Já alguma vez caíste na rua? Não é cair, é mais um daqueles espalhanços brutais. Daqueles em que se escorrega numa casca de banana, vai uma perna para cada lado e se correm riscos graves de esterilidade definitiva. Já? Então és candidato(a) a ser um sucesso no YouTube e uma estrela da Internet.
São os novos tempos. Tudo aquilo que fazemos na rua passou a ser alvo do maior escrutínio. Todos aqueles que pensavam que este tipo de acontecimento apenas podia acontecer às estrelas, estavam enganados. Com as tecnologias que permitiram nos últimos anos a fotografia digital e o vídeo em telefones móveis e a facilidade de os colocar na rede global através do YouTube (e de outros sites do género), passámos a ser igualmente vitimas das câmaras indiscretas que estão um pouco por todo lado, e mesmo que não percebamos, podemos ser involuntários artistas em histórias por vezes tristes.
Claro está, tudo o que é novo tem sempre as suas vantagens. A facilidade e a generalização do acesso a esta tecnologia tem sido útil no combate a várias formas de criminalidade, violência e vandalismo. Tem permitido identificar criminosos como já o faziam as câmaras fixas em lojas e locais públicos, mas também tem permitido a chacota, o fundamentalismo e a violação de privacidade.
Interessante perceber que o Big Brother, afinal não será o Estado que tanto temíamos viesse a intrometer-se nas nossas vidas, o ditador que ninguém vê mas que tudo observa. Afinal seremos todos nós.
Em democracia deve assumir-se cada vez com mais força a necessidade da reserva da vida privada e da intimidade como ultimo reduto da privacidade de todos, já que publicamente a nossa privacidade é constantemente posta em causa.
Empurrar as sociedades democráticas para a protecção dos direitos individuais perante a grande máquina tecnológica, é o grande desafio dos próximos anos, antecipado por cada vez mais oportunidades de intromissão na vida uns dos outros.
Afinal compete ao Estado que temíamos, legislar e fazer aplicar sem restrições, leis que nos protejam.
Uma sociedade cada vez mais tecnológica precisa de protecção perante a possibilidade, não assim tão distante, de um ataque generalizado a sistemas que coloquem em causa inúmeros aspectos da vida de um cidadão comum.
Impõe-se ao Estado que obrigue empresas da Internet, multinacionais ou locais a respeitar de igual forma o cidadão comum e a sua privacidade, tal como já tão zelosamente o faz, ou tenta fazer, em relação à protecção de direitos de autores dos grandes estúdios ou grandes gigantes do multimédia.
O cidadão comum não pode esperar que a flagrante violação da sua privacidade (atenção, fazer sexo em praias publicas é capaz de não ser uma boa ideia), aguarde uma decisão judicial, sem que se produzam efeitos suspensivos imediatos e respeitados pelos operadores tecnológicos.
São os novos tempos. Tudo aquilo que fazemos na rua passou a ser alvo do maior escrutínio. Todos aqueles que pensavam que este tipo de acontecimento apenas podia acontecer às estrelas, estavam enganados. Com as tecnologias que permitiram nos últimos anos a fotografia digital e o vídeo em telefones móveis e a facilidade de os colocar na rede global através do YouTube (e de outros sites do género), passámos a ser igualmente vitimas das câmaras indiscretas que estão um pouco por todo lado, e mesmo que não percebamos, podemos ser involuntários artistas em histórias por vezes tristes.
Claro está, tudo o que é novo tem sempre as suas vantagens. A facilidade e a generalização do acesso a esta tecnologia tem sido útil no combate a várias formas de criminalidade, violência e vandalismo. Tem permitido identificar criminosos como já o faziam as câmaras fixas em lojas e locais públicos, mas também tem permitido a chacota, o fundamentalismo e a violação de privacidade.
Interessante perceber que o Big Brother, afinal não será o Estado que tanto temíamos viesse a intrometer-se nas nossas vidas, o ditador que ninguém vê mas que tudo observa. Afinal seremos todos nós.
Em democracia deve assumir-se cada vez com mais força a necessidade da reserva da vida privada e da intimidade como ultimo reduto da privacidade de todos, já que publicamente a nossa privacidade é constantemente posta em causa.
Empurrar as sociedades democráticas para a protecção dos direitos individuais perante a grande máquina tecnológica, é o grande desafio dos próximos anos, antecipado por cada vez mais oportunidades de intromissão na vida uns dos outros.
Afinal compete ao Estado que temíamos, legislar e fazer aplicar sem restrições, leis que nos protejam.
Uma sociedade cada vez mais tecnológica precisa de protecção perante a possibilidade, não assim tão distante, de um ataque generalizado a sistemas que coloquem em causa inúmeros aspectos da vida de um cidadão comum.
Impõe-se ao Estado que obrigue empresas da Internet, multinacionais ou locais a respeitar de igual forma o cidadão comum e a sua privacidade, tal como já tão zelosamente o faz, ou tenta fazer, em relação à protecção de direitos de autores dos grandes estúdios ou grandes gigantes do multimédia.
O cidadão comum não pode esperar que a flagrante violação da sua privacidade (atenção, fazer sexo em praias publicas é capaz de não ser uma boa ideia), aguarde uma decisão judicial, sem que se produzam efeitos suspensivos imediatos e respeitados pelos operadores tecnológicos.
2 comentários:
Caríssimo José,
Lembre-se que mesmo assim há garantias. Lembra-se do caso da Daniela Cicarelli? O You Tube removeu de imediato o vídeo e colocou um firewall para que os cybernavegantes brasileiros não acedessem ao you tube. Mais, vistoriava a todo o tempo se o colocavam. O problema é que foi parar ao Google... Aí tocpu, e bem, na ferida..
Caro Golfinho,
Recordo-me desse caso, mas não tenho assim tanta certeza que o YouTube tenha retirado de imediato o video. Creio que a primeira decisão judicial sobre este assunto foi simplesmente ignorada pelo YouTube e apenas foi respeitada quando um segundo tribunal decidiu que o Youtube deveria ser totalmente bloqueado para o Brasil e não apenas o video da Cicarelli
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