A Europa faz-se cada vez mais de dentro para fora esquecendo as especificidades de cada um dos países que a compõem. Estou cada vez mais convencido que o papel da União Europeia se define pelo que conseguir fazer em termos de politica externa do que em termos de politica interna.
Já quase ninguém se lembra do Líbano, mas esse foi o ultimo exemplo (aliás falhado, com uma ajuda considerável da França), em que a União tentou demonstrar que se trata de um verdadeiro projecto sólido mantendo uma posição coesa nas responsabilidades de uma força para o sul do Líbano. Não fossem as dificuldades em organizar essa força e até pareceria que éramos muito coesos e éramos um verdadeiro bloco a ter em conta.
O problema é que um projecto como o Europeu não pode viver de aparências e principalmente não pode viver refém dos interesses flutuantes das maiorias eleitorais dos países mais ricos.
Isso não vai ajudar à construção de uma base económica forte, comum a todos, não vai permitir afirmar que a Europa é um espaço de liberdade e de valores, e não vai deixar que sejamos um exemplo a seguir pela restante comunidade internacional.
O caso da Hungria está ai para o comprovar. Pela primeira vez um país que alegadamente conseguiu ultrapassar os rigorosíssimos critérios de adesão à União, vê-se envolvido em manifestações violentas nas suas ruas pela demissão de um governo alegadamente mentiroso.
A comissão Europeia e a generalidade dos deputados devem estar perplexos, mas a verdade é que não foi possível evitar os acontecimentos em Budapeste e ninguém sabe o que é que estiveram a fazer até aqui as agências europeias responsáveis pelo processo de integração. Não houve até agora qualquer iniciativa europeia ou comunicado para esclarecer o que realmente se passou e de que forma as autoridades húngaras podem ser ajudadas a ultrapassar as dificuldades em que o país se encontra. Não há reacção e para um país com apenas dois anos de adesão, estar nesta situação é capaz de não ser bom para o papel que a União espera desempenhar.
São estas falhas que não irão permitir que sejamos um exemplo para ninguém.
Já quase ninguém se lembra do Líbano, mas esse foi o ultimo exemplo (aliás falhado, com uma ajuda considerável da França), em que a União tentou demonstrar que se trata de um verdadeiro projecto sólido mantendo uma posição coesa nas responsabilidades de uma força para o sul do Líbano. Não fossem as dificuldades em organizar essa força e até pareceria que éramos muito coesos e éramos um verdadeiro bloco a ter em conta.
O problema é que um projecto como o Europeu não pode viver de aparências e principalmente não pode viver refém dos interesses flutuantes das maiorias eleitorais dos países mais ricos.
Isso não vai ajudar à construção de uma base económica forte, comum a todos, não vai permitir afirmar que a Europa é um espaço de liberdade e de valores, e não vai deixar que sejamos um exemplo a seguir pela restante comunidade internacional.
O caso da Hungria está ai para o comprovar. Pela primeira vez um país que alegadamente conseguiu ultrapassar os rigorosíssimos critérios de adesão à União, vê-se envolvido em manifestações violentas nas suas ruas pela demissão de um governo alegadamente mentiroso.
A comissão Europeia e a generalidade dos deputados devem estar perplexos, mas a verdade é que não foi possível evitar os acontecimentos em Budapeste e ninguém sabe o que é que estiveram a fazer até aqui as agências europeias responsáveis pelo processo de integração. Não houve até agora qualquer iniciativa europeia ou comunicado para esclarecer o que realmente se passou e de que forma as autoridades húngaras podem ser ajudadas a ultrapassar as dificuldades em que o país se encontra. Não há reacção e para um país com apenas dois anos de adesão, estar nesta situação é capaz de não ser bom para o papel que a União espera desempenhar.
São estas falhas que não irão permitir que sejamos um exemplo para ninguém.
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