A propósito de mais umas declarações de Belmiro de Azevedo (parece que agora este homem não larga as televisões, chamemos-lhe daqui para a frente "declarações em bicos de pés"), disse que o Governo deveria privatizar a CGD.
O Bruno, no Bodegas optou por reproduzir estas declarações que me merecem alguns comentários:
A propriedade de um banco por parte do estado não é ou não deveria ser sinónimo de intervenção na economia. Aliás é bem possível imaginarmos, e para mais em Portugal, a existência de um Estado, sem propriedade nas empresas mas que através de um regulador forte intervenha directamente na economia sem que isso seja necessariamente positivo.
O problema actual não é o de o Estado ser proprietário da CGD, nem sequer é um problema a intervenção do estado na economia na medida em que a intervenção ou influência se manifeste de forma positiva para os mercados.
O problema não é a propriedade do estado na CGD, desde que esta instituição possa trabalhar em condições concorrenciais com as outras instituições da banca não as prejudicando.
O verdadeiro problema é a não influência (no sentido anteriormente mencionado) mas o bloqueio que o estado permite que as suas instituições públicas, que não as empresas de que é proprietário, façam à economia.
É tanto mais assim, quanto mais surjam projectos milionários que têm vindo a ser apresentados e que não existiriam se o Estado não estivesse disponível para dar claros benefícios às empresas que querem investir.
Afinal o Estado é ou não necessário ao investimento privado? É fundamental, o problema é que em outros paises que se tornam atractivos para o investimento existem dois tipo de condicionantes:
O Bruno, no Bodegas optou por reproduzir estas declarações que me merecem alguns comentários:
A propriedade de um banco por parte do estado não é ou não deveria ser sinónimo de intervenção na economia. Aliás é bem possível imaginarmos, e para mais em Portugal, a existência de um Estado, sem propriedade nas empresas mas que através de um regulador forte intervenha directamente na economia sem que isso seja necessariamente positivo.
O problema actual não é o de o Estado ser proprietário da CGD, nem sequer é um problema a intervenção do estado na economia na medida em que a intervenção ou influência se manifeste de forma positiva para os mercados.
O problema não é a propriedade do estado na CGD, desde que esta instituição possa trabalhar em condições concorrenciais com as outras instituições da banca não as prejudicando.
O verdadeiro problema é a não influência (no sentido anteriormente mencionado) mas o bloqueio que o estado permite que as suas instituições públicas, que não as empresas de que é proprietário, façam à economia.
É tanto mais assim, quanto mais surjam projectos milionários que têm vindo a ser apresentados e que não existiriam se o Estado não estivesse disponível para dar claros benefícios às empresas que querem investir.
Afinal o Estado é ou não necessário ao investimento privado? É fundamental, o problema é que em outros paises que se tornam atractivos para o investimento existem dois tipo de condicionantes:
Ou os Estados estão de tal forma organizados que o processo empresarial corre de forma célere e o acesso aos mercados é facilitado sem excesso de burocracia, ou então na ausência desta clareza existe um nivel salarial de tal forma baixo que compense a instalação de uma empresa.
Ora em Portugal temos tudo, o mais baixo nivel salarial da Europa, o mais burocrático dos sistemas e ainda por cima quase pagamos para as empresas se instalarem em Portugal.
Continuo a questionar-me se isto faz algum sentido, até porque o estado enquanto proprietário não é mau em si mesmo. Existem empresas públicas em todo o mundo e elas são bem geridas.
6 comentários:
Olá!
Não vejo (no caso da CGD) obstáculos, neste momento, a continuar a ser uma empresa pública!
A CGD dá lucros avultados, é uma alavanca do sdesenvolvimento em Portugal, é em geral bem gerida.
Sou cliente da CGD (em regime de exclusividade) com muito orgulho! enquanto os outros bancos continuarem a cobrar-me 2por tudo e por nada"..não abandono a CGD por nada!
Mas não é por isso que defendo a manutenção em mãos públicas....é por continuar a ser uma referência..mesmo no mercado a retalho! (apesar da agressividade dos bancos espanhóis). A CGD é o 60º maior banco da Europa. Tem uma estratégia consolidada. E, enquanto não houver indícios que a sua presença "distorça" a transparência do mercado..em termos de concorrência....a CGD está muioto bem como está.
Um aviso...devíamos "blindar" a usurpação dos cargos de Administração ao sabor da alternância política (que tiveram um exemplo vergonhoso com Armando Vara...mas também com Celeste Cardona, etc..).
Em relação à atractividade da economia portuguesa pelo IDE, acho que o problema é que já não somos o que temos os salários baixos....bno entanto, estamos a "desburocratizarmo-nos"...e ainda bem!
O que eu pretendia dizer dos salários mais baixos é relativamente aos 15 anteriores paises da UE... é normal que os novos possam ter salários mais baixos. O problema está em que os salários baixos em Portugal representam quase sempre mão de obra barata não qualificada
Pois..mas os 15...já lá vão...temos de antecipar as "ameaças" ...e mais importante não desperdiçar as "oportunidades"!!
os salários baixos serem de mão-de-obra desqualificada...é um problema em Portugal..e em qualquer parte do mundo...não é por aí!...por isso é que a China e a Índia (embora a Índia mereça uma análise mais profunda) são ameaças gigantescas!!!...
Temos de apostar na inovação e na diferenciação dos produtos.....ou seja, os diagnósticos estão feitos como diz o Cavaquinho!
Sempre esse gajo para resolver os problemas todos... pena que não os tivesse antecipado mais cedo...
Em relação a algumas economias de leste em que a mão de obra é barata, nem sempre se coloca de igual forma a qualificação. Geralmente são mais qualificados que nós.
Ainda bem que alguém se dá bem com a metalidade de funcionalismo público que grassa pela CGD ...
Espero honestamente que nunca tenham uma situação urgente em mãos para resolver!
A última justificação que ouvi, é de bradar aos céus: Se o cliente pressionar muito nós fazemos o processo avançar mais depressa ...mas se não pressionar... E isto dito a uma advogada!
Bem...realmente nunca tive um problema com a CGD. Ou melhor os que tive foram sempre resolvidos a meu favor!...posso ser um mau esxemplo!..mas o "funcionalismo público"...enquanto estigma..existem em todas as instituições públicas ou privadas!, não concorda?
(Raposo...tens razão eu hoje estou muito "vermelho"...)
Enviar um comentário