quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Vindo do nevoeiro...

Que calmos são os dias que de repente chegaram a este país... como que a marcar a diferença começou a chover aos poucos e os portugueses parecem bem mais voltados para as suas vidas normais que para o tornado politico que já se fazia sentir à uns meses.

Acho, (aliás, espero) que estamos todos convencidos que as dificuldades não acabaram e que ainda não chegaram os tempos das vacas gordas mas esta tranquilidade é impagável.

Já é novamente possivel ver um noticiário com noticias a sério ou com os entretanto esquecidos casos da vida real que a TVI tanto gosta de nos mostrar.

Mas o tom desta campanha e o caminho para onde o Santana a queria levar, não me deixa concluir outra coisa que não seja o estado terminal do nosso tão famoso Sebastianismo.

Será que finalmente somos um povo diferente que não procura no nevoeiro o heroi de outros tempos que nos virá salvar???

Talvez...

1 comentário:

Anónimo disse...

Mas é claro que começou a chover amigo. Aliás, tal como em 95: após um período de prolongada seca (que me permitiu pela primeira vez vislumbrar Vilarinho da Furna emerso das águas - perdoe-se-me o egoísmo do interesse etnográfico-místico em detrimento do interesse geral), com a chegada do Engº Guterres logo veio um Inverno rico em chuva.
Resta saber se há no PS algum poder sobrenatural de convocar as chuvas ou se se trata apenas de mais um prenúncio de que também estes vão "meter água"!

Já agora, parece-me que a tua conclusão sobre a "morte" do sebastianismo pode ser um pouco precipitada. Há certos "traços" que não se apagam assim tão facilmente. A ver se nas presidenciais não se levanta logo nova vaga de nevoeiro...

Enfim, compreende-se esse teu ânseio de optimismo, que no fundo é o de todos nós.
Mas tenho de te confessar que em relação ao tão esperado optimismo estou um pouco como o More, no final da sua "Utopia" - "desejo-o mais do que o espero"...

Abraço!