quarta-feira, abril 18, 2007

"Uma questão de princípio"

Quebrando o processo de pesquisa para a minha rubrica dedicada ao 25 de Abril pela Internet, reproduzo aqui um post de Junho de 2006 porque o momento impõe e se para nada de melhor servir, pelo menos representa a minha opinião.

A democracia está permanentemente ameaçada pela arrogância daqueles que a imaginam eterna e por aqueles que se aproveitam dela para veicular ideias que na sua génese visam a sua destruição.
Mas a democracia é um conjunto de valores constitucionais à volta dos quais uma sociedade se organiza social e politicamente. Dessa forma é perfeitamente compreensível que uma sociedade não aceite, ou não tenha querido aceitar no momento da sua constituição, o princípio (ainda que democrático) de permitir ideologias que ameacem a continuação dessa mesma sociedade, tal como o fazem todas as ditaduras.
É um princípio de sobrevivência das sociedades democráticas contra aqueles que as pretendem destruir por oposição às sociedades ditatoriais onde estes mecanismos não servem para proteger a sociedade, mas sim o poder.
Não permitir formas de implosão auto-infligida não torna uma sociedade mais fraca. Apenas evita que ela possa ser destruída pelo interior com recurso aos instrumentos legais que as distinguem das ditaduras.

2 comentários:

Anónimo disse...

A Democracia... Chavão por muitos utilizado e que não é mais do que a formalização da corrupção, o poder pelo poder, os "jobs for the boys" e a arrogância de uma classe politica ao serviço dos interesses de alguns.
Democracia.. .perguntamos qual a necessidade de colocar nas mãos de eleitores sem qualquer percepção sistémica os destinos de uma nação.
Exemplos... vários... Resultados nulos.
O "poder das massas" deverá ser concretizado num partido único, onde existam homens, com competências muito próprias e que se liderem em nome de uma cultura, nação, história e glória.
Somos diferentes é um facto, temos competências diferentes… também, utilizemos essas competências diferentes para colocar as pessoas onde elas devem estar em determinados lugares segundo análise criteriosa.
Emigração sim, mas com cautela e para os lugares disponíveis que não estão de acordo com a nossa aptidão e que nos ajudam a erguer o nosso país outrora glorioso… e hoje de mão estendida, triste e sem identificação.
Utópico... sim... Mas belo.

Portugal, Portugal Portugal

Jorge Barata disse...

Realmente... A falta de "percepção sistémica" é problemática... Deve ser por isso que, de quando em vez, aparecem uns "salvadores da pátria".

"Colocar as pessoas onde devem estar"

É mesmo isso, pá. Temos de lhes dizer isso. Coitaditos... Para além de não terem "percepção sistémica", não sabem onde "devem estar".