domingo, abril 22, 2007

25 de Abril (na internet) - O discurso oficial e o país

Durante todo este período o país, ou melhor a metrópole, vivia encantada pelo regime com uma encenação épico-heróica da importância do país e das colónias.
Faziam e alimentavam heróis que sustentavam a politica ultramarina e a guerra.




E os portugueses para se distraírem do essencial eram gentilmente levados a acreditar que nos destacávamos dos demais, até porque havia bons exemplos disso. Eusébio, Amália e Fátima.

Só uma terra protegida por deus podia ter tão distintos filhos, que tão bem nos representavam nos relvados e nas salas de espectáculo de todo o mundo.

Mas a realidade era bem diferente. A aliar à extrema pobreza que existia principalmnete no interior do país que obrigava os portugueses a emigrar, a pressão da policia politica fazia sentir-se cada vez mais e o Tarrafal ia enchendo-se.

Bom exemplo desta realidade foi a campanha de Humberto Delgado em 58 que resultou numa gigantesca fraude eleitoral. Estas imagens pertencem a uma manifestação da oposição democrática, acompanhadas das palavras "justas" do senhor do costume.



A 13 de Fevereiro de 1965 o General Humberto Delgado é morto em Villa Nueva del Fresno pela PIDE, num grupo encabeçado por Rosa Casaco.
O regime não perdoou ao General o maior sobressalto de sempre antes da guerra colonial.
A frase "obviamente demito-o" valeu-lhe a morte numa vala qualquer, perto da fronteira portuguesa sem nunca conseguir regressar a Portugal.

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