O entusiasmo da viagem, da partida e da descoberta, ou o enfado da ida e volta rotineira? As emoções dos encontros e despedidas nas estações ou o desespero dos atrasos e das pressas suburbanas? O encanto de paisagens únicas entrevistas da janela ou o cansaço de sempre a mesma linha de prédios, num arrabalde já contínuo?
Eis algumas questões que te podem ocorrer, na comemoração dos 150 anos do comboio em Portugal.
Quantas coisas aconteceram e mudaram desde a revolução dos transportes, do fontismo aos nossos dias. Os carris desbravaram caminhos, aproximaram lugares remotos, mas hoje cresce erva em muitos deles. As linhas suburbanas são das que mais passageiros transportam, mas agonizam com prejuízos e défices. Sinais dos tempos ou resultados de opções políticas e de gestão no mínimo discutíveis?
É assim que nos 150 anos do comboio um dilema se te coloca. Há mais motivos de celebração ou lamento, nesta data?
Na dúvida sobre uma resposta, talvez que só um sinal ambíguo, mas curioso, possa ser deixado como nota final. Na sua viagem inaugural o comboio fez o percurso entre Lisboa e o Carregado em 40 minutos. 150 anos depois algo mudou, com efeito... (cf. quadro acima)
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