As autárquicas que me interessam (VI)
Afinal até se consegue portar como homenzinhos nos debates... O debate de ontem na RTP correu bem melhor apesar de ser a cinco e já se conseguiu perceber mais ou menos quais as propostas de todos os candidatos para Lisboa.
Mas deixem-me voltar um pouco atrás....
Os meus amigos já repararam que por aqui apenas tenho falado de Sintra, da Junta do Cacém e por razão claramente não eleitoral, pois não é onde voto, sobre Lisboa. No entanto é a minha cidade, a capital do país, onde trabalho e passo a maior parte do meu tempo.
Comecemos por Sintra e pelo Cacém. Anteriormente deixei aqui a minha opinião sobre as candidaturas à junta de freguesia do Cacém que me fizeram chegar algum tipo de documentação. Na altura apenas tinha recebido panfletos do PS e da coligação PSD / CDS-PP / MPT / PPM, mas até hoje tb recebi da CDU.
Não denotei significativas diferenças entre as propostas dos candidatos, o que provavelmente indiciará que a análise que fazem dos problemas do Cacém é semelhante. Isso pode ser bom na medida em que os problemas são por demais evidentes, mas devido ao esvaziamento do papel das juntas para as populações de grandes centros urbanos como o Cacém a maioria das propostas estão em sintonia com as propostas dos respectivos candidatos à câmara municipal.
Dentro dessa lógica parece-me claro que a votação para a junta seja igual à escolha que se vai fazer para a câmara municipal, no intuito de evitar conflitos absurdos e desnecessários.
Vamos então a Sintra.
No caso do segundo maior concelho do país a seguir a Lisboa existem um sem número de problemas já identificados há muito tempo e mais uns quantos que ainda ninguém se lembrou de abordar. Além disso o concelho tem duas realidades totalmente diferentes com uma frente urbana que cresceu à volta da linha suburbana de comboio e tb uma zona rural com problemas específicos.
Nestas eleições estão em causa projectos de acessibilidades e transportes, equipamentos sociais, emprego, segurança, habitação, no fundo a qualidade de vida que muito falta neste concelho.
Lamentavelmente tenho uma certa secura de boca quanto às propostas apresentadas... sabem-me a muito pouco.
Em primeiro lugar temos Seara a defender um mandato que lhe veio parar as mãos à quatro anos sem ele saber muito bem como.
Logo de seguida temos João Soares que alguns já afirmaram ter sido o melhor presidente de câmara de Lisboa com uma espécie de projecto reciclado da coligação de esquerda para Lisboa mas a concorrer sozinho e com o objectivo de não se comprometer muito, apostando em promessas pouco ambiciosas.
Em terceiro lugar e sem grandes ambições, apesar de mossa que possa causar ao PS, fica Baptista Alves que tem um pensamento sobre o concelho devidamente estruturado pois já está na câmara à algum tempo e conhece bem a realidade do concelho, mas tb não apresentou novas e ambiciosas propostas além de poder vir a ser prejudicado pelo cada vez maior fenómeno da bipolarização partidária.
Não vou falar do BE porque considero que o candidato apresentado não está de acordo com a expressão eleitoral que os bloquistas já conseguiram no concelho. Para apresentarem candidatos como este mais valia não terem apresentado nenhum e focarem as suas atenções onde pode ter melhores resultados.
Fazendo um balanço sobre estas candidaturas, aquela que me parece mais capaz de fazer um trabalho razoável (as minhas expectativas não são muito elevadas) é a de João Soares.
Ao longo deste período eleitoral foi o único candidato a conseguir apresentar propostas concretas para o concelho que impliquem uma mudança nas infra-estruturas quanto a cuidados de saúde, equipamentos sociais e desportivos, educação, transportes e segurança. Pelo contrário Seara que defende um mandato, não foi capaz de apresentar propostas concretas para os próximos quatro anos e apenas deixou transparecer que “é fiel a Sintra”, que “ninguém pára Sintra” ou o Cacém, que deu mais refeições escolares que no mesmo período dos executivos socialistas, mas não conseguiu (no meu entender, claro) fazer passar propostas quanto às necessidades do concelho para os próximos 4 anos. Seara gosta dos grandes projectos, como o alargamento do IC19 e o Polis do Cacém que todos acabam por reivindicar pois são projectos que os municípios não conseguem fazer sem os governos entrarem com o dinheiro.
Quanto a Lisboa não farei aqui um apelo ao voto em nenhum dos candidatos. Fica ao vosso critério escolher o melhor.
Afinal até se consegue portar como homenzinhos nos debates... O debate de ontem na RTP correu bem melhor apesar de ser a cinco e já se conseguiu perceber mais ou menos quais as propostas de todos os candidatos para Lisboa.
