"Não tenham medo", foram das primeiras palavras de Karol Wojtila quando se tornou Papa em 1978, perante a surpresa do mundo inteiro pela nomeação de um homem de leste.
Talvez não seja assim tão surpreendente a nomeação de um eslavo no panorama político da guerra fria, mas sejamos claros que a intervenção deste Papa no mundo poderia ter-se revelado bem menos interessante do que acabou por ser.
Já tinha dito aqui que pode não se concordar com alguns aspectos deste pontificado ou da doutrina da igreja mas não pode deixar de ser importante a morte de um homem que representa directamente um bilião de pessoas no mundo e indirectamente é uma referência para toda a população mundial cristã, que deve atingir uns 3 biliões de pessoas.
Como nenhum outro antes dele, conseguiu com esse poder ou influência fazer passar um mensagem de paz, liberdade e respeito pelos direitos humanos numa luta desigual contra o comunismo mas também contra o que chamamos agora de capitalismo selvagem.
Agora católicos, judeus, ortodoxos, muçulmanos, hindus, siks, budistas ou evangelistas e milhares e milhares de laicos fazem fila para lhe prestar uma última homenagem. naquilo que parece ser um desejo sincero de paz e amizade entre os povos.
Temos todos que compreender que não é facil Cuba, a Síria e os Estados Unidos estarem de luto nacional pelas mesmas razões.
Que o Espirito Santo ou alguém por ele... ilumine os cardeais e os leve a nomear um Papa para os desafios modernos da globalização.
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