quarta-feira, agosto 31, 2005

Não resisti...

Campanha
FREE ALEGRE!
Campanha Pela Libertação
De Manuel Alegre
Do Aparelho Socialista

6 comentários:

Pedro Santos Cardoso disse...

Obrigado pelo destaque, José. É uma pena que Manuel Alegre não se candidate.

Bruno Gouveia Gonçalves disse...

Manuel Alegre caso concretizasse esta candidatura teria um apoio muito maior do que o imaginado. A luta contra o corporativismo é cada vez mais apoiada! O momento era o mais favorável de sempre para a candidatura, e a recusa irá sair muito caro a este homem que não merecia este desfecho...

José Raposo disse...

Concordo em parte. De facto a luta contra o corporativismo é cada vez mais apoiada, mas por quem? Onde é que essas pessoas estão? Não nos estaremos a deixar levar pelo que a comunicação social nos apresenta como sendo fenómenos anti-globalização e anti-corporativismo? Será que não estamos a deixar levar por aquilo que nos apresentam como sendo contra a corrente?

Concordo que haveria espaço para uma candidatura de Manuel Alegre, reconheço que este homem talvez não merecesse este desfecho e reconheço-lhe a coragem, a determinação e os princípios que a maioria dos políticos à muito deixaram de ter. No entanto têm de me perdoar que não compreenda a razão desta candidatura a Belém.

Não se esqueçam que Alegre só se torna candidato a candidato na altura em que o PS começou a falar na hipótese Soares. Antes disso Alegre em mais do que uma ocasião referiu que não seria o candidato de recurso.

Só depois de quase garantida a candidatura de Soares, vem Alegre sentir-se atraiçoado e garantir que se perderam os afectos na politica.

Teria havido um tempo para a candidatura de Manuel Alegre, mas tal como já disse, uma candidatura neste momento seria apenas por despeito por Soares e pelo PS

Bruno Gouveia Gonçalves disse...

São boas questões, aquelas que levantas. Não acredito que a comunicação social seja a responsável por pseudo-movimentos de anti-corporativismo. Bem pelo contrário... Talvez o mais eloquente atacante do regime seja Alberto João Jardim, e repara que a comunicação social não tem por este político as melhores relações. Mas existem muitos outros, ainda na sombra (porque será?). Paulo Morais constitui um excelente exemplo de luta contra o sistema, e vejamos onde as coisas estão...

Quanto ao espaço da candidatura de Alegre tenho uma coisa a relembrar. O timing da candidatura é formidável. Caso a memória não me esteja a falhar, durante essa semana a esquerda estava em pânico com a ausência de candidatos. Primeiro temos na Terça a disponibilidade de Alegre juntamente com a publicação da entrevista de Freitas do Amaral no DN. Só na Quarta, o nome Soares surge com vigor e credibilidade (Embora Marcelo Rebelo de Sousa tenha referido no Domingo, ninguém o levou a sério). É óbvio que a sua candidatura estaria há muito mais tempo planeada, mas o timing fez como refém Manuel Alegre. E poderia ter sido salvo, pois o aparelho do partido tinha obviamente consciência de todo o backstage.

José Raposo disse...

Não estou convencido :)

acho mesmo que a comunicação social tem optimas relações com o Alberto João pela mesma razão que os reality shows na TVI têm sucesso... é suficientemente escândaloso e por isso vende e para a nossa comunicação social é o suficiente...

Quanto à candidatura do Manuel Alegre a memória não te está a falhar, o único problema tem a ver com o posicionamento do senhor numa altura de crise presidencial no PS.

Sim, é provável que o aparelho do partido o pudesse ter poupado a esta situação mas nomes de presidenciáveis têm vindo a aparecer desde à muitos meses e o Manuel Alegre era apenas mais um como o Freitas ou o Marcelo.

O que me parece é que Alegre quer avançar na altura em que sabe das movimentações relativas ao Soares e naturalmente ficou pendurado.

A partir daí fez aquilo que já começa a ser seu costume e apela ao sentimento.

Bruno Gouveia Gonçalves disse...

É a tua opinião, embora eu ache que um reality-show tipo TVI, não seja a melhor maneira de fazer propaganda política, já que existe o sacrifício da credibilidade. Mas compreendo a tua posição.

Quanto ao restante comentário, concordo também contigo.