Sou muitas vezes abordado pelas mais diversas campanhas. Em especial se me encontrar algures no eixo Oeiras – Cascais, onde a solidariedade parece ser mato. Deve ser uma espécie de obrigação das tiazocas. Festas e solidariedade.
Ora são as infelizes crianças com verrugas no nariz, a difícil adaptação das crianças com pé chato (das quais eu sou um digno representante) ou, como neste fim-de-semana, o verdadeiro drama das crianças hiperactivas...
Tenho receio de me estar a tornar um trintão amargo só porque não reconheci imediatamente a devida importância do drama dos meninos e meninas hiperactivas. Afinal eles também são filhos de deus e que por alguma razão nasceram com essa terrível dificuldade de não se conseguirem concentrar na escola e terem uma actividade acima do normal para as restantes crianças.
Naturalmente tive de me travar de razões com a moça que diligentemente defendia esta causa, até porque (tal como eu) não reconheceu de imediato a urgência de ajudar outras crianças mais necessitadas do que estas.
Nem sequer tentei perceber para que serve o dinheiro para uma associação como esta, porque não entendo de que forma se pode ajudar alguém a ter uma vida normal, como a que eu e os meus amigos tivemos, mas com mais playstations.
Aquilo que parece separar-nos é uma constrangedora desresponsabilização dos pais na educação dos filhos. A vontade de não contrariar as crianças porque depois de adultas elas ficam cheias de traumas. A ideia que crianças que gritam todos os dias, resolvem partir tudo, e exigem todos os gadgets cujos pais não resistem em comprar para os calar, resulta quase sempre num diagnóstico de hiperactividade.
A Hiperactividade é um fenómeno dos nossos dias. Aquilo que separa estas crianças, das crianças da minha geração é a “Ritalina”. Entupidos de medicamentos serão muito mais saudáveis e poderão dizer no futuro que nunca levaram uma palmada na vida. Mas serão mais felizes?
Continuo a achar que existem crianças a precisar seriamente de mais ajuda dos que as crianças hiperactivas, mas como não tenho filhos podem ser paternalistas à vontade…
Ora são as infelizes crianças com verrugas no nariz, a difícil adaptação das crianças com pé chato (das quais eu sou um digno representante) ou, como neste fim-de-semana, o verdadeiro drama das crianças hiperactivas...
Tenho receio de me estar a tornar um trintão amargo só porque não reconheci imediatamente a devida importância do drama dos meninos e meninas hiperactivas. Afinal eles também são filhos de deus e que por alguma razão nasceram com essa terrível dificuldade de não se conseguirem concentrar na escola e terem uma actividade acima do normal para as restantes crianças.
Naturalmente tive de me travar de razões com a moça que diligentemente defendia esta causa, até porque (tal como eu) não reconheceu de imediato a urgência de ajudar outras crianças mais necessitadas do que estas.
Nem sequer tentei perceber para que serve o dinheiro para uma associação como esta, porque não entendo de que forma se pode ajudar alguém a ter uma vida normal, como a que eu e os meus amigos tivemos, mas com mais playstations.
Aquilo que parece separar-nos é uma constrangedora desresponsabilização dos pais na educação dos filhos. A vontade de não contrariar as crianças porque depois de adultas elas ficam cheias de traumas. A ideia que crianças que gritam todos os dias, resolvem partir tudo, e exigem todos os gadgets cujos pais não resistem em comprar para os calar, resulta quase sempre num diagnóstico de hiperactividade.
A Hiperactividade é um fenómeno dos nossos dias. Aquilo que separa estas crianças, das crianças da minha geração é a “Ritalina”. Entupidos de medicamentos serão muito mais saudáveis e poderão dizer no futuro que nunca levaram uma palmada na vida. Mas serão mais felizes?
Continuo a achar que existem crianças a precisar seriamente de mais ajuda dos que as crianças hiperactivas, mas como não tenho filhos podem ser paternalistas à vontade…
4 comentários:
Estas associações não serão de ajuda aos pais destas crianças?
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Aquilo que fundamentalmente separa a educação das crianças da nossa geração da educação das crianças de hoje é o défice que a criancinhas de hoje têm do factor "palmada no rabo".
Vá lá saber-se porquê os paizinhos e as mãezinhas dos dias de hoje acham que é anti-pedagógico ou contra-natura dar um tabefe na criancinha só porque esta está num qualquer centro comercial a berrar a plenos pulmões porque quer a ultima versão do jogo X.P.T.O para a sua consola.
Se desse ao meu pai ou a minha mãe algumas das respostas que vejo criancinhas e adolescentes de hoje darem aos seu progenitores, embora já tenha passado dos 30 ficaria certamente com a marca de cinco dedos na cara para poder reflectir melhor na forma como me tinha expressado.
De facto tal como dizes no "eixo Oeiras - Cascais" este tipo de comportamento assume proporções de epidemia.
É outra vez o factor "fast food" na vida das pessoas - como não há tempo para afectos, tempos juntos, os pais julgam que compensam alguma coisa dando... coisas!
O espantoso é que na linha de Cascais pensei que as tias não tinham puto para fazer e poder-se-iam dedicar mais aos filhos - mas pronto... é mais fácil pagar a umas quantas amas e ir para o cházinho com as amigas... ou então para o peditório enquanto as próprias crianças berram ao ouvido dos outros!
Sim uma palmada no rabo pode ser fundamental.
As tias não se dedicam aos filhos porque têm empregadas :) por isso têm tempo livre para caridade :)
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