quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Perguntas (des)apaixonadas

Quando nos apaixonamos e optamos por abrandar, o que estamos a fazer ?

Se o fazemos por não estarmos certos do que estamos a viver e por recear precipitações, não estaremos a recusar a própria paixão ?

É que a paixão é, por definição, algo de limitado no tempo e que pode, ou não, resultar num sentimento distinto ou num desfecho frequentemente doloroso. Portanto, se recuamos perante a paixão, não estaremos a recusar ver o “jogo” até ao fim, com receio do resultado ? Não é preciso jogar no Euromilhões para haver hipóteses de acertar na chave premiada ?

Afinal de contas, o que é que esperamos descobrir durante a fase de abrandamento ? Será possível chegarmos à resposta que pretendemos sobre onde iremos parar, sem passar pelas várias fases da Paixão ?

Para mim, a questão é simples e, ainda mais importante, assim deve ser encarada. Há questões para as quais não podemos aspirar saber responder. E isso não deve ser incómodo ou restrição a viver o que tiver de ser vivido. Pelo contrário. Ou não é a incerteza um dos ingredientes que fazem da vivência das paixões algo de extraordinário ?

Procurar controlar, restringir, antecipar ou programar o que se sente, não é meio caminho andado para deixarmos de nos sentir vivos ?

2 comentários:

J. P. disse...

Estamos a aperfeiçoar-nos e a descobrir o Amor... não acredito nisto, mas é o que me dizem...
Abraço

Anónimo disse...

Essas modernices de pensar demasiado.... só fazem mal!