terça-feira, setembro 20, 2005

Sorria está a ser filmado

Nada como uma boa campanha autárquica para se agitarem os espantalhos da insegurança neste país... situação que começa a ser recorrente, com uma grande ajuda dos meios de comunicação social.


NUNCA, MAS NUNCA IMAGINEM A REALIDADE ATRAVÉS DO JORNAL DA TVI.
Por mais difícil que vos seja imaginar, existe mesmo um mundo diferente lá fora em que as pessoas não tem assim tantas possibilidades de serem esfaqueadas.



Fica por saber qual o enquadramento que os candidatos dos mais variados concelhos pretendem dar à video-vigilância....Importa lembrar que essa matéria não é da competência legislativa das autarquias.

Não me incomoda particularmente a ideia de ser vigiado até porque isso já acontece hoje em dia e com muito pouco legislação aplicável. Com a quantidade de cartões que possuímos é possível fazer um percurso diário desde que saímos de casa até que voltamos, além das câmaras que já existem em vários locais públicos.

Até existem bons exemplos como o caso de Londres onde somos constantemente vigiados, mas a implementação do sistema resultou numa redução efectiva da criminalidade de rua.

O problema para Portugal é saber se a video-vigilância em si mesmo resolve algum problema de criminalidade que não se possa resolver de outra forma, ou se a video-vigilância servirá mesmo como um meio de mais rapidamente deslocar efectivos para situações complicadas.

Se ainda houver espaço (e eu julgo que há) para a actividade policial se desenvolver de forma mais rápida e eficaz, então o Big brother é desnecessário.

Se por acaso a video-vigilância servir para alguém numa central de segurança se divertir com as figuras tristes dos portugueses na rua... então creio que falo por muitos contribuintes quando digo... não obrigado.



1 comentário:

Anónimo disse...

no que diz respeito à TVI podemos sempre contar com pérolas como a reportagem de ontem sobre os professores deslocados.
é uma triste realidade. é um facto.
Mas escusavam de ter feito a coisa como campanha anti PS. Provocar a reflexão é uma coisa, apontar um dedo acusador durante toda uma reportagem é outra ...bem diferente!