O estado de Israel perdeu há muito a simpatia que tinha na sequência dos momentos dramáticos que lhe deram origem e hoje em dia e mais um estado tão estúpido como outro qualquer.
A história repete-se e não querendo fazer juízos de valor sobre as partes em conflito, até porque estou convencido que estão todos muito bem acompanhados na sua própria mesquinhez, o estado de Israel tem tratado os palestinianos nos territórios que se arrogou o direito de ocupar como se de judeus na segunda grande guerra se tratassem.
Apenas falta um plano para a exterminação selectiva de palestinianos em câmaras de gás, porque ela já ocorre em bombardeamentos selectivos a órgãos dirigentes de organizações mais ou menos militares, mas também no bombardeamento de edifícios de instituições democraticamente eleitas. Nem sequer falta um bom ghetto, proporcionado por um tão jeitoso muro com seis metros de altura que separa o estado de Israel desses maléficos palestinianos.
É impossível compreender as intenções dos israelitas nas recentes iniciativas militares em Gaza e no Líbano.
Só à luz de uma hipocrisia sem limites é que se pode compreender que nunca foi intenção dos dirigentes israelitas dar autonomia ao proto-estado palestiniano e ao mesmo tempo respeitar a independência dos estados vizinhos. É como dar uma no cravo e outra na ferradura. Depois de anos de ocupação da faixa de Gaza e do sul do Líbano, demo-vos a autonomia que pretendiam e como não arrumaram a casa sozinhos, nós temos de ir aí dar-vos uns acoites, qual pai tirano.
Não consigo entender como se pode querer resolver uma crise aniquilando os possíveis interlocutores no terreno, como por exemplo bombardeando os escritórios do primeiro-ministro palestiniano assim como de diversos ministérios. Obviamente o objectivo não é discutir o que quer que seja com os palestinianos. O objectivo é disparar primeiro e depois esperar que haja uma resposta na volta do correio que na sua ausência se pretende acreditar que o silêncio representa resistência.
É quase tão estúpido como a desproporcionalidade da intervenção em Gaza e no Líbano, tendo em conta o rapto de três soldados israelitas (um em Gaza e dois no sul do Líbano).
Estes podem muito bem ter sido mortos, pelos bombardeamentos da aviação israelita aos edifícios do Hezbolah o que torna a sua libertação impossível. É uma pescada de rabo na boca. Israel pretende a libertação de soldados raptados que entretanto pode ter matado e aniquila todo o hezbolah impossibilitando que alguma vez alguém lhes responda, perpetuando assim a intervenção militar.
E depois existe o G8 (nem vale a pena falar) e o Durão Barroso que defende que uma solução só pode ser encontrada através de conversações dos intervenientes no médio oriente. Ora quem é que o José Barroso está pensar?? No governo libanês? Nos corpos dos dirigentes do hezbolah?? Só pode…
Como é que é possível e defensável que se estabeleçam negociações entre partes em conflito em que existe uma total desproporção de capacidade militar entre os dois lados? Só se o José Barroso pretender que o governo libanês ceda voluntariamente o governo do país a Israel para que este livremente pesquise casa a casa e se livre dos militantes que pretendem liquidar.
No meio disto tudo há umas bocas à Síria e ao Irão e os israelitas parecem estar mesmo a pedi-las. Se porventura estes dois países se envolvem neste assunto é provável que Israel aprenda uma lição da pior forma possível.
A história repete-se e não querendo fazer juízos de valor sobre as partes em conflito, até porque estou convencido que estão todos muito bem acompanhados na sua própria mesquinhez, o estado de Israel tem tratado os palestinianos nos territórios que se arrogou o direito de ocupar como se de judeus na segunda grande guerra se tratassem.
Apenas falta um plano para a exterminação selectiva de palestinianos em câmaras de gás, porque ela já ocorre em bombardeamentos selectivos a órgãos dirigentes de organizações mais ou menos militares, mas também no bombardeamento de edifícios de instituições democraticamente eleitas. Nem sequer falta um bom ghetto, proporcionado por um tão jeitoso muro com seis metros de altura que separa o estado de Israel desses maléficos palestinianos.
É impossível compreender as intenções dos israelitas nas recentes iniciativas militares em Gaza e no Líbano.
