Cavaco ao contrário do que as sondagens e a comunicação social vinham dizendo, foi eleito à primeira volta com uma margem curta de eleitores em relação ao global dos candidatos da esquerda. O que as sondagens e a comunicação social diziam era que o seria com uma grande margem, o que não se verificou. Nada coloca em causa a legitimidade do novo presidente mas esse facto fez com que o candidato guardasse a sua declaração para mais tarde e deve ter causado arrepios nas hostes cavaquistas que enchiam o CCB.
Apesar desse momento de alguma dúvida sobre a existência ou não de uma 2ª volta, Cavaco acaba por conseguir a vitória com o voto urbano de centro esquerda que nas últimas legislativas votou em Sócrates e que acabou por segurar a votação do Professor acima da linha de água.
Ou seja, todos os que genuinamente de direita afirmavam não haver candidatos de direita acabaram por confirmar as suas piores expectativas com estes votos decisivos que Cavaco recebeu. Agora a grande questão é saber até que ponto Cavaco reconhece a responsabilidade na sua vitória destes votos e lhes será, ou não, fiel.
Dependendo da evolução da pseudo-crise no PS com Manuel Alegre, que aparentemente vai resultar (e bem) na criação de um movimento cívico que terá como próximo desafio a despenalização do aborto, Cavaco terá uma vida fácil em Belém se porventura o Governo mantiver a orientação que tem tido até aqui.
É já tradicional a existência de primeiros mandatos pacíficos por oposição às confusões que os governos insistem em gerar nos segundos mandatos presidenciais, e neste caso não será certamente diferentes até porque haverá sintonia entre Sócrates e Cavaco quanto à presidência da União no segundo semestre de 2007 e por isso não é de prever qualquer tipo de instabilidade politica até lá.
O problema desta nova realidade é o governo ter uma maioria absoluta no parlamento o que provoca uma deslocação do eixo da política nacional do parlamento para a relação entre Presidente e Governo.
Sócrates governará para agrado do Presidente e este retribuirá não hostilizando o Governo e quase apagando a oposição.
Resta saber o que acontecerá depois de 2007 em que o Governo começa a terminar o mandato e a nova liderança do PSD já estará mais consolidada…
A única questão de fundo dos próximos meses na relação entre o Governo e o Presidente é a questão da OTA e do TGV. Estes dois projectos ainda estão em fases embrionárias e vai ser interessante ver se Cavaco vai ou não tomar posição sobre este assunto.
Apesar desse momento de alguma dúvida sobre a existência ou não de uma 2ª volta, Cavaco acaba por conseguir a vitória com o voto urbano de centro esquerda que nas últimas legislativas votou em Sócrates e que acabou por segurar a votação do Professor acima da linha de água.
Ou seja, todos os que genuinamente de direita afirmavam não haver candidatos de direita acabaram por confirmar as suas piores expectativas com estes votos decisivos que Cavaco recebeu. Agora a grande questão é saber até que ponto Cavaco reconhece a responsabilidade na sua vitória destes votos e lhes será, ou não, fiel.
Dependendo da evolução da pseudo-crise no PS com Manuel Alegre, que aparentemente vai resultar (e bem) na criação de um movimento cívico que terá como próximo desafio a despenalização do aborto, Cavaco terá uma vida fácil em Belém se porventura o Governo mantiver a orientação que tem tido até aqui.
É já tradicional a existência de primeiros mandatos pacíficos por oposição às confusões que os governos insistem em gerar nos segundos mandatos presidenciais, e neste caso não será certamente diferentes até porque haverá sintonia entre Sócrates e Cavaco quanto à presidência da União no segundo semestre de 2007 e por isso não é de prever qualquer tipo de instabilidade politica até lá.
O problema desta nova realidade é o governo ter uma maioria absoluta no parlamento o que provoca uma deslocação do eixo da política nacional do parlamento para a relação entre Presidente e Governo.
Sócrates governará para agrado do Presidente e este retribuirá não hostilizando o Governo e quase apagando a oposição.
Resta saber o que acontecerá depois de 2007 em que o Governo começa a terminar o mandato e a nova liderança do PSD já estará mais consolidada…
A única questão de fundo dos próximos meses na relação entre o Governo e o Presidente é a questão da OTA e do TGV. Estes dois projectos ainda estão em fases embrionárias e vai ser interessante ver se Cavaco vai ou não tomar posição sobre este assunto.
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