da marinada e passe-os por farinha. Frite-os em azeite ou óleo quente com os restantes alhos com casca. Escorra-os e ponha numa travessa de serviço decorada com pedaços de limão.

É verdade, para aqueles que me são mais próximos não é uma novidade. Mas estou de volta à terra do Choco Frito até ao final do mês. Vou tentar manter a actualiadade, embora em movimento.

Pode ser que aproveite para comer um Choco com o Carlos de Sousa porque homem deve andar um bocado cabisbaixo...

quarta-feira, agosto 23, 2006

terça-feira, agosto 22, 2006

O Presidente e a Primeira-Dama na "chinchada"

As provas são irrefutáveis.

O Presidente e a Primeira-dama aproveitaram a estadia em Boliqueime para voltarem ao tempo de juventude e roubarem frutos das árvores dos vizinhos.

Aqui pode ver-se claramente o Presidente a roubar fruta de uma árvore que se encontra dentro de uma zona vedada.

A Primeira-dama preparou-se para a ocasião tendo levado um cesto, cuja griffe não foi possível apurar, para receber os frutos "chinchados".

segunda-feira, agosto 21, 2006

Não vale a pena correr

Nunca mais conseguimos acertar. Contínuo a adorar utilizar os transportes públicos. Por razão desconhecida os horários não se cumprem, mas o comboio ao lado já pode seguir a horas. Apesar de o destino ser o mesmo ninguém se lembrou de avisar aqueles passageiros que já estavam à espera noutra gare. Mas que grande surpresa. Não sei é para que se gasta dinheiro em altifalantes estridentes se no final não passa de uma lotaria.

Angústia

Escrevo ou não escrevo? É sempre aquela sensação que nos bate repetidamente na cabeça quando estamos indecisos sobre um post e sobre as implicações que ele pode ter depois de escrito, ou como vai ser interpretado. É como se estivéssemos a parir alguma coisa e a angústia desse parto faz-nos repensar se valerá a pena escrevê-lo.
Depois de se carregar naquele impessoal botão que diz publish post já não se pode voltar atrás. Toda a gente vai poder perceber os meandros do nosso pensamento e a forma como nos vemos ou como os outros pensam que nos vemos. É uma janela indiscreta que se abre cá para dentro, e para a qual não sei se suporto que estranhos espreitem.

Jornalismo vanguardista

"Repórteres de televisão ajudam homem a imolar-se" via A ilusão da visão

Tudo aconteceu na Índia. Jornalistas deram-lhe fósforos e gasolina e depois filmaram tudo.

E ainda pensamos nós que o Expresso inventa factos políticos. Daqui a pouco tempo a comunicação social portuguesa vai sugerir que os portugueses se suicidem da ponte 25 de Abril num derradeiro acto de contestação à politica do governo, ou então uma banca em frente a São Bento com pedras de calçada para o incauto transeunte atirar ao primeiro deputado que venha a sair do parlamento.
Tudo a bem do direito à informação.

São os timings...

Podiam lá os professores ter a possibilidade de gozar as férias em descanso. Que disparate.
Os bons professores não têm mais nada a fazer a não estar sempre alerta para as mudanças súbitas e repentinas que a ministra (que não faz férias e sobre a qual restam duvidas se chega a dormir) pretende introduzir num regime de prontidão que nem nas forças armadas se assiste.
Todos os outros professores (os preguiçosos) foram logo fazer queixinhas à Fenprof que exigiu o prolongamento do prazo a que o magnânime ministério da educação acabou por aceder.
São uns mariquinhas estes professores. Só porque não podiam aceitar em 48h as colocações com a desculpa de estarem com os pés de molho no Brasil.

sábado, agosto 19, 2006

Até doí

"Não vale a pena alimentar ilusões, quando elas não passam disso mesmo. Ilusões."

Luis Figo acerca da possibilidade de terminar a sua carreira no Sporting

Kit: Momentos difíceis

Facts of life

Vai sempre haver alguém que, independentemente da minha idade, quererá ser condescendente e paternalista. Por isso não vale sequer o esforço de tentar entender ou explicar.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Oportunidade perdida

