Não há comentários a fazer há possibilidade de se abrirem portas de um comboio entre estações, para linhas onde passam outros comboios. Não há comentários a fazer sobre as pessoas que se atiram à linha e cuja idade não permite o equilíbrio de outros tempos, o que resulta em cabeças partidas, para as quais não há qualquer ambulância ou assistência que não a de outros passageiros. Não há comentários a fazer às mensagens dos maquinistas cujo sistema sonoro funciona à terceira e que quase dizem às pessoas para se atirarem para a linha. Não há comentários a fazer sobre a grade com chave que previne a saída da gare para a linha, mas que igualmente impede de aceder da linha para a gare porque a chave está em parte incerta. Não há comentários a fazer que não haja qualquer procedimento de emergência para estas situações que pelo menos utilize uma escada articulada para as pessoas descerem de um comboio. Não há comentários a fazer sobre a falta de informações na gare.
Somos mesmo um país atrasado onde a mais pequena tragédia do dia a dia acaba por ter um impacto desnecessário.
Somos mesmo um país atrasado onde a mais pequena tragédia do dia a dia acaba por ter um impacto desnecessário.
3 comentários:
Sempre pensei que acontecimentos destes fossem mais coisa do passado do que do presente.
É verdade que já atravessei o túnel do Rossio a pé. É verdade que na altura não houve informação, nem ninguém para ajudar os utentes a sair do comboio em condições minímas de segurança. É verdade que todos os passageiros que pagaram o seu bilhete para serem transportados, fizeram uma parte do percurso a pé (o custo minímo de um bilhete inteiro é de 1.10€)... e infelizmente também é verdade que tudo se mantém igual.
Terceiro Mundo? Cada vez é mais verdade... nem aprendemos com o passado.
E no meio da desgraça ainda haver um engraçadinho que se entretém a tirar fotografias para o seu blog... mas ninguém lhe dá um "enxerto"?! ;-)
É o interesse superior de informar...
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