A implementação do PRACE tem causado alguma agitação nos diversos serviços públicos. Independentemente das leituras que se queiram fazer dessa agitação, ou do sentido que se lhe quiser atribuir, ela parece-me de algum modo natural. O início da publicação das novas orgânicas dos serviços veio agora relançar o bulício.
Segundo notícias da rádio, o plenário de trabalhadores que se realizou esta manhã num organismo público, a propósito das mudanças, teve pouca participação, alegadamente por estar criado um ambiente de medo generalizado. A ser assim, está de parabéns o governo, e o primeiro-ministro em particular, pois, a meu ver, está cumprido um dos desígnios do PRACE. Não era o que queriam? Agora trabalhadores do sector público e privado estão em iguais condições nos seus locais de trabalho...
Segundo notícias da rádio, o plenário de trabalhadores que se realizou esta manhã num organismo público, a propósito das mudanças, teve pouca participação, alegadamente por estar criado um ambiente de medo generalizado. A ser assim, está de parabéns o governo, e o primeiro-ministro em particular, pois, a meu ver, está cumprido um dos desígnios do PRACE. Não era o que queriam? Agora trabalhadores do sector público e privado estão em iguais condições nos seus locais de trabalho...
6 comentários:
Parece que finalmente vamos deixar de ter portugueses de primeira e portugueses de segunda.
José,
passo neste espaço que tanto prezo para lhe desejar um belo final de semana.
Abraços, GR
Se bem julgo intrepretar as palavras de H. Horta, e de acordo com o sentido que quis dar ao texto original, passamos a ter apenas portugueses "de segunda". Pergunto-me se é razão para que alguém se congratule...
Caro "no campo" esta enganado, em termos de regalias, direitos e deveres laborais passamos agora a ter apenas portugueses.
Quanto a duvida que coloca, eu como a grande maioria dos portugueses trabalho no sector privado, e é sem duvida com satisfação que vejo finalmente começarem a ser iguais os direitos e deveres do trabalhadores do sector publico em relação aos do sector privado.
É lógico que o ideal seria serem os trabalhadores da privada a passarem para o "patamar" de direitos e regalias que era detido pelos trabalhadores do sector publico, mas como infelizmente isso é impossível ser suportado pela nossa economia, será evidente para todos (penso eu) que este tipo de medidas vêm finalmente fazer justiça, a acabar com a desigualdade de direitos e regalias que existia entre o sector publico e privado.
Caro H. Horta: eu nem avancei com questões específicas de direitos, deveres e regalias, no meu texto, por demasiado equívocas para umas curtas palavras (um pouco por isso referia as diferentes "leituras" ou "sentidos" que se podiam dar à "agitação" dos funcionários públicos). Já a ideia de haver igualdade entre todos pela instalação de climas de medo nos locais de trabalho, que referi, francamente, parece-me permitir rotular os trabalhadores de "portugueses de segunda", para usar os seus termos. Agora que essa igualdade satisfaça alguém, honestamente, isso já me soa a loas ao sistema, que, enfim, se, como talvez bem diga, não pode ser mudado, pode pelo menos ser pensado e criticado, independentemente de todos os medos e terrores que se queiram instalar...
Caro "no campo" em nenhum ponto dos textos dos meus comentários poderá
encontrar qualquer tipo de apologia a um eventual clima de terror que se
viva hoje em dia na função publica.
Como já aqui referi, trabalho no sector privado e como tal não poderei
testemunhar esse mesmo clima, presumo portanto pelo seu testemunho que seja
funcionário publico.
Honestamente e fazendo fé no testemunho que aqui nos deixa, não entendo de
que forma as medias em causa que têm como objectivo uma lei do trabalho igual para todos os trabalhadores (independentemente de a entidade patronal ser o estado ou ser um privado) podem deixar os funcionários públicos
"aterrorizados".
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