Isto é que foi uma semana em cheio. Quem diria que um 7, um simples 7, daria pano para mangas. Confesso que desconhecia esta simbologia em relação ao número e em relação a qualquer outro número. Certamente uma resistência absurda da minha parte a este tipo de esoterismos simbólicos. Mas enfim, isto foi festa rija.
Casamentos por todo o lado na esperança vã das noivas que os noivos se lembrem da data do seu casamento, nos próximos 50 anos em que esperam estar casadas. Maravilhas com fartura por Lisboa e recordar a importância do ambiente pelos 7 (outra vez) continentes. Tudo coisas importantes, umas mais que outras, e dessas a questão do ambiente impõe-se.
Nada de alarmismos, mas é urgente atalhar caminho para uma solução global quanto às alterações climáticas, que envolva todos sem excepção, sob a forma de um tratado ou de qualquer outra obrigação.
O principal problema da humanidade é ver o ambiente na perspectiva de quem não possui mais do que uns oitenta e poucos anos de vida (e isto já é puxando a média muito para cima). Dessa forma não conseguimos, ou poucos de nós conseguem ter a imaginação de ver o que resta depois da nossa partida e qual o impacto da nossa estadia por cá, até porque já não estaremos cá…
E dessa forma é sempre difícil instituir regras sobre o que fazer que não passem sobre o imediatismo do presente e quando vamos tentar fazer alguma coisa, já vai ser tarde demais.
Nada de alarmismos. O planeta não vai acabar. Vai acabar por se autocorrigir, dando lugar a novas realidades. Novos desertos, novas florestas, novas glaciações, novos oceanos e novos continentes. Mas isso tudo nós já sabíamos. Vão morrer muitos seres humanos pelo caminho. E então? Já nos divertimos a matar-nos uns aos outros muitíssimo mais do que qualquer catástrofe ambiental. A grande maioria, senão a totalidade dos que sobreviverem vão ter de se adaptar como sempre fizeram ao longo dos tempos a novas realidades. A novas roupas, a novas casas, a novos locais para habitar, a novas alimentações, talvez a menos variedade e fartura. O planeta não é, nem nunca foi uma realidade estática e é inevitável que nós somos demais e exercemos sobre o planeta demasiada pressão, que tem de ser resolvida de alguma forma.
Ora se o planeta aquece demais, o próprio planeta se encarregará de o fazer arrefecer novamente. Claro está que isto é coisa para uns milhões de anos e não conseguimos imaginar como será daqui a 100 anos quanto mais daqui a um milhão de anos,
Mas optimismo acima de tudo. Já passámos (em princípio) o perigo da auto aniquilação nuclear que era uma realidade bem mais rápida e mortífera e mais rápida do que o aquecimento global, mas isso não deve desresponsabilizar-nos do trabalho que está pela frente.
O Ambiente e a sua protecção só terão algum tipo de sentido na medida em que forem um negócio. Caso contrário, ninguém se importará particularmente com ele.
Eu já participo reciclando papel, plástico e vidro que depois uma empresa, a cair para algo entre o municipal e privado, recolhe e faz dinheiro para os seus accionistas, quando ainda por cima eu tenho de pagar uma taxa para tratarem os meus detritos. Mas tudo bem.
Eu até estou contente com a possibilidade de ter um contador bi-horário, já troquei as lâmpadas todas de casa para lâmpadas baixo consumo, Só lavo roupa à noite e com a máquina cheia e uso a quantidade certa de detergente, regulei o meu esquentador para não estar sempre a ter de misturar agua fria e até enfiei uma garrafa dentro do autoclismo porque 1.5lt por descarga faz toda a diferença. E espero que tudo isto me faça poupar algum dinheiro no final do ano, se por acaso o aumento das tarifas não “comer” esta poupança.
