É sempre importante termos moderação em relação ao relativo sucesso das inovações tecnológicas e em relação ao impacto que elas têm nas nossas vidas.
A Internet veio para ficar, e são inúmeras as vantagens do ponto de vista da eficiência empresarial e são inúmeras as possibilidades dos negócios web-based.
Eu aderi incondicionalmente à rede e tenho todos os acessos possíveis e imagináveis e todas as possibilidades wireless que existem, e não hesito em afirmar que a Internet poupa muito do pouco tempo que disponho. No entanto, não posso esquecer que me foram criadas necessidades que efectivamente eu não precisava.
Não vejo qualquer razão para questionar o plano tecnológico, na medida em seja devidamente aplicado e que a aposta em diminuir o fosso tecnológico que nos divide dos restantes países europeus, seja uma aposta de sucesso. Acho mesmo que é possível encontrar soluções simples e práticas para problemas que geralmente consideramos muito complexos e que bloqueiam principalmente o progresso e sucesso das PME's.
Mas não nos podemos dar ao luxo de ser uma sociedade tecnologicamente mais avançada e ao mesmo tempo mais desinformada. A Internet e as tecnologias de informação per si não resolvem problemas de décadas do mais completo abandalho da educação e em muitos aspectos não servem a orientação pedagógica que alguns políticos insistem em dar-lhe, tendo em conta que não basta ter um computador se não se souber o que pesquisar, como pesquisar e se permitir que continue a degradação da língua portuguesa que se assiste com as novas tecnologias.
Não é possível que as empresas portuguesas e os serviços públicos tenham aderido à sociedade de informação como forma de se demitirem da responsabilidade de informarem os que os procuram. Não é razoável que a democratização do livre acesso à informação seja uma coisa para os outros, sejam eles contribuintes, clientes ou fornecedores.
Não é sustentável durante muito mais tempo que ao contactarmos telefonicamente um serviço ou uma empresa, do outro lado gentilmente nos indiquem a consulta da página da Internet para esclarecimento de dúvidas, até porque muitos milhares de portugueses não possuem acesso à net.
A conclusão é óbvia, quem nos atende não faz ideia do que falamos e não faz ideia do que está na página. Quem construiu a página nunca atendeu um cliente na vida e não faz ideia que os regulamentos que apresenta numa página web podem carecer de procedimentos de excepção para os diferentes tipos de clientes.
No final estamos todos mais avançados e com mais gadgets, até conseguimos adaptar-nos a uma nova geração de máquinas, mas continuamos igualmente desinformados.
A Internet veio para ficar, e são inúmeras as vantagens do ponto de vista da eficiência empresarial e são inúmeras as possibilidades dos negócios web-based.
Eu aderi incondicionalmente à rede e tenho todos os acessos possíveis e imagináveis e todas as possibilidades wireless que existem, e não hesito em afirmar que a Internet poupa muito do pouco tempo que disponho. No entanto, não posso esquecer que me foram criadas necessidades que efectivamente eu não precisava.
Não vejo qualquer razão para questionar o plano tecnológico, na medida em seja devidamente aplicado e que a aposta em diminuir o fosso tecnológico que nos divide dos restantes países europeus, seja uma aposta de sucesso. Acho mesmo que é possível encontrar soluções simples e práticas para problemas que geralmente consideramos muito complexos e que bloqueiam principalmente o progresso e sucesso das PME's.
Mas não nos podemos dar ao luxo de ser uma sociedade tecnologicamente mais avançada e ao mesmo tempo mais desinformada. A Internet e as tecnologias de informação per si não resolvem problemas de décadas do mais completo abandalho da educação e em muitos aspectos não servem a orientação pedagógica que alguns políticos insistem em dar-lhe, tendo em conta que não basta ter um computador se não se souber o que pesquisar, como pesquisar e se permitir que continue a degradação da língua portuguesa que se assiste com as novas tecnologias.
Não é possível que as empresas portuguesas e os serviços públicos tenham aderido à sociedade de informação como forma de se demitirem da responsabilidade de informarem os que os procuram. Não é razoável que a democratização do livre acesso à informação seja uma coisa para os outros, sejam eles contribuintes, clientes ou fornecedores.
Não é sustentável durante muito mais tempo que ao contactarmos telefonicamente um serviço ou uma empresa, do outro lado gentilmente nos indiquem a consulta da página da Internet para esclarecimento de dúvidas, até porque muitos milhares de portugueses não possuem acesso à net.
A conclusão é óbvia, quem nos atende não faz ideia do que falamos e não faz ideia do que está na página. Quem construiu a página nunca atendeu um cliente na vida e não faz ideia que os regulamentos que apresenta numa página web podem carecer de procedimentos de excepção para os diferentes tipos de clientes.
No final estamos todos mais avançados e com mais gadgets, até conseguimos adaptar-nos a uma nova geração de máquinas, mas continuamos igualmente desinformados.
2 comentários:
Impossível estar mais de acordo (embora me "cheire" a consumidor/cliente irritado na origem deste artigo...).
Por acaso não.. tenho as minhas razões sobre a parte consumidor/cliente irritado. Afinal sou cliente da TVcabo... mas não foi isso que motivou o post.
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