A declaração seguinte é de Marie Roberts, casada com Charles Carl Roberts IV, o homem de 32 anos que alvejou estudantes de uma escola Amish. A tradução do inglês não ignora o essencial da mensagem:
"O homem que fez isto hoje não foi o Charlie com quem casei há quase 10 anos. O meu marido era amoroso e atencioso – tudo o que se pode desejar e mais ainda. Era um Pai excepcional. Levava as crianças aos treinos e aos jogos de futebol, jogava com eles no quintal e levava a nossa filha de 7 anos às compras. Ele nunca se recusou a mudar uma fralda q uando lhe pedia."
A declaração termina com um voto de pesar pelas vidas perdidas. Esta foi a primeira reacção pública após o acontecimento trágico perpetrado pelo marido. Poder-se-á dizer que foi o estado de choque de Marie a falar mais alto. No entanto, não surpreenderia se fosse apenas mais um humaníssimo caso de recusar as evidências. É tão duro ver os aspectos sombrios de quem nos está próximo que se torna comum construir mentiras limpas. Marie falou de Charles como uma jovem apaixonada fala do seu namorado às amigas ou uma Mãe fala das traquinices dos filhos... Quando não se protege da complexa verdade, pinta-se a dita com tons bem rosados...
4 comentários:
É é possível encarar a realidade de outra forma?
A realidade, a verdade... "o que é a verdade?"
Ajudaria relativizar virtudes e defeitos, ganhos e perdas, amores e ódios. Harmonizar tanto quanto possível aquelas dicotomias que nos comandam consciente ou inconscientemente.
É verdade. O que é "a verdade" ? :) Só arrisco dizer, neste caso, que não seria "apenas" a do Pai exemplar.
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