quarta-feira, setembro 26, 2007

É do sangue marialva...

Santana Lopes acaba de ter a sua melhor atitude de sempre. Devido à totalmente injustificada interrupção da sua entrevista para mostrar parte de um carro, onde aparentemente circula um treinador de futebol que chegou à portela de avião particular, Santana questionou a jornalista se a interrupção se justificava e afirmou que o país está doido.
Perante a justificação por critérios editoriais resolveu invocar ou seus próprios critérios para não continuar com a entrevista.
Esteve bem, realmente nada justifica que se interrompa uma entrevista porque alguns obscuros critérios editoriais obrigam-nos a ver uma simples partida de uma suposta estrela, no seu carro, rodeado de jornalistas.
O único problema é que Santana gosta demais da televisão para lhe fazer isto...

1 comentário:

cuotidiano disse...

Pela primeira vez - e espero que última! -, acho que Santana esteve muito bem, até talvez ao ponto de “ah ganda Santana!”. Pronto, já disse bem dele. Não contem comigo para o repetir. Adiante. Mas um requinte em que a maioria das pessoas não reparou foi que, no noticiário seguinte da mesma estação televisiva e ao “contar a história”, o pivot introduziu a peça dizendo “mais uma vez, Santana deixa a meio algo que se propôs fazer”. De muito mau gosto. Para além do homem ter tido mais que razão para sair, já não estava lá para se defender. De muito mau gosto, mesmo. Só mais uma reflexão sobre o tema: Santana foi um dos (muitos) fomentadores da actual “febre do futebol” já que, para além de ter sido presidente de um clube (o que até poderia ter sido normal, se não fosse o "estilo Santana"...), foi comentador, anos a fio, de um dos intermináveis e inenarráveis 12.564 programas de “futebol de boca”, programas esses que foram (e são) um dos maiores contributos para a incultura dormente em que este país, na sua maior parte, vive. Ou seja, o feitiço virou-se contra um dos feiticeiros. (A propósito e à laia de desabafo: nem no tempo do Salazar os três “F” - futebol, fados e Fátima - tiveram o peso que têm hoje na sociedade portuguesa!)

Um abraço