Procurei, procurei, procurei e pouco consegui encontrar... Mas não há mais tempo para esclarecimentos.
A pergunta que aqui tinha anteriormente feito às campanhas do PS e do PSD ficaram infelizmente sem resposta, e é pena porque a campanha foi pequena em ideias e muito grande em insultos. Talvez nos tenhamos de habituar a este estilo de fazer campanha e daqui para a frente tenhamos de assistir a exploração da vida pessoal dos candidatos.
Talvez já nas presidenciais se venha a explorar o currículo militar dos candidatos ou se já tiveram ou não um problema de bebida à boa moda americana.
"A verdade não mora aqui..." a frase é do mesmo reputado fiscalista (Dr. Medina Carreira) que disse que o orçamento não serve para nada além de aparecer nos jornais e referia-se nesta frase aos programas dos partidos que se apresentam a estas eleições. E é lamentável que assim seja, os programas são agora instrumentos de marketing que não deixam conhecer as verdadeiras intenções dos partidos.
De qualquer forma impõe-se uma decisão, e qual é a minha decisão? Tivemos já a prova de quais são as diferenças entre a esquerda e a direita nas questões principais que escapam a Bruxelas e que me furto aqui de voltar a comentar.
A única questão que se nos coloca é saber se queremos que nos continuem a governar os actuais ou se vamos dar oportunidade a outros.
Por isso é que a decisão de Sampaio tem a virtude de ser clarificadora.
Tendo em conta que economicamente estou convencido que os tempos vão continuar a ser sombrios coloca-se a questão de saber se politicamente queremos tb um país sombrio.
E para mim a resposta é clara. Não é possível continuar a alimentar um Primeiro Ministro ilegítimo e geralmente confuso. Não podemos continuar a permitir um governo autoritário em relação ao país mas negligente consigo mesmo.
Como estou ainda em dúvida quanto à urgente e prevista humilhação eleitoral do PSD, julgo que a única coisa de que não podemos arrepender-nos no futuro é de não termos dado o voto útil ao PS.
Acho que é muito provavel que BE tenha bons resultados e a CDU tenha uns resultados mais ou menos na onda do costume, mas não espero outra coisa de ambos que não seja viabilizarem um governo do PS caso este não tenha maioria durante os 4 anos da legislatura.
O país não pretende um novo PRD.