Não existem temas fracturantes. Eles são como os pilhões. É coisa que não existe. Apenas existem temas fracturantes na mente de alguns iluminados portugueses que pertencem a classes médias altas e que por alguma razão não totalmente clara acham que devem impor a sua cartilha de princípios à sociedade para que esta não se corrompa e tresmalhe.
É assim à esquerda assim como à direita. Todos sem excepção pertencem a classes de gente bem falante e bem formada, com poder de compra e fundamentalmente com acesso aos meios de comunicação social e que se mexe bem no novo mundo da Internet.
A imprensa e principalmente a televisão seguem o seu rasto e de forma totalmente acrítica, sob a capa do mais sincero direito do contraditório, permitem verdadeiros comícios que chegam assim a milhões de portugueses que não se tinham dado ao trabalho de pensar nisso.
Não há questões fracturantes quando uma parte substancial da população é totalmente indiferente aos assuntos em causa e que supostamente nos dividem e nos assaltam o espírito quando queremos dormir.
Às perguntas sobre as questões fracturantes que frequentemente são matéria de sondagens, falta perguntar não apenas se concorda com isto ou com aquilo mas, se haver aborto, casamentos homossexuais, eutanásia, doação de órgãos em vida, reprodução medicamente assistida, identidade de género, clonagem, regionalização, células estaminais e mais um monte de coisas supostamente complicadas, interessam à maioria dos portugueses ao ponto de estes participarem activamente no seu debate?
E a dura realidade diz-nos que não. Em menos de uma década foram feitos três referendos, sobre matérias supostamente fracturantes, e nenhum deles conseguiu reunir o consenso necessário entre os portugueses que os levasse a votar em massa por uma das opções em jogo. Nem as santinhas e os terços na rua, nem o fantasma da desagregação do país em mini estados, levaram os portugueses às urnas.
Por isso, nestas como em outras matérias somos todos treinadores de bancada. Todos temos opinião sobre a vida dos outros se alguém pelo telefone nos perguntar qual é e se de preferência não tivermos de nos levantar do sofá.
Desta forma como é que é possível esperar-se que alguns sectores continuem a alimentar a ideia peregrina que os portugueses estão divididos, quando na realidade isso não passa de uma espécie de mito urbano criado com a ajuda preciosa da comunicação social?
Os governos e os parlamentos, com mais ou menos abstenção são eleitos pelos portugueses e é dessa forma que deve ser abordado o fenómeno dos temas supostamente fracturantes.
É assim à esquerda assim como à direita. Todos sem excepção pertencem a classes de gente bem falante e bem formada, com poder de compra e fundamentalmente com acesso aos meios de comunicação social e que se mexe bem no novo mundo da Internet.
A imprensa e principalmente a televisão seguem o seu rasto e de forma totalmente acrítica, sob a capa do mais sincero direito do contraditório, permitem verdadeiros comícios que chegam assim a milhões de portugueses que não se tinham dado ao trabalho de pensar nisso.
Não há questões fracturantes quando uma parte substancial da população é totalmente indiferente aos assuntos em causa e que supostamente nos dividem e nos assaltam o espírito quando queremos dormir.
Às perguntas sobre as questões fracturantes que frequentemente são matéria de sondagens, falta perguntar não apenas se concorda com isto ou com aquilo mas, se haver aborto, casamentos homossexuais, eutanásia, doação de órgãos em vida, reprodução medicamente assistida, identidade de género, clonagem, regionalização, células estaminais e mais um monte de coisas supostamente complicadas, interessam à maioria dos portugueses ao ponto de estes participarem activamente no seu debate?
E a dura realidade diz-nos que não. Em menos de uma década foram feitos três referendos, sobre matérias supostamente fracturantes, e nenhum deles conseguiu reunir o consenso necessário entre os portugueses que os levasse a votar em massa por uma das opções em jogo. Nem as santinhas e os terços na rua, nem o fantasma da desagregação do país em mini estados, levaram os portugueses às urnas.
Por isso, nestas como em outras matérias somos todos treinadores de bancada. Todos temos opinião sobre a vida dos outros se alguém pelo telefone nos perguntar qual é e se de preferência não tivermos de nos levantar do sofá.
Desta forma como é que é possível esperar-se que alguns sectores continuem a alimentar a ideia peregrina que os portugueses estão divididos, quando na realidade isso não passa de uma espécie de mito urbano criado com a ajuda preciosa da comunicação social?
Os governos e os parlamentos, com mais ou menos abstenção são eleitos pelos portugueses e é dessa forma que deve ser abordado o fenómeno dos temas supostamente fracturantes.
1 comentário:
Acho q o grande problema não é a indiferença.
Desresponsabilização? Descrença na possibilidade de fazer diferença?
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