Este é realmente um momento absolutamente histórico que felizmente eu tenho o imenso prazer de testemunhar.
As campanhas americanas são muito disputadas nos meios de comunicação social com mensagens curtas e muitas vezes vazias. Por vezes as campanhas tornam-se sujas e são atirados os mais diversos mimos aos candidatos, uns pelos outros. Muitas vezes falta substância e ideias aos candidatos, ou a haver substância ela passa ao lado das mensagens de consumo simples em horário nobre. Mas este é um problema genérico de ambos os lados da barricada.
Obama pode ainda ser uma incógnita, provavelmente o futuro mandato levanta mais dúvidas e questões do que certezas. A experiência é de facto uma das questões fundamentais, mas por oposição ao experiente candidato McCain que nesta eleições optou por ignorar as suas anteriores posições moderadas, em muitos casos quase anti-republicanas, para se colar à mais extremista da direita republicana, Obama conseguiu aquilo que aparentemente parece difícil numa campanha com estas características, que foi ser coerente. Espera-se que possa continuar a sê-lo na Casa Branca.
No entanto este momento inimaginável na maioria dos países que tão frequentemente criticam a generalidade da classe politica americana, não se pode afastar da relevância da raça do candidato eleito. Obama tem um nome difícil, pertence a uma raça que até à relativamente pouco tempo teve de lutar pelos mais básicos direitos civis depois de uma longa batalha contra a escravidão e ainda que se possa dizer que Obama é um privilegiado, algo a meio caminho entre negro e branco, muitos outros negros americanos de classes altas ou privilegiadas nunca terão imaginado que este momento pudesse ser possível, ainda que alguns possam ter chegado a cargos de elevada importância.
A raça poderia ter desempenhado um papel mais relevante nesta eleição, mas ela é precisamente notícia pelo papel que não desempenhou. Obama soube estar a acima dos limites tantas vezes impostos à sua raça e é eleito com o maior número de colégios eleitorais, mas para que não restassem quaisquer dúvidas, também venceu no voto popular.
Esta vitória de Obama é mais um passo na história longa e inacabada da igualdade entre os homens, que evidencia que os homens não se devem dividir em raças, mas que com igual acesso a condições de vida dignas, à Paz, à educação e à igualdade de oportunidades todos poderemos ter hipóteses de sucesso, ainda que pertençamos a algum grupo étnico, sejamos imigrantes, de um sexo fraco, de uma minoria económica, de uma determinada nacionalidade, de um grupo sexual, ou que pertençamos a qualquer tipo de grupo sobre o qual exista um absurdo e estúpido estigma social.
As campanhas americanas são muito disputadas nos meios de comunicação social com mensagens curtas e muitas vezes vazias. Por vezes as campanhas tornam-se sujas e são atirados os mais diversos mimos aos candidatos, uns pelos outros. Muitas vezes falta substância e ideias aos candidatos, ou a haver substância ela passa ao lado das mensagens de consumo simples em horário nobre. Mas este é um problema genérico de ambos os lados da barricada.
Obama pode ainda ser uma incógnita, provavelmente o futuro mandato levanta mais dúvidas e questões do que certezas. A experiência é de facto uma das questões fundamentais, mas por oposição ao experiente candidato McCain que nesta eleições optou por ignorar as suas anteriores posições moderadas, em muitos casos quase anti-republicanas, para se colar à mais extremista da direita republicana, Obama conseguiu aquilo que aparentemente parece difícil numa campanha com estas características, que foi ser coerente. Espera-se que possa continuar a sê-lo na Casa Branca.
No entanto este momento inimaginável na maioria dos países que tão frequentemente criticam a generalidade da classe politica americana, não se pode afastar da relevância da raça do candidato eleito. Obama tem um nome difícil, pertence a uma raça que até à relativamente pouco tempo teve de lutar pelos mais básicos direitos civis depois de uma longa batalha contra a escravidão e ainda que se possa dizer que Obama é um privilegiado, algo a meio caminho entre negro e branco, muitos outros negros americanos de classes altas ou privilegiadas nunca terão imaginado que este momento pudesse ser possível, ainda que alguns possam ter chegado a cargos de elevada importância.
A raça poderia ter desempenhado um papel mais relevante nesta eleição, mas ela é precisamente notícia pelo papel que não desempenhou. Obama soube estar a acima dos limites tantas vezes impostos à sua raça e é eleito com o maior número de colégios eleitorais, mas para que não restassem quaisquer dúvidas, também venceu no voto popular.
Esta vitória de Obama é mais um passo na história longa e inacabada da igualdade entre os homens, que evidencia que os homens não se devem dividir em raças, mas que com igual acesso a condições de vida dignas, à Paz, à educação e à igualdade de oportunidades todos poderemos ter hipóteses de sucesso, ainda que pertençamos a algum grupo étnico, sejamos imigrantes, de um sexo fraco, de uma minoria económica, de uma determinada nacionalidade, de um grupo sexual, ou que pertençamos a qualquer tipo de grupo sobre o qual exista um absurdo e estúpido estigma social.
São momentos irrepetíveis, ou não, os que se vivem por estes dias...
4 comentários:
é com grande apreço que te vejo voltar a escrever, e bem, no teu Suburbano, ainda por cima neste dia histórico para todo o mundo, excelente o teu acompanhamento nesta noite/madrugada eleitoral, um grande abraço meu amigo, e que continues a escrever por muitos e muitos anos, sempre com grande nível
fui eu que escrevi o comentário anterior :- ))
Sejas bem retornado!
Uma maratona madrugadora nesta noite eleitoral da grande maçã, sem duvida um regresso em grande estilo.
Venham então dai (pelo menos) mais 3 anos de Suburbano 2.0
Um abraço e parabéns pelo regresso, fazias ca falta :-)
Ao sair da fase dos (brilhantes) discursos, no "day after", Obama deparar-se-á com um enorme problema adicional, para além da maior crise financeira de sempre, do Iraque, do Putin, do Afeganistão, da Palestina, dos recursos energéticos e de tudo o mais - o facto de se ter tornado ainda vivo num mito, lenda, "Don Sebastian", algo assim, não só para grande parte da América como para todo o Mundo (altamente "desperançados" graças ao presidente mais asqueroso e incompetente da história norte-americana recente), com todas as expectativas numa fasquia elevadíssima. Vamos ver como as gere e como se safa... esperemos (todos) que corra bem!
PS - Ora aí está (felizmente!) de regresso um espaço de inteligência que fazia muita falta, no meio de tanta vacuidade blogueira...
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