sexta-feira, janeiro 30, 2009

Das cabalas (parte I)

Importa perceber algumas coisas essenciais quanto às teorias da cabala.
Não estão em causa os tribunais e os magistrados e não é imaginável que num estado de direito alguém possa estar acima da lei, mesmo que haja por vezes nos magistrados uma espécie de revanchismo militante contra os políticos. Certamente com base numa atitude algo displicente e arrogante que os políticos tem em relação às magistraturas. É o eterno dilema eu sou um órgão de soberania melhor que tu porque eu sou eleito e tu não.
Concluamos de uma vez por todas que haverá corruptos na política assim como nas magistraturas, sob prejuízo de acharmos que os portugueses são tão maus ajuizadores de carácter que elegem sempre corruptos para os governar, mas que felizmente existem os juízes sobre quem não cai, nem pode cair qualquer mácula. Logicamente é um absurdo.
Já escrevi aqui para trás que os tempos da justiça não são os mesmos da política. Culpa dos políticos. Façam os possíveis para legislar melhor (como Cavaco teve oportunidade de referir na abertura do ano judicial) mas também invistam mais na justiça de que forma a que ela se possa tornar menos formal e mais compreensível pelos cidadãos, de forma a que qualquer dos cidadãos a investigar, seja eu ou o primeiro-ministro não se sintam perdido nos tempos próprios da justiça.

Sem comentários: