Bem... caminhamos para o fim de festa e para o balanço necessário de noite eleitoral.
Amanhã estarão os matutinos cheios de parangonas massacradoras da maioria de Sócrates num estranhíssimo fenómeno anti-poder que a nossa comunicação social tem vindo a desenvolver nos ultimos anos não exclusivamente contra o PS, mas contra a classe politica de forma geral.
Sócrates reage como primeiro ministro e como o fez na semana passada em relação à contestação social nas ruas. Deseja boa sorte a todos e garante que irá trabalhar com todos porque os portugueses reconheceram a diferença entre actos eleitorais. Amanhã dirá que ficaram basicamente com as mesmas câmaras que tinham antes e vai dizer que a previsivel hecatombe eleitoral que se anunciava para o PS não ocorreu porque em total de votos no país o PS não foi propriamente esmagado e depois disso vai continuar a sua vida governativa.
Marques Mendes, que não deve esta vitória aos exclusivos méritos da sua liderança vai espremer ao máximo todas as possiveis e imagináveis leituras nacionais destes resultados embora afirme que não podem ser interpretados dessa forma.
À esquerda do PS continua o sintoma mesmo quando perdemos, ganhamos sempre....
Ribeiro e Castro parece ser o único verdadeiro perdedor destas eleições... ninguém se preocupou em saber se ele tinha alguma coisa para dizer ou se porventura era importante ter uma equipa de reportagem no Largo do Caldas até quase o final da noite. Até quando ganhou em coligação os louros foram para o PSD.
Mas Sócrates e o país não podem fugir de um conclusão lógica. O país insistentemente continua a votar à esquerda e se por acaso a arrogância de um PS com a sua primeira maioria absoluta tivesse sido menor, talvez fossem possiveis coligações à esquerda e talvez no Altis se comemorasse agora a vitória de várias câmaras urbanas.
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