Desculpem lá, mas isto tem andado meio parado.
Mas ocorreu-me uma daquelas ideias interessantes neste 13 de Maio. Fátima cuja suposta confirmação das aparições radica naquilo a que se resolveu chamar Milagre do Sol, tem características totalmente diferentes de todos os restantes milagres proporcionados pela Igreja Católica e protagonizados pela Virgem Maria de qualquer, coisa, já que a senhora aparece em tantos lados.
Até Fátima (e confesso que poderá aparecer aqui alguém a desmentir-me totalmente sem que eu me importe muito) a santinha tinha aparecido em pelo menos cada capital de concelho português e nos seus equivalentes estrangeiros nas mais variadas formas, o que permite que se acrescente sempre a Nossa Senhora qualquer coisa que a identifica com aquele local, sendo uma das mais raras e interessantes aparições a da Nossa Senhor do Ó, uma virgem grávida.
Ou seja todas as Virgens Marias desse mundo a que chamamos Nossas Senhoras de qualquer coisa são na realidade a mesma e dividem a sua divindade em aparições e milagres.
O carácter relativamente escasso, pelo menos nos últimos dois séculos das aparições, até porque no passado a Senhora aparecia muito, dá a Fátima uma particular espectacularidade que as restantes aparições não têm, na medida em que transmite uma mensagem para o futuro. Coisa que creio não acontecia muito nas restantes aparições.
Fátima em termos estéticos é aparição como as restantes. A Senhora aparece em cima de uma oliveira rodeada de um halo de luz ou em cima de uma nuvem. Outros modelos já tinham sido tentados sendo o mais famoso o arbusto que arde sem na realidade se queimar, mas isso são contas doutro rosário. A existência de pequenos ou grandes videntes também não é uma verdadeira surpresa. Já tinham existido pequenos pastores como videntes. O que em si mesmo não é qualquer evidência em tempos que tantos eram pastores.
A verdadeira diferença de Fátima em relação ás restantes aparições é o Milagre do Sol. Não por ser um milagre, pois anteriores aparições tinham já resultado em milagres, mas sim porque este é um milagre especial.
É o primeiro milagre que na realidade não o é. Um milagre normalmente, pelo menos como nós os hereges o imaginamos, é algo que visa produzir um determinado efeito positivo sobre um comum mortal que sofre ou que está em perigo. E não sou eu que o digo. De uma forma geral os milagres da cristandade têm sido sobre pessoas em concreto, que passaram a ver quando eram cegas, que passaram a andar quando eram paraplégicas ou que devido à intervenção divina acabaram por não cair numa qualquer ravina.
No milagre do Sol não há qualquer relato de um cego ter começado a ver, de um tuberculoso ter ficado curado ou de um coxo ter passado a andar normalmente. Mas o milagre do Sol é ainda mais estranho. Como referia aqui atrás, a generalidade dos milagres tem vindo a aplicar-se a pessoas em concreto que beneficiam da divina providência. Aliás ainda hoje a beatificação e a canonização se faz pela cura do mortal que sofre, que primeiro se chegar à frente a dizer que foi curado daquela terrível maleita que o atacava. Nesse contexto o Milagre do Sol é um milagre estranho na medida em que a ser um milagre, o que aqui já contestei, seria o primeiro milagre colectivo desde a multiplicação dos pães, pois consta que naquele dia estariam na Cova de Iria milhares de pessoas.
Não Senhor, ou melhor, Não Senhora. O Milagre do Sol não é nenhum milagre, porque não cura ninguém e precisamente porque é uma realidade colectiva.
Mas completemos. O que realmente aconteceu naquele dia? O Sol "bailou" e passou rasteiro sobre a cabeça de milhares de pessoas ao ponto de as roupas molhadas que vestiam ficarem secas. O Sol terá entrado em espiral e quase caído sobre a terra. Ora ao contrário da generalidade das aparições e milagres, o milagre do Sol visa assustar os tementes a Deus de uma realidade que desconheciam e que basicamente ainda desconhecemos.
Dessa forma o milagre do Sol não é verdadeiramente um milagre mas antes uma praga, como as que caíram sobre o antigo Egipto dos faraós. Só ai é que se encontram fenómenos que assustam e afectam directamente muitas pessoas e são eventos presenciados por milhares de pessoas.
Fátima é na realidade comprovada por uma praga e não por um milagre. É uma espécie de aviso e isso não cair na categoria de Milagre.
E que praga tem sido aturar isto todos os anos.
