terça-feira, novembro 28, 2006

É a fé (2)

Embora me continue a escapar a razão pela qual um Papa católico vai a um país com 99% de habitantes ligados a outra religião rival, espero que ninguém tenha particulares expectativas sobre esta viagem.
Apesar de toda a confusão sobre as declarações do senhor (não do Senhor, que esse tarda em fazer-se ouvir...) esta será uma viagem particularmente diplomática, sem nenhuns excessos, num tom profundamente conciliador, até porque a principal razão da deslocação refere-se à tarefa ecuménica de trazer para o verdadeiro caminho as ovelhas tresmalhadas do oriente, e não de tentar a conversão da Turquia.
Daqui a uns dias e depois de milhares de horas de televisão e de milhares de artigos dedicados ao tema, não haverá nada de substancial para falarmos.
O Papa não vai ajudar a resolver o problema da eventual entrada da Turquia na União Europeia, não vai acalmar os ânimos dos islamitas radicais contra o Ocidente e provavelmente não terá qualquer papel na pacificação cada vez mais necessária do médio-oriente.

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