segunda-feira, agosto 08, 2005
O desafio europeu da agricultura
Como já vimos mais para trás a Europa está numa situação dificil se não se conseguir chegar a um acordo sobre a constituição e ainda mais importante (pelo menos para a maioria dos países) sobre o quadro comunitário de apoio para os proximos anos.
Segundo o duplamente "nosso" presidente da comissão Europeia, Franceses e Ingleses estão a condenar o projecto europeu.
As palavras aparentemente sábias mas profundamente imprudentes de Durão Barroso revelam um complexo problema que a maioria da união tem preferido arrumar de lado até agora.
Sim, a agricultura europeia e a famosa PAC.
Ao longo dos anos a Europa tem subsidiado os seus agricultores para produzirem em excesso ou então para não produzirem. A agricultura tornou-se ao longo dos anos a única actividade com certeza de rentabilidade na Europa para os agricultores que souberem aproveitar bem os fundos, o que nem sempre aconteceu aos portugueses.
O problema principal é que os agricultores franceses têm sido os mais beneficiados da Europa e mesmo assim continuam a lamentar-se apesar de inundarem, tal como os espanhóis, os mercados dos outros e os menos beneficiados têm sido os ingleses que ainda assim têm uma agricultura de sucesso.
Agora estamos perante o dilema de os franceses quererem mais dinheiro para a sua agricultura e os ingleses se recusarem a aprovar um orçamento que dê mais dinheiro aos franceses se os seus agricultores continuarem sem receber incentivos.
Ora tudo isto para explicar que esta conversa não me interessa para nada... parece-me cada vez mais claro que a agricultura subsidiada e protegida da União Europeia não tem futuro porque prejudica gravemente o investimento noutras àreas fundamentais e principalmente prejudica os países em vias de desenvolvimento que depende quase exclusivamente da agricultura.
Os mercados destes países emergentes que nós insistimos em apoiar em grandes e humilhantes campanhas humanitárias é frequentemente inundado por produtos excedentários vindos da Europa a preços artificialmente baixos devido aos subsidios.
Sejam ingleses ou franceses devem começar a olhar menos para os seus umbigos bem cheios.
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