Só à luz de uma hipocrisia sem limites é que se pode compreender que nunca foi intenção dos dirigentes israelitas dar autonomia ao proto-estado palestiniano e ao mesmo tempo respeitar a independência dos estados vizinhos. É como dar uma no cravo e outra na ferradura. Depois de anos de ocupação da faixa de Gaza e do sul do Líbano, demo-vos a autonomia que pretendiam e como não arrumaram a casa sozinhos, nós temos de ir aí dar-vos uns acoites, qual pai tirano.
Não consigo entender como se pode querer resolver uma crise aniquilando os possíveis interlocutores no terreno, como por exemplo bombardeando os escritórios do primeiro-ministro palestiniano assim como de diversos ministérios. Obviamente o objectivo não é discutir o que quer que seja com os palestinianos. O objectivo é disparar primeiro e depois esperar que haja uma resposta na volta do correio que na sua ausência se pretende acreditar que o silêncio representa resistência.
É quase tão estúpido como a desproporcionalidade da intervenção em Gaza e no Líbano, tendo em conta o rapto de três soldados israelitas (um em Gaza e dois no sul do Líbano).
Estes podem muito bem ter sido mortos, pelos bombardeamentos da aviação israelita aos edifícios do Hezbolah o que torna a sua libertação impossível. É uma pescada de rabo na boca. Israel pretende a libertação de soldados raptados que entretanto pode ter matado e aniquila todo o hezbolah impossibilitando que alguma vez alguém lhes responda, perpetuando assim a intervenção militar.
E depois existe o G8 (nem vale a pena falar) e o Durão Barroso que defende que uma solução só pode ser encontrada através de conversações dos intervenientes no médio oriente. Ora quem é que o José Barroso está pensar?? No governo libanês? Nos corpos dos dirigentes do hezbolah?? Só pode…
Como é que é possível e defensável que se estabeleçam negociações entre partes em conflito em que existe uma total desproporção de capacidade militar entre os dois lados? Só se o José Barroso pretender que o governo libanês ceda voluntariamente o governo do país a Israel para que este livremente pesquise casa a casa e se livre dos militantes que pretendem liquidar.
No meio disto tudo há umas bocas à Síria e ao Irão e os israelitas parecem estar mesmo a pedi-las. Se porventura estes dois países se envolvem neste assunto é provável que Israel aprenda uma lição da pior forma possível.
É um absurdo geo-estratégico de proporções bíblicas voltar a acirrar os ânimos nesta zona do globo só por causa de meia dúzia de incidentes fronteiriços.
4 comentários:
"A diferença entre os conflitos políticos e os religiosos é que os primeiros admitem compromissos, os segundos não" - José Manuel Fernandes (citado de cor - peço desculpa por algum erro na citação...)
A verdade é que não se vê fim à vista - Será que este conflito só irá acabar com um extermínio da alguma das partes? O problema é que nem isso será possível devido à globalização dos conflitos, que está a atingir limites bastante superiores, inclusive, aos que havia no tempo da Guerra Fria!
Acho que estou como todos os outros - Sem saber como isto vai acabar (ou se realmente acabará!)
Ora ai está, essa é a grande dúvida. Enquanto isso toda a gente no ocidente parece anestesiada com a fuga dos ocidentais...
Excelente post!
Tirado de dentro...com garra!
Gostei especialmente da expressão:
"É um absurdo geo-estratégico de proporções bíblicas..." acho que vai fazer doutrina!
Parabéns!
PS: nota que eu defendo que Israel é daqueles Estados que tem obrigatoriamente de poder "disparar primeiro e perguntar depois"..devido ao lado irracional e emocional que o lado religioso da guerra porá sempre na questão israelo-árabe!...no entanto, claramente este conflito é ditado pela necessidade de afirmação do novo Governo israelita...o que conduz a um conflito sem sentido, desproporcional, sem fundamento..e que pode originar um rastilho de algo incontrolável!
Julgo que se tiveem a inteligência de deixar de fora a Síria e o Irão isto pode estar resolvido em breve porque nem o Líbano nem o Hezbollah têm capacidade para fazer frente aos exército israelita.
Mas se insistirem em ir atrás de quem financia e arma o hezbollah... então a coisa vai tornar-se mais complicada.
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