Nunca percebi muito bem a tendência desculpabilizante que este país tem em relação a Marcelo Caetano, protagonizada pela sua filha Ana Maria Caetano, a quem ciclicamente é dado tempo de antena para que possa explanar sobre o carácter afectuoso, familiar, honesto, quase santo de seu pai.
É uma coisa estranha que não acontece por exemplo em relação a Salazar e provavelmente deixará perplexa a minha geração, que nasceu em liberdade, tanto quanto me deixa a mim.
Torna-se difícil perceber onde acaba um e começa o outro e porque razão um deles merece um sentimento de uma certa nostalgia, ou uma certa tolerância.
É como se o homem não tivesse tido tempo para cumprir os audaciosos planos que tinha para levar Portugal no caminho da democracia e do desenvolvimento, mas que outros numa intentona militar irreflectida, cortaram o rumo.
Marcelo não esteve no governo de Portugal durante dois ou três meses, esteve no poder vários anos e teve a oportunidade de capitalizar da esperança popular que os portugueses lhe depositaram naquilo que veio a chamar-se “a primavera marcelista”. No entanto caminhou sempre no sentido do endurecimento das posições portuguesas sobre o ultramar, permitiu a continuação das farsas eleitorais, recusou um estatuto para uma imprensa verdadeiramente livre perdendo a oportunidade de o aceitar quando ele emana da própria assembleia nacional e endureceu a repressão contra estudantes e organizações laborais apesar da alteração de nome da polícia política.
Não é este o caminho de um democrata que sonha e almeja um país melhor para os seus cidadãos.
Houve oportunidade, e ainda que os ultras do regime estivessem sempre particularmente activos aqui e nas colónias, um homem de princípios e de coragem tinha a obrigação moral de os enfrentar, ainda que isso pudesse significar riscos para a manutenção do cargo que anos antes um povo esperançado o tinha visto assumir.
Foi pena não ter sido possível fazer as coisas de outra forma e até faria algum sentido esta tendência desculpabilizante se por acaso a revolução tivesse resultado num horrível banho de sangue, mas isso felizmente não aconteceu.
Os homens são reconhecidos pelas acções que praticam e Marcelo Caetano não esteve a altura do desafio que tinha a sua frente.

quinta-feira, agosto 17, 2006

Nova vizinhança


E de repente quando já estávamos convencidos que não havia nada de especial neste sistema solar, que não tínhamos vizinhos, pelo menos vizinhos que pudéssemos convidar para jantar, e mudam-nos tudo o que aprendemos na primária.
Querem tirar-nos Plutão despromovendo-o a um qualquer rochedo e promover outros três calhaus (Ceres, Caronte, Xena) a planeta.
Ainda por cima um com nome de sumo espanhol, um metido a auto da barca do inferno e outro com nome de princesa guerreira quase certamente lésbica.
Já nada é como antigamente. Agora quero ver quem é que vai conseguir fixar a ordem dos planetas, como nos habituaram a dizer na escola.

terça-feira, agosto 15, 2006

The Most Merciful

O Suburbano tem o raríssimo prazer de apresentar o blog desse vulto da cultura pacifista internacional.
Dotado de proeminente oratória de paz e concórdia entre os povos, o simpático presidente ahmadinejad do irão, inaugurou um blog igualzinho aos que temos aqui deste lado do mundo.
Certamente também vai ter um link para o Tecnhorati e um contador do Sitemeter. Será desta vez que o Pacheco Pereira e toda a blogoesfera liberal estão tramados?


Num site bem organizado, com um template muito jeitoso (juro aquilo parece mesmo rendas de bilros) o Sr. Ahmadinejad apresenta as suas ideias sobre a (re)organização do médio oriente, ou sobre como libertar esses povos oprimidos do Conneticut ou do Minesotta, tornando todo continente norte-americano numa espécie de Europa, tudo bem retalhadinho.

Na realidade o que o Sr. Ahmadinejad pretende é que os governos ocidentais deixem de ter esse hábito de o tratar como um saloio, até porque ele já tem um blog…



Passa a outro e não ao mesmo

Volta a mania de fazer desafios inter-blogs...
Esta forma rebuscada de tentar conhecer um pouco melhor as pessoas que estão por detrás da escrita que com maior ou menor assiduidade vai aparecendo na blogoesfera, vai sazonalmente, fazendo sucesso.
Parece um pouco aquele tipo de questionários que as miúdas faziam na escola e que passavam aos colegas, em papel com os póneis da barbie ainda a cheirar às borrachas coloridas com que freneticamente tinham apagado aquilo que afinal não queriam dar a conhecer.
Actualmente tenho dois desafios pendentes. Um do Guronsan e outro do David, que a seu tempo espero responder.

