sexta-feira, novembro 21, 2008

Damage control

O outro ainda nem aqueceu o banco da cela e já começou o lobby pelo presidente-de-banco-coitadinho-que-eu-até-conheço-pessoalmente-e-sei-ser-incapaz-de-tais-hediondos-actos-de-aproveitamento-pessoal.
Que estranha nova personalidade de Dias Loureiro. Ou tem um caso grave de dupla personalidade ou está velho. Este não é o Dias Loureiro que nos habituámos a ver. O outro era aguerrido e arrogante e o desta noite foi um cordeirinho.
Mesmo assim, que estranho este poder de Dias Loureiro. É recusado pelo parlamento (atenção, eu não estou a fazer juízos de valor porque acho que deve haver uma comissão de inquérito, mas não uma audição pedida por Dias Loureiro), e então arranja maneira de se passar pelo papel de infeliz que não sabia de quase nada do que se passava no banco, porque esteve muito mais ocupado com os negócios em Marrocos, e até já olhava meio de lado para aquilo, mas passando sempre aquela ideia de que o pobre do Oliveira e Costa era incapaz de se aproveitar do BPN.
Os tribunais logo dirão. Mas para mim começa a repetir-se excessivamente este corrupio de gente sempre disposta a pôr as mãos no fogo por alguém que conhece desde pequenino.
Vão todos logo a correr para as televisões, que continuamente se prestam ao serviço destas limpezas de imagem, e subitamente estão todos a fazer-nos a cabeça de forma que qualquer atraso da justiça possa ser justificado pela bandalheira a que este país chegou, para logo ser impossível que qualquer decisão dos tribunais comporte em si qualquer justiça para o acusado, que eles sempre souberam ser inocentes.
No meio disso aproveitam para justificar que o resultado da justiça segue o caminho da pressão dos média sem se recordarem ter sido eles os primeiros a utilizarem o meio para desculpabilizar os acusados.
Confuso? Não, o problema é que o país é demasiado pequeno, e classe política demasiado fechada e todos se conhecem desde de pequeninos como se fossem do Benfica.

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