Em 17 de Julho de 2002 um destacamento de 78 militares espanhóis com cinco helicópteros, o apoio de dois submarinos, dois vasos de Guerra e a cobertura de vários F-18, recuperou o penhasco de "Perejil" que possuí uma área total inferior a 1km2 e a 200m de distância de terra firme marroquina. A 11 de Julho do mesmo ano alguns militares marroquinos tinham ocupado o calhau reivindicando a anexação deste território para Marrocos.
A falta de critério espanhola para tratar os diversos assuntos que lhe dizem respeito quanto à autonomia de pequenos territórios na Europa ou em África é total. A Espanha que defende a integração de Gibraltar na grande família espanhola, defende em sentido inverso a necessidade histórica de permanecer em Melilla, em Ceuta, nas ilhas Xafarinas e no calhau com nome de Salsa (em português) que se consegue atingir a nado da costa Marroquina sem grande esforço.
Nenhum país Europeu pode compreender no Sec. XXI a necessidade de manter portas estratégicas de entrada no mediterrâneo, especialmente quando os locais em causa não conseguem suportar qualquer tipo de armamento utilizado actualmente. Espero que os espanhóis não esperem que a fortaleza que os portugueses deixaram em Ceuta sirva para alguma coisa em caso de conflito...
A incoerência da política “ultramarina” espanhola só é comparável com o que diariamente acontece nos territórios africanos de Espanha.
Todos os dias dezenas e centenas de magrebinos e subsarianos pagam fortunas a passadores que os levam a atravessar grande parte do deserto, durante meses sob um sol abrasador, apenas com a ténue possibilidade de saltar um arame farpado e entrar no suposto “el dorado” europeu, pela grande porta espanhola.
Para evitar esse aparente cataclismo europeu de deixar entrar toda a gente, os espanhóis que vivem em Ceuta e Melilla vivem como os colonos judeus nos territórios ocupados da palestina. Vivem uma vida aparentemente tranquila, na medida em que haja um fosso com alguns metros à volta deles, com uma vedação de arame farpado com 3m e uma quantidade considerável de guardas armados com cães e câmaras de vigilância.
Se porventura fosse cidadão das cidades autónomas de Ceuta e Melilla já me teria vindo embora.
Para os espanhóis a defesa da fortaleza “Europa” faz-se directamente em África.
E se por acaso algum conseguir sobreviver ao Sahara, ao arame farpado, aos cães e às armas a Espanha já disponibilizou na última semana alguns veículos blindados (vai começar a faltar espaço em Ceuta e Melilla)... (continua...)
A falta de critério espanhola para tratar os diversos assuntos que lhe dizem respeito quanto à autonomia de pequenos territórios na Europa ou em África é total. A Espanha que defende a integração de Gibraltar na grande família espanhola, defende em sentido inverso a necessidade histórica de permanecer em Melilla, em Ceuta, nas ilhas Xafarinas e no calhau com nome de Salsa (em português) que se consegue atingir a nado da costa Marroquina sem grande esforço.
Nenhum país Europeu pode compreender no Sec. XXI a necessidade de manter portas estratégicas de entrada no mediterrâneo, especialmente quando os locais em causa não conseguem suportar qualquer tipo de armamento utilizado actualmente. Espero que os espanhóis não esperem que a fortaleza que os portugueses deixaram em Ceuta sirva para alguma coisa em caso de conflito...
A incoerência da política “ultramarina” espanhola só é comparável com o que diariamente acontece nos territórios africanos de Espanha.
Todos os dias dezenas e centenas de magrebinos e subsarianos pagam fortunas a passadores que os levam a atravessar grande parte do deserto, durante meses sob um sol abrasador, apenas com a ténue possibilidade de saltar um arame farpado e entrar no suposto “el dorado” europeu, pela grande porta espanhola.
Para evitar esse aparente cataclismo europeu de deixar entrar toda a gente, os espanhóis que vivem em Ceuta e Melilla vivem como os colonos judeus nos territórios ocupados da palestina. Vivem uma vida aparentemente tranquila, na medida em que haja um fosso com alguns metros à volta deles, com uma vedação de arame farpado com 3m e uma quantidade considerável de guardas armados com cães e câmaras de vigilância.
Se porventura fosse cidadão das cidades autónomas de Ceuta e Melilla já me teria vindo embora.
Para os espanhóis a defesa da fortaleza “Europa” faz-se directamente em África.
E se por acaso algum conseguir sobreviver ao Sahara, ao arame farpado, aos cães e às armas a Espanha já disponibilizou na última semana alguns veículos blindados (vai começar a faltar espaço em Ceuta e Melilla)... (continua...)
Sem comentários:
Enviar um comentário