Masturbate for peace


Palavras sábias, via A Fonte.

segunda-feira, agosto 14, 2006

De volta

Elas estão de volta com um novo álbum chamado "Drama".
Estes símbolos dos oitenta, voltam como tantos outros, a gravar álbuns que lhes permitam amealhar mais uns cobres com a geração que os viu nascer e que está a atravessar uma crise de identidade.
Pelos menos estas moças continuam a ter bom aspecto, ao contrário da Blondie e mais alguns milagres da cosmética que por aí andam...

domingo, agosto 13, 2006

Ele fala

Ele fala (o que para mim é uma invulgar surpresa, como poderão imaginar) mas os blogs de Boliqueime já estavam a começar a estranhar e a ficar preocupados...
Afinal cavaco tem estado no Algarve. Isso explica porque ninguém o vê desde que apanhou o Alfa há mais de um mês.
Mas também temos de ser honestos, não se passou nada de interessante ou importante em Portugal ou no mundo. Parece que há uma guerra numa zona qualquer distante de Portugal, onde há sempre uma qualquer guerra. Logo é um assunto demasiado desinteressante e banal para se comentar.
Houve tentativas de atentados mais próximo mas isso também já é habitual e nem sequer nos diz respeito.
Ainda mais próximo o país parece estar a arder, mas isso então já é rotina e todos os anos são iguais.
Sem dúvida o Joaquin Cortés tem argumentos mais fortes e só os jornalistas é que não percebem isso e como tal insistiram em sacar uma declaração a ferros.
Mas que grande surpresa que está a ser esta presidência... Se pelo menos todos os problemas financeiros do país já estivessem resolvidos.
Não se incomode o nosso presidente, esta a ser excelente ouvir a música que nos tem dado.

E pronto. Está encerrado o estado de graça que Cavaco teve neste blog desde dia 9 de Março. Os mais atentos irão reparar que não escrevi uma palavra sobre o senhor... E a bem dizer contínuo sem ter nada para dizer...

quinta-feira, agosto 10, 2006

Major Disruption

Sempre a lembrar-nos que o nosso estilo de vida está em risco. O lamentável é que parece que estamos a ficar habituados...


quarta-feira, agosto 09, 2006

Fim de semana fora por menos de 300€

Nos próximos tempos, até porque estamos no Verão e para dar um toque mais leve aqui ao burgo suburbano, vou falar de viagens.
É um assunto que me agrada e fazer umas pesquisas para conseguir os melhores preços é sempre um desafio interessante. Claro que estas coisas não servem para aqueles que como eu já fazem estas pesquisas. No entanto anda sempre por aí muita gente distraída e ocupada a quem pode dar jeito.
Com recurso à Internet e aos seus motores de buscas vou passar a sugerir aqui viagens para fins-de-semana prolongados com custo igual ou inferior a 300€/pax, ideal para viajante não muito exigentes e pelintras como eu, de acordo com os seguintes pressupostos:

Avião ida e volta (ou outro transporte caso aplicável);
Três noites em quarto duplo;
Pequeno-almoço;
O mais perto do centro possível.



A primeira sugestão vai para Madrid, porque a cidade é fantástica e fica perto, embora seja demasiado quente nesta altura do ano. Tem uma grande vida cultural mas também são muitos os locais de descontracção. Para quem se quer divertir é uma cidade essencial.

Datas: 17 a 20 de Agosto

Voo Vueling

17 Agosto
Partida: Aeroporto Portela às 15:35
Chegada a Barajas – Madrid às 17:50

20 Agosto

Partida: Barajas – Madrid às 14:40
Chegada: Aeroporto Portela às 14:50

Preço 139.44€ por pessoa já com taxas.

Estadia: Quarto Duplo com pequeno-almoço no Hostal Persal (Plaza del Angel, 12 / 28012 madrid) a 100m da Puerta del Sol

Preço: 88.5€ por pessoa

Total da viagem por pessoa: 227.94€

Boas viagens
(aceitam-se sugestões de novos destinos)