Aderi aos transportes públicos e basicamente só ando de carro a sério ao fim de semana. Assim divido as minhas toneladas de CO2 por mais umas centenas que gente que me empurra no comboio e poupo na gasolina e nas reparações do carro, até porque não sei o que fazem às peças velhas. Não tenho um único móvel que seja de madeira original. É tudo reciclado de aparas de uma treta qualquer e prensado de acordo com o processo qualquer super ecológico, mas o preço é igualmente caro. Praticamente deixei de utilizar papel e tenho dúvidas razoáveis que ainda saiba escrever à mão, por isso tb quase não uso esferográficas e a respectiva tinta que só ajuda a poluir. Tudo, mas tudo isto para reduzir a minha pegada ecológica. Só mantenho aquela coisa desagradável de continuar a fumar mas mais dia, menos dia e com a ajuda das multas acabarei com esse vício.
Agora, com tanta conversa e depois de ver tantas vezes o Al Gore na televisão resolvi interessar-me por “Carbon compensation”. Queria saber o que poderia fazer mais para compensar a marca que vou deixando no planeta e que aparentemente este leva algo entre 500 a 5000 anos a apagar.
Parecia-me justo até porque deve haver maneira de compensar as viagens que gosto de fazer.
Mas, surpresa, surpresa. Não há nenhuma alternativa que não seja pagar o valor do carbono que “lancei” para a atmosfera. É o negócio no seu melhor. É uma lógica, aplicável a particulares, do acordo de Quioto e que irremediavelmente vai acabar por se revelar infrutífera. No que toca a países passou a haver quotas de carbono e quem as ultrapassar ou por alguma razão que eu possa não entender nesta fase, possa querer poluir mais, pode comprar aos países que têm (aparentemente) natureza a mais, a possibilidade de continuar a fazer disparates. E como vai ser quando comprarmos todas as emissões que a amazónia pode compensar? Para mim é estranho que para eu poder continuar a poluir livremente possa adquirir a possibilidade de num qualquer país que eu desconheço, prevenir a existência de desenvolvimento de qualquer espécie de forma a que meia dúzia dos do costume se possam continuar a encher em vez de procurarem um desenvolvimento sustentado.
É quase tão estúpido como pensar que a China e a Índia é que supostamente devem parar já, porque não queremos este planeta mais sujo que nós aqui deste lado já sujámos.
Casamentos por todo o lado na esperança vã das noivas que os noivos se lembrem da data do seu casamento, nos próximos 50 anos em que esperam estar casadas. Maravilhas com fartura por Lisboa e recordar a importância do ambiente pelos 7 (outra vez) continentes. Tudo coisas importantes, umas mais que outras, e dessas a questão do ambiente impõe-se.
Nada de alarmismos, mas é urgente atalhar caminho para uma solução global quanto às alterações climáticas, que envolva todos sem excepção, sob a forma de um tratado ou de qualquer outra obrigação.
O principal problema da humanidade é ver o ambiente na perspectiva de quem não possui mais do que uns oitenta e poucos anos de vida (e isto já é puxando a média muito para cima). Dessa forma não conseguimos, ou poucos de nós conseguem ter a imaginação de ver o que resta depois da nossa partida e qual o impacto da nossa estadia por cá, até porque já não estaremos cá…
E dessa forma é sempre difícil instituir regras sobre o que fazer que não passem sobre o imediatismo do presente e quando vamos tentar fazer alguma coisa, já vai ser tarde demais.
Nada de alarmismos. O planeta não vai acabar. Vai acabar por se autocorrigir, dando lugar a novas realidades. Novos desertos, novas florestas, novas glaciações, novos oceanos e novos continentes. Mas isso tudo nós já sabíamos. Vão morrer muitos seres humanos pelo caminho. E então? Já nos divertimos a matar-nos uns aos outros muitíssimo mais do que qualquer catástrofe ambiental. A grande maioria, senão a totalidade dos que sobreviverem vão ter de se adaptar como sempre fizeram ao longo dos tempos a novas realidades. A novas roupas, a novas casas, a novos locais para habitar, a novas alimentações, talvez a menos variedade e fartura. O planeta não é, nem nunca foi uma realidade estática e é inevitável que nós somos demais e exercemos sobre o planeta demasiada pressão, que tem de ser resolvida de alguma forma.
