quarta-feira, março 21, 2007

"Novas Oportunidades"

No últimos dias tornou-se impossível não reparar na enorme campanha que o governo lançou para incentivo da formação e qualificação dos portugueses.
Nestas alturas vêm à baila os números terríveis do nosso atraso: 3,5 milhões de empregados sem o secundário completo, mais de dois terços sem o 9º ano sequer...
Sendo, certamente, o programa participado pela União Europeia, tememos ao lembrarmos o que se passou com a primeira grande onda de subsídios para a formação, desde finais da década de 80. Queremos crer que desta é que é, há-de ter-se aprendido algo com os erros do passado, há-de haver a lucidez para perceber a real importância deste desígnio agora (e sempre) renovado.
Rejeitas embarcar nalguma da crítica fácil ao governo, de que estaríamos perante mais uma grande encenação de propaganda, sem resultados concretos. O tempo o dirá. Para já, relegas a retórica de "ambição" do texto de apresentação do primeiro-ministro, que, paradoxalmente, aparece numa foto de braços cruzados...
Crês que este país ainda há-de crescer e desenvolver-se, que o aumento da formação e qualificação dos portugueses um dia será uma realidade. Nem que seja para aumentar o número desses activos qualificados mal remunerados, de que o ministro da economia se gabava há tempos...

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