terça-feira, abril 24, 2007

25 de Abril (na internet) - Momentos finais de um regime

1973 tinha mal com a ocupação da Capela do Rato. Tornar-se-ia ainda mais complexo com o congresso da oposição democrática em Aveiro no mês de Abril.
Em Julho o regime comete a gaffe de facilitar o acesso de oficiais milicianos ao Quadro Permanente e lança o rastilho para o movimento dos capitães que a 9 de Setembro era formalmente constituído no Alentejo, numa reunião secreta, ainda sem Otelo Saraiva de Carvalho e ainda apenas com reivindicações militares. Também em Setembro (a 24) o PAIGC declara a independência da Guiné-Bissau.
No final do ano de 1973 existem rumores de um golpe militar da ultra direita do regime, encabeçada pelo General Kaúlza de Arriaga, que não chega a verificar-se.
Acossado pelo lançamento do livro “Portugal e o Futuro” em Fevereiro de 74, onde Spínola preconiza uma solução politica para o problema colonial, Marcelo Caetano vê-se obrigado a ratificar (como se fosse necessário) o apoio da Assembleia Nacional à sua politica ultramarina a 6 de Março de 1974.





A 16 de Março 1974 o Regimento de Infantaria das Caldas da Rainha tenta um golpe militar. Isolada, esta tentativa falha, mas é uma espécia de balão de ensaio para o 25 de Abril. Marcelo Caetano refere-se a ela naquela que será a sua última "conversa em família" a 28 de Março.



Otelo Saraiva de Carvalho ultima o Plano Geral de Operações a 15 de Abril e começa a distribuir tarefas e objectivos estratégicos entre: November (sector Norte); Charlie (Sector Centro) e Sierra (Sector Sul).

Dia 22 Otelo encontra-se com João Paulo Diniz, radialista do Rádio Clube Português e combinam a senha para a revolução. A hora da transmissão da senha é posteriomente alterada.

Dia 23 é escolhida a música "E depois do Adeus" de Paulo Carvalho para senha de que se avancará e a música "Grândola, Vila Morena" de Zeca Afonso no programa Limite da rádio Renascença para o inicio das operações. A primeira sugestão foi "Venham mais cinco" também de Zeca Afonso.

Dia 23 às 23:30 em Santarém, o Capitão Salgueiro Maia recebe as instruções finais da Marcha sobre Lisboa e verifica que é seguido de perto por agentes da PIDE/DGS num carro.

A revolução estava em marcha...

Fontes: Wikipedia; Centro Documentação 25 de Abril - Universidade Coimbra; FNLA; O Portal da História; RTP; Bharat-Rakshak; PAIGC; Vidas Lusófonas; Youtube; Abrupto; Universidade de Miami (pela cadeira); O Leme; Infópédia (só para utilizadores registados); Instituto Camões.

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