terça-feira, janeiro 10, 2006

Os anéis

O Presidente da República (espero que ainda se lembrem todos que há um em funções), depois dos pedidos de esclarecimento que pediu a Manuel Pinho, que fizeram os apoiantes de Cavaco terem sonhos húmidos com tamanha audácia intervencionista, classificou a energia como a grande questão sobre a qual Portugal se terá de debruçar no médio prazo.

É óbvio que Sampaio está preocupado com o assunto e não terão sido do seu agrado as explicações do ministro agora que estão concluídas (não se percebeu bem o que mudou) as negociações para a GALP e para a EDP.

Importante seria saber qual a opinião dos actuais candidatos presidenciais sobre este assunto estratégico para o país... Mas no entanto só assistimos às banalidades do costume... Até parece que os estou a ouvir em uníssono... O importante é manter os centros de decisão em Portugal... E de banalidade em banalidade vão-se indo os centros de decisão nos barcos à deriva da nossa falta de estratégia... Vão-se os anéis e até ver ficam os dedos...

2 comentários:

Ricardo disse...

Viva,

Como escrevi recentemente as empresas ou são de exclusivo capital público ou se são privatizadas o Estado não devia interferir na escolha dos donos do capital. Se a energia é assim tão importante façamos a nacionalização ou deixemos o mercado funcionar.

Quanto à campanha presidencial está a ser um verdadeiro deserto de ideias. Não há nada que me mereça comentários e textos porque não ouço nada de estimulante. Como muito bem referiste... as banalidades do costume...

Abraço,

José Raposo disse...

O Problema está na história das "golden shares" e o que fazer com elas.

Tb concordo que de uma vez por todas é necessário a definição do que é estratégico e essencial ao normal funcionamento do estado e que por isso não possa estar na mão de privados.