Este conceito existe na Alemanha desde 2000. São berçários disponíveis em alguns hospitais e instituições de beneficência. Através de uma porta de vidro, é possível deixar um bebé. Quando isto acontece, soa um alarme e os serviços públicos de saúde são chamados a intervir. Esta medida fez diminuir a mortalidade de recém-nascidos abandonados. Ainda assim, há vozes discordantes. Questiona-se o papel do Estado neste processo. Diz-se que fomenta o abandono das crianças. Faz lembrar alguns dos argumentos do debate sobre o Aborto. Perante um problema concreto, há quem pareça preferir que tudo fique na mesma. “Cuidado com as loucas das mulheres que vão desatar a colocar os filhos nos berçários” ou “Despenalizar o Aborto ? Nem pensar. Essas malucas vão começar a abortar a torto e a direito”.
A irracionalidade vai a pontos de nem sequer perceberem que o direito à vida de que supostamente são arautos é defendido por medidas destas. As “babyklappe” salvam as vidas dos recém-nascidos ali deixados, tal como a despenalização do aborto poderá salvar as vidas de mulheres deixadas ao sabor de curiosos da matéria que, sem o mínimo de condições, fazem abortos por esse país fora...
A irracionalidade vai a pontos de nem sequer perceberem que o direito à vida de que supostamente são arautos é defendido por medidas destas. As “babyklappe” salvam as vidas dos recém-nascidos ali deixados, tal como a despenalização do aborto poderá salvar as vidas de mulheres deixadas ao sabor de curiosos da matéria que, sem o mínimo de condições, fazem abortos por esse país fora...
2 comentários:
Clap! Clap! Clap!
100% de acordo.
Desconhecia este tal de "Babyklappe"...e é obviamente uma excelente medida, especialmente pelos princípios éticos em que toca e o alcance social que almeja! Fantástico.
Obviamente o principal objectivo é a defesa da VIDA!
Um excelente "trigger" para a campanha do referendo sobre a IVG, caro Pouremuz!
Parabéns!
Uma lei que permite não é uma lei que obriga! Isso é válido para a IVG e pelos vistos extensível a outros campos.
É louvável que se pensem em alternativas. Tenho a certeza que este tipo de inciaticvas não vai fazer disparar o nº de abandonos de recém nascidos... ou talvez vá! Passam a ser conhecidos os números até agora desconhecidos , dos que são abandonados e entregues ao destino sem a garantia de qq tipo de cuidados.
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