Há palavras em inglês que eu gosto particularmente, "patch" é uma delas. E foi um "patch"que acabou por resolver a cimeira Euromed em Barcelona. Foi aplicado uma espécie de remendo a um acordo impossivel sobre a definição de terrorismo que os paises àrabes se recusaram a concretizar.
Convenhamos que isto é um disparate que não ajuda em nada a tomada de uma posição forte nesta matéria em relação ao amigo americano. Estar durante uma Cimeira a tentar arranjar uma definição para "terrorismo" para depois se tentar arranjar forma de o combater, é capaz de ser uma discussão fora do seu tempo porque segundo me parece os terroristas já passaram esta fase...
Mas o mais interessante desta discussão é serem os "legitimos" líderes do mundo àrabe a oporem-se a uma definição clara de terrorismo. Afinal estamos a falar de um conjunto de lideres que por variadas razões fundamentam as suas ditaduras num tipo de populismo muitas vezes associado a fenómenos violentos anti-americanos, mas que nesta altura são eles próprios vitimas de um fundamentalismo religioso violento que não é compativel com o culto de personalidade tão comum por aquelas bandas.
É um jogo perigoso esta situação de se demarcarem da Al-Qaeda ao mesmo tempo poderem hostilizar demasiado os interesses legitimos do povo palestiniano pois os israelitas estão mortinhos por poderem chamar terroristas a todos.
Ou seja continua tudo num impasse, mas ainda assim é cada vez mais claro que a fundamentação do terrorismo está demasiado ligada à causa palestiniana e por isso mesmo a resolução deste conflito deveria ser o objectivo principal da comunidade internacional.
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