quinta-feira, outubro 20, 2005

Sintonia II

O governo faz da luta contra os privilégios e contra o corporativismo de diversas classes, a sua bandeira.

Por oposição juntam-se as classes, juntam-se os ricos e os pobres, juntam-se juízes e oficiais de justiça, juntam-se professores, alunos e contínuos, juntam-se médicos, enfermeiros e maqueiros, juntam-se todos pelos privilégios e pelo corporativismo.

2 comentários:

Anónimo disse...

O governo não faz bandeira nenhuma "da luta contra os privilégios e contra o corporativismo de diversas classes", amigo. O governo faz apenas continhas pequeninas, daquelas com os dedos, numa contabilidade mesquinha de quem não vê para lá do orçamento, défice, pactos de estabilidae e afins. Talvez lhe fique bem o Cavaco, por isso. O que poderia ser uma verdadeira reforma da administração pública, da segurança social, etc., se levada a cabo por um governo socialista sério?
Que os diversos grupos de interesses reajam é até natural. Que os cidadãos não vejam para lá dos seus umbigos é também um resultado de governos e políticas que nunca encararam a democracia como uma possibilidade de olhar um pouco mais além, na procura empenhada da prossecução do bem comum...

José Raposo disse...

Não era minha pretensão dar algum valor positivo ou nagativo ao que escrevi. Só fazer uma comparação como por alguma razão toda a gente se junta em torno de objectivos bons ou maus... Sejam eles para acabar previlégios ou para os manter. Amigo o governo faz bandeira independentemente do que isso possa querer dizer. Tal como os sindicatos das diversas classes fazem bandeira pela manutenção de previlégios que nem sequer se prevê que percam num prazo de 10 a 15 anos. O que já mais do que uma vez falámos é que independentemente das continhas que o governo faz os défices e os orçamentos das contas publicas não podem continuar a condicionar a minha e a tua vida assim como a dos restantes portugueses. Por isso convêm que os défices e os problemas orçamentais acabem de uma vez por todas e que não volte o tempo em que se tornou usual neste país a mesquinhez de andar de mão estendida, quer se precise ou não.