domingo, março 11, 2007

Ir a jogo

Paulo Portas cutucou a fera e o CDS ganhou um novo líder daqueles imaginávamos não ser possível.
Nada melhor para um espírito acossado da possibilidade de despedimento, para se agarrar com unhas e dentes ao lugar, que jura vender caro.
Portas não esperava esta resistência. Isto tem corrido tão mal a Ribeiro e Castro que Portas imaginou que na realidade lhe estava a fazer um favor.
Finalmente Ribeiro e Castro poderia descansar em paz e voltar para Bruxelas, pois tinha cumprindo o seu papel de arrastar o partido para um buraco.
Portas não imaginava é que o actual líder do CDS (quem em tempos já foi PP), se mostrasse relutante em sair perante o regresso do filho pródigo.
Mas teve azar. Ribeiro e Castro quer ficar, não parece o mesmo nas entrevistas na televisão, e pretende afastar o confronto das eleições directas, na vã esperança de conseguir ganhar o congresso com um rasgo de brilhantismo.
Portas vai ter de repensar novamente a estratégia, se porventura o conselho nacional (que em situações normais é dominado por apoiantes de quem ganha os congressos), optar por lhe negar as directas, mas agora vai mesmo de ter de ir a jogo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Concordo!...e até pode ser que esta "disputa" dê que falar!... já o CN do partido não é efectivamente dominado pela actual Direcção, se bem que, Ribeiro e Castro consegue maioria através das inerências. Mas, penso que o congresso deve ser inevitável!...e em congresso...tudo pode acontecer! No entanto, o resultado mais óbvio será o regresso de Portas - antes de tempo - realçando, mais uma vez, que Portas tem um projecto de ambição pessoal e não para o Partido...e muito menos para o País!