sexta-feira, setembro 30, 2005

Proximidade

Tenho de voltar aos comprimidos, a continuar assim esta campanha autárquica vai levar-me à cova.

Logo agora que eu pensava que o Bloco estava mesmo a esquecer-se da sua matriz marxista-leninista-trotskista-guevarista-castrista-maoista-anarco-sindicalista (entre outros) e que estavam definitivamente a avançar para o “arco da governabilidade” e vem uma sujeita estragar tudo.

Diana Andringa, que já tinha ditado o seu afastamento da carreira jornalística, que a tornou célebre, com a publicação pouco ética de um vídeo feito em circunstâncias pouco claras com um responsável da policia sobre o arrastão de Carcavelos, vai concorrer pelo Bloco à câmara da Amadora. Conta nesta luta com o aparente apoio do antigo presidente Orlando de Almeida, e numa primeira acção de campanha vai para a Cova da Moura reivindicar um policiamento de proximidade.

A ex-jornalista tem agora a possibilidade de mais facilmente explicar as suas medidas sobre o combate à exclusão e à criminalidade.

E o resultado é excelente... O estado é opressor e os polícias são os instrumentos da opressão. Não existem criminosos, mas pessoas socialmente excluídas por quem o estado (claro, quem mais havia de ser) tem de se responsabilizar e encaminhar.

A culpa dos problemas nos bairros problemáticos é da polícia (quem mais?) porque tem um comportamento belicista em operações tipo comando quando entra pelo bairro adentro para incomodar a gente trabalhadora que lá vive.

O que achará Diana do selvagem fuzilamento de um jipe da policia durante a noite enquanto faziam uma ronda (supostamente de proximidade) por pelo menos três armas diferentes sem que para tal houvesse o menor comportamento de Rambo??

Oh mulher vai para casa coser meias...

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