Há poucas formas de resolver a situação do tal de Charrua que fez uma piada sobre o currículo académico do primeiro-ministro, ou o achou de filho de alguma senhora mal afamada o que normalmente achamos sobre tanta gente com quem nos cruzamos na vida.
Ou se despede o Charrua, ou se demite a zelosa directora regional, ou se demite o ministro Mário Lino. Tem é de rolar a cabeça de alguém. E o primeiro-ministro, pessoalmente ou por interposta pessoa, tem de resolver este assunto, pois novamente o silêncio provocará um dano maior do que inicialmente previsto.
Ou se despede o Charrua, ou se demite a zelosa directora regional, ou se demite o ministro Mário Lino. Tem é de rolar a cabeça de alguém. E o primeiro-ministro, pessoalmente ou por interposta pessoa, tem de resolver este assunto, pois novamente o silêncio provocará um dano maior do que inicialmente previsto.
O professor Fernando Charrua parece que já foi deputado pelo PSD, mas isso não é impedimento legal ou moral de aderir ao humorismo nacional. Apenas é falta de gosto político. Já sabemos como todos somos e estas coisas que acontecem à falta de outras melhores acabam por se tornar piadas. É a forma que encontrámos desde sempre para exorcizar os nossos fantasmas e exorcizar a forma por vezes hermética da linguagem dos políticos. Coisas que não entendemos e que por isso mesmo nos rimos delas. Coisas que não nos dizem nada e que sobre elas acabamos por fazer piadas. Recordemo-nos que nem o salazarengo se escapou a essa rebelde ironia do utensílio de cozinha para rapar o fundo dos tachos.
Fernando Charrua fez a piada que muito bem entendeu, num ambiente que não o vincula a qualquer posição oficial dele como professor, ou da DREN enquanto instituição. Convenhamos que o homem não foi fazer uma palestra aonde fazia piadas ou insultava quem quer que seja. O mesmo já não aconteceu com Mário Lino que num crescendo incómodo com a questão da OTA vs Algures no Sul do Mundo, começa a rair o insulto e onde também já houve lugar a uma piada ao currículo académico do Primeiro-Ministro em público, ao contrário do Charrua.
Para mais que falar, comentar ou rir sobre uma noticia veiculada por inúmeros meios de comunicação social, aplicados em fazer render o peixe até à exaustão, não pode nunca ser considerado um insulto em parte alguma do mundo civilizado.
Aparentemente a zelosa senhora directora regional estava mortinha por fazer a folha ao Charrua e aproveitando que deve ser uma daquelas senhoras de boas famílias onde se respeitam as instituições, não perdeu a fantástica oportunidade de pôr o Charrua a mexer.
Assim das duas uma. Ou o ministério da educação intervém neste assunto colocando a senhora na ordem e devolvendo ao Charrua o lugar do qual se encontra suspenso, ainda que sob a enorme capa do respeitinho que se deve às instituições, ou, o Charrua é mesmo penalizado pelo processo disciplinar que lhe foi movido pela DREN e nessa altura o Ministro Mário Lino deve solidarizar-se com o Charrua, demitindo-se do governo ou retratando-se publicamente pelas suas piadas.
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