Penso muitas vezes em fechar a loja e acabar por deixar estas escritas na blogoesfera. Também penso e reflicto muitas vezes se faz sentido ter a mania de ter opiniões vincadas sobre quase tudo, que é aquela boa maneira de convencer as pessoas que se tem uma personalidade forte. Penso se vale a pena esta pregação aos peixes, que é basicamente para consumo interno, e se valerá a pena a consciência politica ou social que ao longo da vida me tem arrastado o interesse para a associação de cidadãos ou para a política.
São inúmeras as questões, e alguns arrependimentos. Houve coisas que escrevi e que disse que talvez não as devesse ter escrito ou dito, mas só há uma razão para tal ter acontecido. Porque posso.
Posso independentemente do que digo e do que escrevo, dizer o que me apetece. Posso exercer esta minha pequena liberdade, que sempre tive como garantida, inalienável e intransmissível, porque quero. E garanto-vos que quero muito e quero cada vez mais.
Ontem foi um dia em que percebi isso. Percebi que não pertencia, não me revia, nem queria pertencer a um determinado tipo de país. Um país de gente mesquinha e pequena, que não compreende o alcance dessa coisa maravilhosa que é a liberdade, e a possibilidade de não termos tutores que nos toldem o pensamento. Que não nos prendam o pensamento em troca de uma tranquilidade securitária. Que não nos tirem essa extraordinária capacidade de pensarmos e seguirmos o nosso próprio caminho como quisermos.
O passatempo vale o que vale, mas o voto militante de milhares de portugueses em alguém que representa o que de pior temos em nós, não pode passar em claro porque se trata de um sintoma. Um sintoma que não está apenas naquele programa de televisão, mas antes se desenrola diariamente na Faculdade de Letras, na blogoesfera, na limpeza histórica na imprensa, nas agressões a todos os que são diferentes, no esquecimento das vítimas, tudo por um Portugal branco e limpo, onde alguns que agora se arrogam na sua defesa, se possam encher livremente à custa dos demais.
Reivindicam a grandeza e a glória de Portugal no passado, mas são pequenos e miseráveis. Portugal não se fez com homens tão pequenos e não poderá recuperar a sua auto-estima através da castração da liberdade duramente conquistada.
O hino que lhes enche a boca, também me enche a alma, mas onde eu vejo incentivo ao trabalho de todos, e à coragem de todos, outros vêem uma glória irrepetível, que não lhes pertence. Que apareçam todos, que venham lá debaixo das pedras onde vivem e digam claramente ao que vêm.
São inúmeras as questões, e alguns arrependimentos. Houve coisas que escrevi e que disse que talvez não as devesse ter escrito ou dito, mas só há uma razão para tal ter acontecido. Porque posso.
Posso independentemente do que digo e do que escrevo, dizer o que me apetece. Posso exercer esta minha pequena liberdade, que sempre tive como garantida, inalienável e intransmissível, porque quero. E garanto-vos que quero muito e quero cada vez mais.
Ontem foi um dia em que percebi isso. Percebi que não pertencia, não me revia, nem queria pertencer a um determinado tipo de país. Um país de gente mesquinha e pequena, que não compreende o alcance dessa coisa maravilhosa que é a liberdade, e a possibilidade de não termos tutores que nos toldem o pensamento. Que não nos prendam o pensamento em troca de uma tranquilidade securitária. Que não nos tirem essa extraordinária capacidade de pensarmos e seguirmos o nosso próprio caminho como quisermos.
O passatempo vale o que vale, mas o voto militante de milhares de portugueses em alguém que representa o que de pior temos em nós, não pode passar em claro porque se trata de um sintoma. Um sintoma que não está apenas naquele programa de televisão, mas antes se desenrola diariamente na Faculdade de Letras, na blogoesfera, na limpeza histórica na imprensa, nas agressões a todos os que são diferentes, no esquecimento das vítimas, tudo por um Portugal branco e limpo, onde alguns que agora se arrogam na sua defesa, se possam encher livremente à custa dos demais.
Reivindicam a grandeza e a glória de Portugal no passado, mas são pequenos e miseráveis. Portugal não se fez com homens tão pequenos e não poderá recuperar a sua auto-estima através da castração da liberdade duramente conquistada.
O hino que lhes enche a boca, também me enche a alma, mas onde eu vejo incentivo ao trabalho de todos, e à coragem de todos, outros vêem uma glória irrepetível, que não lhes pertence. Que apareçam todos, que venham lá debaixo das pedras onde vivem e digam claramente ao que vêm.
Comigo não vão poder contar. Comigo contarão, aqui, noutro qualquer blog, num livro ou numa iniciativa, numa associação ou num partido político, com uma intransigente defesa da liberdade de pensamento, independentemente do momento político ou económico do país.
2 comentários:
Conta comigo.
Muito bem, muito bem!...Clap, Clap, Clap!
Talvez (do que tenho lido teu), um dos melhores discursos políticos da tua autoria!
Se bem que fácil (face ao argumento)...dificil de construír de uma forma construtiva, afirmativa e em crescendo! Parabéns!
É efectivamente muito preocupante que se consigam juntar 100000 (cem mil) telefones, telemóveis diferentes (não necessariamente cem mil pessoas) a dizer que preferem Salazar a Camões, a D. Dinis ou a Eusébio ou a Amália, não interessa!!!!!.....é preocupante que um DITADOR morto já há 40 anos....embora talvez ainda não suficientemente estudado....ganhe desta forma!...haverá muita gente estranha interessada em que se revitalize algo....em nome de não sei o quê!...nem eles saberão!
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