quinta-feira, setembro 28, 2006

Re: Inventar a justiça

É simplesmente extraordinário como o objecto de uma investigação obtido no decurso de uma busca considerada ilegal possa ser passível de destruição por ordem doutro tribunal numa inédita medida a que chamaria "melhor de dois".
Afinal os computadores eram dois. O juiz decidiu a destruição do disco rígido de um deles, quando na realidade, outro juiz decidiu que eles não poderiam ser abertos.
Então façamos um jogo, atira-se dois pc's ao ar. Aquele que cair no chão tem de ver o seu disco rígido destruído e o que ficou na secretária pode ser devolvido ao seu dono. O juiz espera ter tido a sorte de mandar destruir o computador certo, mas a sorte pode ser madrasta.
Ora, querem fazer-nos crer que se por acaso fosse moeda falsa e/ou droga ela não poderia igualmente ser devolvida ao seu anterior proprietário, mas não só este argumento se torna absurdo com a destruição de apenas um dos computadores como a posse e a utilização de computadores portáteis ainda não se tornou ilegal. Logo porque não podem ser restituídos os dois computadores tal como estão desde o dia em que os inspectores da Judite disseram: “levante essas mãos do teclado”?
Não há respostas, faz tudo parte do processo de reinvenção da justiça pelos próprios.

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