Ora se o planeta aquece demais, o próprio planeta se encarregará de o fazer arrefecer novamente. Claro está que isto é coisa para uns milhões de anos e não conseguimos imaginar como será daqui a 100 anos quanto mais daqui a um milhão de anos,
Mas optimismo acima de tudo. Já passámos (em princípio) o perigo da auto aniquilação nuclear que era uma realidade bem mais rápida e mortífera e mais rápida do que o aquecimento global, mas isso não deve desresponsabilizar-nos do trabalho que está pela frente.
O Ambiente e a sua protecção só terão algum tipo de sentido na medida em que forem um negócio. Caso contrário, ninguém se importará particularmente com ele.
Eu já participo reciclando papel, plástico e vidro que depois uma empresa, a cair para algo entre o municipal e privado, recolhe e faz dinheiro para os seus accionistas, quando ainda por cima eu tenho de pagar uma taxa para tratarem os meus detritos. Mas tudo bem.
Eu até estou contente com a possibilidade de ter um contador bi-horário, já troquei as lâmpadas todas de casa para lâmpadas baixo consumo, Só lavo roupa à noite e com a máquina cheia e uso a quantidade certa de detergente, regulei o meu esquentador para não estar sempre a ter de misturar agua fria e até enfiei uma garrafa dentro do autoclismo porque 1.5lt por descarga faz toda a diferença. E espero que tudo isto me faça poupar algum dinheiro no final do ano, se por acaso o aumento das tarifas não “comer” esta poupança.
Aderi aos transportes públicos e basicamente só ando de carro a sério ao fim de semana. Assim divido as minhas toneladas de CO2 por mais umas centenas que gente que me empurra no comboio e poupo na gasolina e nas reparações do carro, até porque não sei o que fazem às peças velhas. Não tenho um único móvel que seja de madeira original. É tudo reciclado de aparas de uma treta qualquer e prensado de acordo com o processo qualquer super ecológico, mas o preço é igualmente caro. Praticamente deixei de utilizar papel e tenho dúvidas razoáveis que ainda saiba escrever à mão, por isso tb quase não uso esferográficas e a respectiva tinta que só ajuda a poluir. Tudo, mas tudo isto para reduzir a minha pegada ecológica. Só mantenho aquela coisa desagradável de continuar a fumar mas mais dia, menos dia e com a ajuda das multas acabarei com esse vício.
Agora, com tanta conversa e depois de ver tantas vezes o Al Gore na televisão resolvi interessar-me por “Carbon compensation”. Queria saber o que poderia fazer mais para compensar a marca que vou deixando no planeta e que aparentemente este leva algo entre 500 a 5000 anos a apagar.
Parecia-me justo até porque deve haver maneira de compensar as viagens que gosto de fazer.
Mas, surpresa, surpresa. Não há nenhuma alternativa que não seja pagar o valor do carbono que “lancei” para a atmosfera. É o negócio no seu melhor. É uma lógica, aplicável a particulares, do acordo de Quioto e que irremediavelmente vai acabar por se revelar infrutífera. No que toca a países passou a haver quotas de carbono e quem as ultrapassar ou por alguma razão que eu possa não entender nesta fase, possa querer poluir mais, pode comprar aos países que têm (aparentemente) natureza a mais, a possibilidade de continuar a fazer disparates. E como vai ser quando comprarmos todas as emissões que a amazónia pode compensar? Para mim é estranho que para eu poder continuar a poluir livremente possa adquirir a possibilidade de num qualquer país que eu desconheço, prevenir a existência de desenvolvimento de qualquer espécie de forma a que meia dúzia dos do costume se possam continuar a encher em vez de procurarem um desenvolvimento sustentado.
É quase tão estúpido como pensar que a China e a Índia é que supostamente devem parar já, porque não queremos este planeta mais sujo que nós aqui deste lado já sujámos.
A continuar assim, vai ser difícil encontrar um ponto de equilíbrio. Façam os negócios que entenderem mas obrigar-nos a dar ainda mais dinheiro do que aquele que já despendemos para compensar o nosso CO2, é capaz de ser um abuso. Acho que vou aderir ao raminho de salsa num vaso.
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