Mas ocorreu-me uma daquelas ideias interessantes neste 13 de Maio. Fátima cuja suposta confirmação das aparições radica naquilo a que se resolveu chamar Milagre do Sol, tem características totalmente diferentes de todos os restantes milagres proporcionados pela Igreja Católica e protagonizados pela Virgem Maria de qualquer, coisa, já que a senhora aparece em tantos lados.
Até Fátima (e confesso que poderá aparecer aqui alguém a desmentir-me totalmente sem que eu me importe muito) a santinha tinha aparecido em pelo menos cada capital de concelho português e nos seus equivalentes estrangeiros nas mais variadas formas, o que permite que se acrescente sempre a Nossa Senhora qualquer coisa que a identifica com aquele local, sendo uma das mais raras e interessantes aparições a da Nossa Senhor do Ó, uma virgem grávida.
Ou seja todas as Virgens Marias desse mundo a que chamamos Nossas Senhoras de qualquer coisa são na realidade a mesma e dividem a sua divindade em aparições e milagres.
O carácter relativamente escasso, pelo menos nos últimos dois séculos das aparições, até porque no passado a Senhora aparecia muito, dá a Fátima uma particular espectacularidade que as restantes aparições não têm, na medida em que transmite uma mensagem para o futuro. Coisa que creio não acontecia muito nas restantes aparições.
Fátima em termos estéticos é aparição como as restantes. A Senhora aparece em cima de uma oliveira rodeada de um halo de luz ou em cima de uma nuvem. Outros modelos já tinham sido tentados sendo o mais famoso o arbusto que arde sem na realidade se queimar, mas isso são contas doutro rosário. A existência de pequenos ou grandes videntes também não é uma verdadeira surpresa. Já tinham existido pequenos pastores como videntes. O que em si mesmo não é qualquer evidência em tempos que tantos eram pastores.
A verdadeira diferença de Fátima em relação ás restantes aparições é o Milagre do Sol. Não por ser um milagre, pois anteriores aparições tinham já resultado em milagres, mas sim porque este é um milagre especial.
É o primeiro milagre que na realidade não o é. Um milagre normalmente, pelo menos como nós os hereges o imaginamos, é algo que visa produzir um determinado efeito positivo sobre um comum mortal que sofre ou que está em perigo. E não sou eu que o digo. De uma forma geral os milagres da cristandade têm sido sobre pessoas em concreto, que passaram a ver quando eram cegas, que passaram a andar quando eram paraplégicas ou que devido à intervenção divina acabaram por não cair numa qualquer ravina.
No milagre do Sol não há qualquer relato de um cego ter começado a ver, de um tuberculoso ter ficado curado ou de um coxo ter passado a andar normalmente. Mas o milagre do Sol é ainda mais estranho. Como referia aqui atrás, a generalidade dos milagres tem vindo a aplicar-se a pessoas em concreto que beneficiam da divina providência. Aliás ainda hoje a beatificação e a canonização se faz pela cura do mortal que sofre, que primeiro se chegar à frente a dizer que foi curado daquela terrível maleita que o atacava. Nesse contexto o Milagre do Sol é um milagre estranho na medida em que a ser um milagre, o que aqui já contestei, seria o primeiro milagre colectivo desde a multiplicação dos pães, pois consta que naquele dia estariam na Cova de Iria milhares de pessoas.
Não Senhor, ou melhor, Não Senhora. O Milagre do Sol não é nenhum milagre, porque não cura ninguém e precisamente porque é uma realidade colectiva.
Mas completemos. O que realmente aconteceu naquele dia? O Sol "bailou" e passou rasteiro sobre a cabeça de milhares de pessoas ao ponto de as roupas molhadas que vestiam ficarem secas. O Sol terá entrado em espiral e quase caído sobre a terra. Ora ao contrário da generalidade das aparições e milagres, o milagre do Sol visa assustar os tementes a Deus de uma realidade que desconheciam e que basicamente ainda desconhecemos.
Dessa forma o milagre do Sol não é verdadeiramente um milagre mas antes uma praga, como as que caíram sobre o antigo Egipto dos faraós. Só ai é que se encontram fenómenos que assustam e afectam directamente muitas pessoas e são eventos presenciados por milhares de pessoas.
Fátima é na realidade comprovada por uma praga e não por um milagre. É uma espécie de aviso e isso não cair na categoria de Milagre.
E que praga tem sido aturar isto todos os anos.
2 comentários:
Eu sei que já foi há algum tempo, amigo, mas nunca mais escolhes o filme que vamos ver ao cinema. :)
A Virgem Maria tem mais heterónimos que o Fernando Pessoa!
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