Pela primeira vez neste catálogo de imagens suburbanas aparece texto a justificar a opção desta foto.
Este edifício que aqui aparece já esventrado e pronto para demolição, mas o fim de um ciclo em que o Cacém passa definitivamente de um passado rural, feito de quintas, ribeiro, e feiras de gado a meio caminho entre Lisboa e a zona Saloia.
Este edifício é o último de uma geração de edifícios de utilização exclusivamente pública que ameaça desaparecer, aqui e um pouco por todo o lado. Aqui esteve, desde sempre a Junta de Freguesia de Agualva-Cacém, entretanto também extinta.
O POLIS veio e não houve lugar à recuperação deste património Pombalino que dentro de dias será um monte de escombros.
Depois desta demolição apenas restarão no Cacém dois edifícios semelhantes. Um é ocupado actualmente por seminaristas e outro (o Convento de Nª Sra. do Carmo) anteriormente ocupado por um Colégio, mas que por coincidência se encontra à venda quando a Praça que o ladeia sofre obras que a tornarão pela primeira vez uma Praça digna desse nome.
2 comentários:
Uma das desgraças do país (a que chamo o "Portugal Ultraperiférico") é o desordenamento do território aliado ao desprezo pelo património construído.
Mas em certas localidades o tratamento "cuidado" dos centros históricos também náo passa de uma máscara para autorizar todo o tipo de desordem urbanística fora desses centros históricos.
Concordo totalmente. A cobiça pelos terrenos desses centros historicos deixa os municipios nas mãos das construtoras.
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