segunda-feira, janeiro 29, 2007

Onde é que eles andavam?

Uma coisa é indiscutível. Não é possível os movimentos do Não arrogarem-se ao direito de definir a sua posição como a única que permite a possibilidade de se apoiarem as mulheres, e se criarem condições de planeamento familiar que evite o aborto e mais genericamente o aborto clandestino. Aliás, esse era precisamente o argumento que os movimentos do Não tinham aqui há 8 anos e desde lá para cá o que mudou? Pois, não mudou nada porque quem aparentemente ganhou achou desnecessário utilizar os grupos de pressão que criaram para enganar os portugueses, para pressionar o poder politico a tomar decisões. Este NÃO, já sabemos como funciona.
Desde 1998 todos os jovens portugueses continuaram a corar e a rir às escondidas dos preservativos e da pílula e as mãezinhas continuaram a pagar os abortos em Badajoz às meninas que se descuidavam, mas com quem nunca antes tinham falado sobre sexualidade, pois alguém deve ter essa obrigação.
Ora se não é na família que seja na escola, mas onde é que param estes senhores e senhoras com ar lavadinho quando não há referendo ao aborto? Estão a apoiar as mulheres a terem filhos que inicialmente não tinham possibilidades de criar ou não desejavam? Pois, ninguém sabe. Eu também não e por isso mesmo voto SIM.
O SIM não desresponsabiliza a necessidade do país de pensar o seu planeamento familiar, antes pelo contrário, obriga-nos a todos a exigir que ele exista e que a Educação Sexual acabe por se cumprir em condições, mas permite a escolha individual de cada um.

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