segunda-feira, agosto 07, 2006

Objectividade e a imparcialidade de alguns


Este blog está lentamente a ser dominado pelo conflito no médio oriente, mas há nada que eu possa fazer. De qualquer forma vou tentando dividir as questões por aqui e pelo Dolo, onde ainda não escrevi nada sobre este assunto.
Temos assistido a um controlo da informação em ambiente de guerra desde a primeira guerra do golfo, e desde essa altura que os jornalistas são ao mesmo tempo testemunhas e peças essenciais do esforço de guerra.
É a guerra de informação e o interesse de ambos os lados da barricada em influenciar as opiniões públicas uns dos outros, a favor ou contra, à custa dos cadáveres das vítimas, tornou-se comum.
E depois existem todo um sem número de comentadores que ao sabor das suas convicções pessoais analisam e escrutinam o trabalho dos jornalistas e os aplaudem ou então os crucificam.
Uma coisa é certa, nunca têm a objectividade que exigem aos jornalistas que analisam.
Márcia Rodrigues (na foto) e não pela condição de ser minha familiar afastada (sim é verdade, mas eu nem conheço pessoalmente), pelo que me é dado ver está a fazer um excelente trabalho, dentro das condições possíveis durante um conflito com estas características.
Márcia está a fazer a cobertura da ofensiva israelita, com base na cidade de Haifa, e no meu entender tem demonstrado a isenção e independência a que um jornalista está obrigado.
Pode ser uma nuance, mas Márcia Rodrigues ainda não entrou no Líbano porque para isso a RTP tem correspondentes do outro lado da fronteira como até há uns dias o José Rodrigues dos Santos, que se colocou em situações particularmente dificeis nas àreas controladas pelo Hezbollah e sobrevoadas pela aviação israelita.
Acusar esta jornalista de ser porta-voz do exército israelita, de estar a ser paga divulgar os filmes de propaganda Israelita entre outros mimos, apenas revela uma total cegueira e autismo em relação ao trabalho que a jornalista tem vindo a fazer.
Tenho assistido às suas intervenções em directo de Haifa quase todos os dias e não consigo compreender como é que alguém que faz o jogo dos israelitas relata diariamente as dificuldades do avanço das suas tropas, revelando a fortíssima resistência que o Hezbollah está a oferecer.
Inclusivamente, Márcia Rodrigues já disse que "o disparo incessante de artilharia pesada para território libanês apenas pode significar falta de eficácia em atingir alvos do outro lado da fronteira". Não me parece que este tipo de observações revelem parcialidade.
A guerra da informação pode ser feita por aqueles que têm interesse em manipulá-la, mas não deve ser feita por outros que com base na falta de objectividade das suas opiniões pretende confundir a opinião pública.

Palavras... Leva-as o vento...

A ONU divide-se em países fortes e países fracos. Em países com maiores ou menores tendências imperialistas ou candidatos a grandes lideres regionais que quase sempre fazem depender da força das espingardas a suposta estabilidade que dão às suas regiões.
A ONU que cada vez mais se assemelha à extinta Sociedade das Nações, revela que tudo se decide sem qualquer base de legitimidade legal, mas sim ao sabor dos acordos tácitos entre países de acordo com os seus interesses políticos e muitas vezes económicos.
É o caso da necessidade ou não de um cessar-fogo no conflito que opõe Israel ao Hezbollah, uma vez que apesar de bombardeado o Líbano não está em guerra.
Todos se dividem num matagal de palavras com segundos sentidos, para não criticarem abertamente Israel que combate, (aparentemente de forma legitima na versão americana) uma milícia que chama de terrorista.
Americanos, com a política que conhecemos e Franceses, tradicionalmente pró-árabes decidiram (sim, decidiram sozinhos) um acordo de cessar-fogo para o conflito e esperam que os israelitas (que fazem sempre uma interpretação muito lata das resoluções da ONU) e o Líbano aceitem... Mas espera lá, o Líbano não era aquele que apesar de bombardeado não faz mesmo parte desta guerra?
Pois é, como é que alguém pode considerar que uma proposta de cessar fogo pode ser "contratada" entre um dos lados do conflito que têm vindo a bombardear um país estrangeiro que na prática invadiu e um lado que é vitima dos mais bárbaros bombardeamentos apesar de não ter, até ao momento, disparado um único tiro?
Mais, como é que é possível que esse lado aceite um cessar-fogo que assente numa lógica de ocupação do seu território por uma força estrangeira invasora, que substitua a milícia extremista que já domina esse mesmo território onde não se faz sentir qualquer autoridade do estado?
É um disparate pensar que a solução do conflito pode passar por forçar um cessar-fogo sem que nele participe um dos intervenientes só porque o outro interveniente e os sofisticados e avançados estados democráticos ocidentais não considerem a possibilidade de negociar com terroristas.
Sem querer fazer juízos de valor recordo aqui as palavras de George Galloway (polémico parlamentar britânico) que ontem dizia que "o terrorismo é uma questão de ponto de vista. Um terrorista para uns é um combatente da liberdade para outros."

sexta-feira, agosto 04, 2006

Já estou no fim de semana

Como os meus amigos imaginam, depois disto é impossivel escrever, trabalhar ou pensar o que que quer que seja.
Por isso, bom fim de semana.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Olha a ganza fresquinha!!

