Alfonso Cuarón realizou. Clive Owen e Chiwetel Ejiofor protagonizam. Julianne Moore e Michael Caine emprestam mestria. “Os Filhos do Homem” é o filme mais subversivo dos últimos anos. A acção decorre num futuro relativamente próximo. O planeta não assiste ao nascimento de um novo ser humano há mais de 18 anos. Simultaneamente, a imigração é alvo de perseguições dignas do 1984 orwelliano. Não por acaso. Afinal de contas, à semelhança de 1984, “Os Filhos do Homem” é baseado num livro que antecipa um futuro mais ou menos previsível. Jaulas e campos de concentração albergam imigrantes de origens diversas, onde se encontram franceses e italianos... A cena de abertura apresenta-nos um planeta a chorar a morte do seu habitante humano mais jovem...
Para não desvendar mais desta ficção realista tão actual, acrescento que este filme me fez chorar. Talvez pelo seu carácter ficcional mas tão próximo, pelos momentos de humanidade no meio do caos e da barbárie. Pela beleza dos raros registos musicais. Por apresentar pranto pela perda de uma vida e desrespeito pela vida de milhares. Pelos que morrem a caminho das Canárias. Por se confundir a luta pela liberdade de circulação de seres humanos com terrorismo. Por mostrar exageros fanáticos entre aqueles que supostamente defendem essas liberdades.
Porque nos mostra aquilo que já somos, para onde parecemos caminhar e onde chegaremos. Por nos lembrar. Sim, porque nada do que é mostrado é propriamente novo. Por nos fazer entrar pelos olhos dentro que temos por missão encontrar as chaves que nos conduzam ao amanhã. Por tudo isto chorei. Por tudo isto vos digo... vão ver “Os Filhos do Homem”!
Para não desvendar mais desta ficção realista tão actual, acrescento que este filme me fez chorar. Talvez pelo seu carácter ficcional mas tão próximo, pelos momentos de humanidade no meio do caos e da barbárie. Pela beleza dos raros registos musicais. Por apresentar pranto pela perda de uma vida e desrespeito pela vida de milhares. Pelos que morrem a caminho das Canárias. Por se confundir a luta pela liberdade de circulação de seres humanos com terrorismo. Por mostrar exageros fanáticos entre aqueles que supostamente defendem essas liberdades.
Porque nos mostra aquilo que já somos, para onde parecemos caminhar e onde chegaremos. Por nos lembrar. Sim, porque nada do que é mostrado é propriamente novo. Por nos fazer entrar pelos olhos dentro que temos por missão encontrar as chaves que nos conduzam ao amanhã. Por tudo isto chorei. Por tudo isto vos digo... vão ver “Os Filhos do Homem”!
3 comentários:
Parece muito interessante. No entanto a realidade muitas vezes supera a ficção e muitas vezes os filmes apenas extrapolam futuros previsiveis das realidades actuais. Gosto de pensar (eu sei que não parece...) que apesar do momento relativamente sombrio que vivemos, que a humanidade já lidou com problemas bem mais complexos e que conseguiu ultrapassá-los. Talvez este tipo de previsão cataclísmica em relação ao nosso futuro possa ajudar...
Na agenda para ver... Já agora, para quando um novo texto? Está na forja?
Olá miga!
Mais do que na forja, já está na rua!!!
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