O meu dedo que adivinha descobriu que o Governo ia fazer os possíveis para manter a Opel na Azambuja.
Aliás faz todo o sentido. A fábrica está em Portugal vai para 40 anos, empregou famílias inteiras da região, conta actualmente com 1100 trabalhadores directos, alimenta vários milhares de famílias que indirectamente beneficiam dos negócios que se desenvolvem à volta de um empreendimento destas dimensões e é responsável por 0.6% do PIB.
Mas aparentemente o Governo não fez tudo o que devia. Não pagou à Opel um subsídio especial de formação por cada carro que saísse da fábrica e incrivelmente não se propôs a comprar a totalidade da produção da unidade só para que ela não fechasse.... Escandaloso.
São perfeitamente justificadas todas as acusações que no futuro a oposição e os trabalhadores vierem a fazer ao Governo (é outra vez o dedo que adivinha).
Mas numa nova extraordinária premonição do meu dedo adivinhador, a deslocalização de multinacionais que trabalham em Portugal atingiu um ponto de viragem com esta saída da Opel.
Pela primeira vez, uma empresa admite que vai embora ainda que em termos de produtividade e qualidade se tenham registado aumentos significativos nos últimos anos. Nada voltará a ser como dantes. Antes as empresas fechavam precisamente porque não eram produtivas, os produtos não tinham uma qualidade distintiva para o mercado e porque eram caras e pesadas (na maior parte das vezes mal geridas).
Aliás faz todo o sentido. A fábrica está em Portugal vai para 40 anos, empregou famílias inteiras da região, conta actualmente com 1100 trabalhadores directos, alimenta vários milhares de famílias que indirectamente beneficiam dos negócios que se desenvolvem à volta de um empreendimento destas dimensões e é responsável por 0.6% do PIB.
Mas aparentemente o Governo não fez tudo o que devia. Não pagou à Opel um subsídio especial de formação por cada carro que saísse da fábrica e incrivelmente não se propôs a comprar a totalidade da produção da unidade só para que ela não fechasse.... Escandaloso.
São perfeitamente justificadas todas as acusações que no futuro a oposição e os trabalhadores vierem a fazer ao Governo (é outra vez o dedo que adivinha).
Mas numa nova extraordinária premonição do meu dedo adivinhador, a deslocalização de multinacionais que trabalham em Portugal atingiu um ponto de viragem com esta saída da Opel.
Pela primeira vez, uma empresa admite que vai embora ainda que em termos de produtividade e qualidade se tenham registado aumentos significativos nos últimos anos. Nada voltará a ser como dantes. Antes as empresas fechavam precisamente porque não eram produtivas, os produtos não tinham uma qualidade distintiva para o mercado e porque eram caras e pesadas (na maior parte das vezes mal geridas).
Agora isso vai deixar de ser argumento porque até já as produtivas e com qualidade se querem ir embora.
Mas então onde é que está o problema? Teremos de pagar directamente para que eles possam ficar? Então se calhar no final de contas se com todos os subsídios, apoios à formação, benefícios fiscais e outros expedientes continua a não ser suficiente então é melhor pensarmos seriamente se este tipo de investimento estrangeiro se justifica.
Mas então onde é que está o problema? Teremos de pagar directamente para que eles possam ficar? Então se calhar no final de contas se com todos os subsídios, apoios à formação, benefícios fiscais e outros expedientes continua a não ser suficiente então é melhor pensarmos seriamente se este tipo de investimento estrangeiro se justifica.
7 comentários:
Pensemos então :)
Um investimento que vale 0,6% do PIB vale sempre a pena...por mais voltas que dermos "ao texto"!!!
Exigirmos que o Estado evite a deslocalização de empresas é demagogia (como tu dizes e bem que a Oposição exige)!
O Estado, neste caso, está a fazer o que pode...ou seja, por via judicial exigir o cumprimento de contratos assumidos pela GM!..a decisão da GM já estava tomada e não havia volta a dar!
O que o Estado (talvez) possa fazer é "cuidar" do capital humano criado (e abandonado) pela GM naquela região. Como?...isto é que vale a pena discutir!!!
É dificil...mas o "fomento" de empresas que aproveitem o know-how adquirido é claramente o caminho!!!....agora "no terreno" como fazer isto é que é necessário exigir, acompanhar, avaliar....os trabalhadores terão uma palavra a dizer, os empresários....tem de haver uma união de esforços...pensar no futuro e na mudança como uma oportunidade e não como uma "desgraça"!
Tem de ser este o caminho..por muito que nos doa...mas haverá muito mais a dizer sobre isto e que vale a pena..por isso FORÇA....escrevam e esqueçam definitivamente o Mundial;)
Para evitarmos que as empresas produtivas fujam, eu proponho desde já a abolição dos ordenados. Assim como assim, os aumentos dos ditos cujos já são muito abaixo da taxa de inflação... Voltemos à agricultura recolectora...
Sim, essa coisa dos ordenados só complica... :)
Damásio, se aos 0.6 retirarmos os custos que temos tido só para eles se manterem por cá, não sabemos bem com quanto ficamos...
O PIB não é propriamente uma "entidade abstracta"...0,6% do PIB são cerca de 816 mil milhões de Euros.
Os valores falados que o Estado injectou na GM são gotas de água em relação a este valor. Em números é sempre necessário falar claro!...Esta será sempre uma das grandes falhas da informação em Portugal. Não estamos habituados a medir as coisas...é mais fácil dar palpites...e os culpados disto são obviamente alguns jornalistas e certos comentadores dos media!
Mas a grande mais-valia da GM era obviamente o EMPREGO que criava e com salários acima da média, por ser emprego qualificado!
E o emprego é fundamental para a sustentabilidade social de uma região de um país...isto é inquestionável!
Também é inquestionável que o nosso modelo JÁ não é de salários baixos...e ainda bem"...e também não queremos ir voltar a esse modelo..e ainda bem!....portanto..continuamos a discutir o passado...temos de apontar para o futuro....e isso é que é dificil!
desculpem 816 milhões de euros. tinha um "mil" a mais :)
Mas mantém-se tudo...a gota de água é um bocadinho maior...mas justificada...mais do que justificada!
Este valor é gerado anualmente!!!
E não está aqui contabilizado o IRC que o Estado arrecada..esse vai para o Orçamento de Estado!..Mesmo que a GM tenha redução de IRC ou tenha tido isenção no início...já pagou também vários milhões de euros anuais...para as nossas despesas correntes!
O Estado tem de apoiar empresas que geram riqueza para o país..e emprego!...isto é óbvio! Não pode é impedir que elas saiam....nem pode...fazer acordos absurdos ou que gerem dependência!
E então qual é o valor da gota de àgua?
Se "em números é sempre necessário falar claro" qual é o valor que estamos a falar?
Porque razão o valor aplicado nestas empresas nunca é claro, nunca está escrito em lado nenhum quanto é que o Estado gasta neste tipo de apoios?
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