sexta-feira, julho 21, 2006

Oh Sr. Presidente, isso são sapatilhas?

Não conheço a Madeira, nem sequer ligo muito à sua vida politica por manifesto desinteresse em festivais.
Começo a perder o interesse em conhecer a ilha onde reina o Alberto João. No final de contas as pessoas que lá vivem são co-responsáveis da sobrevivência politica do dito e por isso algum defeito devem ter.
Será possível que naquele penhasco perdido no meio do atlântico, mais africano que Europeu, não pode haver politica a sério?
Esta semana foram as sapatilhas e as t-shirts dos jornalistas. Esses malfadados responsáveis de quase todos os males de que não se possa culpar directamente os políticos, são novamente visados pelo governo regional e mais concretamente pelo parlamento (ou lá o que eles quiserem).
Memória curta a de Alberto João, até porque toda a gente sabe bem como ele gosta de andar de cuecas bem carnavalescas (ou qualquer outro traje) lá pelas ruas do Funchal.
O parlamento da Republica (como eles gostam de dizer) devia criar uma lei aplicável às ilhas sobre a indumentária dos titulares de cargos políticos.
É uma lógica irrefutável, se os jornalistas não podem entrar com calças de ganga e sapatilhas, é perfeitamente aceitável que os titulares de cargos políticos não possam exibir-se em trajes menores em qualquer zona das áreas que os elegeram. Afinal é esse o seu local de trabalho.
Assim, Alberto João só poderia andar vestido de troglodita em cuecas, nos corsos carnavalescos em Portugal continental ou no estrangeiro.
Acredito que faria um sucesso tremendo no sambódromo do Rio, onde também brilham politicos brasileiros do mesmo nível e craveira do Alberto João.

2 comentários:

cuotidiano disse...

“Dois jornalistas foram ontem expulsos da sala de imprensa da Assembleia Legislativa da Madeira por não se apresentarem em conformidade com instruções do presidente do Parlamento sobre indumentária. Miguel Mendonça asseverou que vai manter tais directivas, alegando o prestígio da instituição madeirense”. in "Publico"


A primeira coisa que apetece perguntar é: Qual prestígio? O mesmo que foi granjeado pelo Parlamento da Madeira nas inúmeras vezes em que o “sub-chefe” do PSD local, Jaime Ramos, insulta violentamente, com linguagem irreproduzível, outros deputados e, inclusive, chega a vias de facto, até com deputadas? Ou será o mesmo prestígio que também foi conquistado pelo dito (e douto!) Parlamento madeirense, leia-se PSD-Madeira, na aprovação de leis de verdadeira censura e/ou boicote aos órgãos de informação, por forma a intimidar e calar os que utilizem o cérebro em vez de “papaguear” a voz do chefe Jardim?

Curiosamente, há poucos dias, Cristiano Ronaldo foi homenageado e condecorado na Madeira pelos mesmos senhores. Sabem como estava ele vestido enquanto recebia a condecoração? De t-shirt! (Se calhar é porque era de marcas finas...os tesos dos jornalistas só as compram nas feiras...e depois estão à espera de quê?)

José Raposo disse...

Cuotidiano, o prestígio é como a doutrina... diverge...