Pensarão os meus amigos: Mas que raio faz esta senhora tão catita, numa auto-caravana tão jeitosa nesta foto aqui ao lado? Se calhar vai para o Algarve.... Mas não.

Ontem recebemos a confirmação de toda uma nova utilização para as auto-caravanas.

Um prestável português preparava-se para passar o tempo em que todos nós gozamos as nossas merecidas férias, a trabalhar arduamente correndo o país de lés-a-lés, qual caixeiro-viajante a oferecer os seus préstimos um pouco por todo o lado.

Na sua auto-caravana abria o tejadilho e uma pequena estufa alimentava de sol as pequenas e frágeis plantas de cannabis que depois de transformadas e acompanhadas daqueles cogumelos mágicos, vendia aos sequiosos jovens das raves que abundam nesta altura do ano.

A PJ não compreendeu o alcance do serviço social e do esforço deste português e atirou-o para os calabouços em prisão preventiva.

Que tristes que vão ser as raves e os festivais de verão.

Os perigos de uma alimentação equilibrada

O tempo certo

"Apanhei um táxi para o Largo da Misericórdia. Ela queria jantar no Último Tango, um sítio onde não me apetecia muito ir porque da última vez que lá tinha jantado devia ter 20 e poucos. O pior sítio onde marcar aquele jantar seria um lugar de elevada potencialidade nostálgica e era o caso do Último Tango. Maça-me pensar na quantidade de pessoas com quem eu jantava ali e agora já não janto nem ali nem em parte nenhuma.

Talvez a nossa relação devesse ter parado aos 20 e poucos. Há uma época para tudo. A sociedade moderna está disponível para conviver com a fragilidade das relações amorosas, mas compreende pior que alguém já não possa ver um amigo à frente. Na quarta-feira, eu tinha que estar preparada para ter que a ver à minha frente, pelo menos uma última vez. Quando ela chegou, disse-me: "Atão?"

quarta-feira, agosto 02, 2006

Zapping XXII

Cai Fidel, cai a revolução


É essa a esperança que abunda do outro lado do golfo do México, apesar de nos últimos anos a ilha de Fidel ser mais um espinho que uma ameaça concreta.
Bush só espera uma boa oportunidade para se vangloriar pelo sucesso do anacrónico bloqueio a Cuba, até porque deve ser a única pessoa no planeta que acha que ele continua a fazer sentido.
Mas a que preço ocorrerão transformações democráticas em Cuba? Não é fácil saber. Raul Castro é constitucionalmente o sucessor de Fidel, por mais absurdo que nos possa parecer. Ou seja, na eventualidade da saída de Fidel por doença ou até por morte, o actual quadro constitucional cubano e o Partido Comunista mantêm-se, e não parece ser clara a vontade de mudanças bruscas na organização do poder político.
Raul Castro além de irmão do líder da revolução cubana, é o ministro da defesa de um exército bem organizado e motivado, apesar da falta de recursos, e o responsável em grande parte pelo fiasco americano da baía dos porcos. Raul também controla os comités de defesa da revolução que como se fossem pequenas associações de moradores, que controlam e protegem cada bairro e cada rua do perigo dos dissidentes, existindo mesmo quem considere que estes comités e Raul são quem governam efectivamente o país.
Castro Júnior (mas não muito, tem 75 anos) é um conhecido defensor do modelo chinês de capitalismo económico e das suas características de linha dura contra dissidentes, e se esse for o caminho que pretende abrir após a saída de Fidel, então os cubanos ainda vão ter de esperar muito pelas liberdades políticas que há muito anseiam.
Uma coisa é certa, devido às características próprias do povo e da situação em que se encontram, é pouco provável que a solução venha do exterior ou até dos cubanos exilados em Miami, mas sim do interior do país onde ao longo dos anos muitos têm lutado por um socialismo democrático em liberdade.

terça-feira, agosto 01, 2006

Mais um tropeção...

Jogo perigoso

Tendo em conta a pontaria das armas israelitas nos últimos tempos, que inadvertidamente atingiram um posto da ONU à décima vez e um edifício de habitação cheio de refugiados, então é capaz de ser perigoso tentar atingir um posto fronteiriço libanês com a Síria...
Nunca se sabe quando uma bomba inteligente fica subitamente estúpida...