Mas deixem-me voltar um pouco atrás....
Os meus amigos já repararam que por aqui apenas tenho falado de Sintra, da Junta do Cacém e por razão claramente não eleitoral, pois não é onde voto, sobre Lisboa. No entanto é a minha cidade, a capital do país, onde trabalho e passo a maior parte do meu tempo.
Comecemos por Sintra e pelo Cacém. Anteriormente deixei aqui a minha opinião sobre as candidaturas à junta de freguesia do Cacém que me fizeram chegar algum tipo de documentação. Na altura apenas tinha recebido panfletos do PS e da coligação PSD / CDS-PP / MPT / PPM, mas até hoje tb recebi da CDU.
Não denotei significativas diferenças entre as propostas dos candidatos, o que provavelmente indiciará que a análise que fazem dos problemas do Cacém é semelhante. Isso pode ser bom na medida em que os problemas são por demais evidentes, mas devido ao esvaziamento do papel das juntas para as populações de grandes centros urbanos como o Cacém a maioria das propostas estão em sintonia com as propostas dos respectivos candidatos à câmara municipal.
Dentro dessa lógica parece-me claro que a votação para a junta seja igual à escolha que se vai fazer para a câmara municipal, no intuito de evitar conflitos absurdos e desnecessários.
Vamos então a Sintra.
No caso do segundo maior concelho do país a seguir a Lisboa existem um sem número de problemas já identificados há muito tempo e mais uns quantos que ainda ninguém se lembrou de abordar. Além disso o concelho tem duas realidades totalmente diferentes com uma frente urbana que cresceu à volta da linha suburbana de comboio e tb uma zona rural com problemas específicos.
Nestas eleições estão em causa projectos de acessibilidades e transportes, equipamentos sociais, emprego, segurança, habitação, no fundo a qualidade de vida que muito falta neste concelho.
Lamentavelmente tenho uma certa secura de boca quanto às propostas apresentadas... sabem-me a muito pouco.
Em primeiro lugar temos Seara a defender um mandato que lhe veio parar as mãos à quatro anos sem ele saber muito bem como.
Logo de seguida temos João Soares que alguns já afirmaram ter sido o melhor presidente de câmara de Lisboa com uma espécie de projecto reciclado da coligação de esquerda para Lisboa mas a concorrer sozinho e com o objectivo de não se comprometer muito, apostando em promessas pouco ambiciosas.
Em terceiro lugar e sem grandes ambições, apesar de mossa que possa causar ao PS, fica Baptista Alves que tem um pensamento sobre o concelho devidamente estruturado pois já está na câmara à algum tempo e conhece bem a realidade do concelho, mas tb não apresentou novas e ambiciosas propostas além de poder vir a ser prejudicado pelo cada vez maior fenómeno da bipolarização partidária.
Não vou falar do BE porque considero que o candidato apresentado não está de acordo com a expressão eleitoral que os bloquistas já conseguiram no concelho. Para apresentarem candidatos como este mais valia não terem apresentado nenhum e focarem as suas atenções onde pode ter melhores resultados.
Fazendo um balanço sobre estas candidaturas, aquela que me parece mais capaz de fazer um trabalho razoável (as minhas expectativas não são muito elevadas) é a de João Soares.
Ao longo deste período eleitoral foi o único candidato a conseguir apresentar propostas concretas para o concelho que impliquem uma mudança nas infra-estruturas quanto a cuidados de saúde, equipamentos sociais e desportivos, educação, transportes e segurança. Pelo contrário Seara que defende um mandato, não foi capaz de apresentar propostas concretas para os próximos quatro anos e apenas deixou transparecer que “é fiel a Sintra”, que “ninguém pára Sintra” ou o Cacém, que deu mais refeições escolares que no mesmo período dos executivos socialistas, mas não conseguiu (no meu entender, claro) fazer passar propostas quanto às necessidades do concelho para os próximos 4 anos. Seara gosta dos grandes projectos, como o alargamento do IC19 e o Polis do Cacém que todos acabam por reivindicar pois são projectos que os municípios não conseguem fazer sem os governos entrarem com o dinheiro.
Quanto a Lisboa não farei aqui um apelo ao voto em nenhum dos candidatos. Fica ao vosso critério escolher o melhor.
No entanto só gostaria de salientar que os problemas de Lisboa, assim como os de Sintra são problemas de toda uma área metropolitana que cresceu de forma selvagem e não planeada e a resolução dos problemas de uns depende da concertação com os restantes concelhos… pareceu-me ao longo desta campanha que os candidatos a Lisboa não compreenderam que a maior parte dos problemas da capital reside fora das suas fronteiras geográficas.
Boas escolhas...
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